São Paulo não valorizava título de Copa do Brasil com seus melhores times; agora, isso mudou

A Copa do Brasil ainda dava seus primeiros passos, em busca de se firmar como um título de grande importância no país, quando o São Paulo treinado por Telê Santana começava sua caminhada de históricos títulos consecutivos.

O time que seria bicampeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, contudo, não dava importância para a Copa do Brasil. A história foi relembrada na coluna do jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, na Folha de São Paulo.

Se a Copa do Brasil seria um atalho para a Libertadores, competição que o São Paulo jogou e foi campeão em 1992, portanto garantindo sua vaga para a edição de 1993, o torneio foi para o final da fila na ordem de importância do clube – que privilegiava disputar o menor número possível de jogos, buscando se apresentar sempre no máximo de suas qualidades.

"A Copa do Brasil não tinha relevância. Nós tomávamos decisões colegiadas. Comunicamos o presidente Pimenta e ele aceitou", é uma das aspas, ditas pelo então diretor Fernando Casal De Rey, incluídas na coluna de PVC.

Muitos anos depois, a competição nacional já havia se estabelecido como uma das principais do país, mas quando o São Paulo voltou a montar um grande time, a regra que excluía da Copa do Brasil os times que jogavam a Libertadores impediu que o time de Rogério Ceni e companhia, campeão da Libertadores e Mundial de 2005 e tri-brasileiro entre 2006 e 2008, a disputasse no ápice de sua força.

Quando acabou a regra que tirava da Copa do Brasil os times que disputavam a Libertadores, o São Paulo passou a sonhar, efetivamente, com a taça. Mas os anos seguintes ao Brasileirão de 2008 não foram tão gloriosos para os são-paulinos. Salvo uma Copa Sul-Americana em 2012, as grandes taças pararam de tomar o caminho do Morumbi. Isso mudou agora em 2023, com o time treinado por Dorival Júnior.