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Lewandowski-Ribery-Henry-Ballon-d'OrGetty/GOAL

Robert Lewandowski, Franck Ribery, Wesley Sneijder e os maiores "roubos" da Bola de Ouro

Muitos grandes nomes do futebol já receberam a Bola de Ouro desde a sua criação em 1956, desde os ícones do Real Madrid e do Manchester United, Alfredo Di Stefano e Sir Bobby Charlton, até brasileiros como Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e Kaká.

Até uma mudança de formato em 2022, o prêmio anual era concedido ao melhor jogador em um período de 12 meses, de janeiro a dezembro, o que garantia que os desempenhos nos principais torneios de seleções fossem sempre levados em consideração.

O eventual ganhador do prêmio é decidido por um júri de jornalistas dos 100 países membros mais bem classificados da FIFA, que escolhem e classificam os cinco melhores da lista final de 30 nomes elaborada pela France Football. Na maioria das vezes, esse processo levou à coroação do vencedor mais digno, mas também aconteceram algumas decisões muito polêmicas ao longo dos anos.

No entanto, algumas escolhas ao longo do tempo geram muito debate. A France Football foi culpada por algumas decisões questionáveis, tanto antes quanto depois do domínio da dupla Messi e Cristiano Ronaldo. A GOAL mostra os sete maiores "roubos" da história da Bola de Ouro:

  • Lewandowski-Bayern-2021Getty

    Robert Lewandowski (2020 e 2021)

    O Bayern de Munique conquistou a tríplice coroa da Bundesliga, da DFB-Pokal e da Liga dos Campeões em 2019-20, e Lewandowski provou ser o melhor atacante do mundo com uma impressionante marca de 55 gols. Infelizmente, a pandemia da Covid-19 tirou do polonês o que certamente teria sido sua primeira Bola de Ouro, já que a cerimônia foi cancelada.

    Porém, o cancelamento da edição de 2020 não teve um impacto adverso sobre Lewandowski, que voltou a marcar outros 62 gols pelo Bayern em todas as competições em 2021.

    Parecia uma formalidade que ele finalmente receberia a Bola de Ouro que lhe havia sido negada no ano anterior - e ele acabou acumulando um total impressionante de 580 pontos de votação. Infelizmente, ele ainda estava 33 pontos atrás de Messi, que disse ao seu rival em seu discurso de vitória: "Todos sabem e concordam que você foi o vencedor do ano passado. Acho que a France Football deveria lhe dar a Bola de Ouro de 2020 - você merece e deveria recebê-la em casa."

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  • Van-Dijk-Liverpool-2019Getty

    Virgil van Dijk (2019)

    A revolução de Jurgen Klopp em Anfield realmente decolou depois que o Liverpool contratou Virgil van Dijk. O ex-jogador do Southampton rapidamente se consolidou como o melhor zagueiro da Premier League, e os Reds somaram 97 pontos em sua temporada de estreia - perdendo apenas uma vez.

    Por incrível que pareça, o Liverpool ainda terminou em segundo lugar, atrás do Manchester City, mas conquistou seu primeiro título na era Klopp ao derrotar o Tottenham na final da Liga dos Campeões.

    Van Dijk foi titular em todos os 50 jogos dos Reds na Premier League e nas competições europeias em 2018-19, e chegou a marcar 10 gols. Como resultado, ele foi fortemente apoiado para se tornar apenas o quarto zagueiro a ganhar a Bola de Ouro, mas Messi acabou vencendo o holandês por apenas sete votos.

    O jogador da seleção argentina marcou 51 gols e deu 22 assistências pelo Barcelona, mas o Liverpool eliminou a equipe espanhola da Liga dos Campeões de forma impressionante - e Klopp tinha todo o direito de se sentir decepcionado com seu principal zagueiro.

    "A decisão é tomada pelos jornalistas, e é assim que eles a veem", disse ele. "Eu vejo as coisas de maneira um pouco diferente, assim como muitas pessoas. Não consigo me lembrar de uma temporada mais impressionante para um zagueiro, nunca."

  • Cristiano-Ronaldo-Real-Madrid-2018Getty

    Cristiano Ronaldo (2018)

    O domínio de 10 anos de Messi e Ronaldo sobre a Bola de Ouro foi finalmente encerrado em 2018, com Luka Modric conquistando o prêmio aos 33 anos de idade. Modric desempenhou um papel fundamental no 13º triunfo do Real Madrid na Liga dos Campeões e foi o principal nome da Croácia até a final da Copa do Mundo na Rússia, mas terminou o ano com apenas três gols e 11 assistências.

    Cristiano Ronaldo realmente deveria ter recebido sua sexta Bola de Ouro antes de seu companheiro de equipe em Madrid, já que marcou 44 gols, incluindo 15 na Liga dos Campeões. O atacante português nunca se manifestou publicamente para expressar sua frustração, mas sua irmã foi à mídia social para criticar a decisão em um discurso extraordinário.

    "Infelizmente, este é o mundo em que vivemos, podre, com máfia e dinheiro", disse Elma Aveiro no Instagram. "O poder de Deus é muito maior do que toda essa podridão. Deus demora, mas não falha."

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    Franck Ribery (2013)

    O Bayern se tornou o primeiro clube alemão a conquistar a tríplice coroa em 2012-13, sob o comando de Jupp Heynckes, e causou sofrimento ao seu arquirrival Borussia Dortmund - que, na época, era comandado por Klopp. A equipe de Heynckes terminou com 25 pontos de vantagem sobre o BVB na Bundesliga e os derrotou por 2 a 1 na final da DFB-Pokal, antes de repetir a façanha em um jogo extremamente competitivo da Liga dos Campeões.

    Jogadores como Thomas Müller, Philipp Lahm e Bastian Schweinsteiger estavam no auge de suas forças no Bayern, mas Ribéry foi o verdadeiro arquiteto do sucesso, marcando 34 gols em todas as competições. O ritmo e a habilidade de Ribéry com a bola deram ao Bayern a vantagem nas partidas mais disputadas e ele conquistou todos os troféus possíveis, mas ainda assim ficou atrás de Ronaldo e Messi na votação final da Bola de Ouro.

    Ronaldo ganhou o prêmio depois de marcar 55 gols pelo Real Madrid, mas o time não ganhou nenhum troféu importante, e Messi foi incapaz de evitar que o Barcelona sofresse uma derrota por 7 a 0 para o Bayern nas semifinais da Liga dos Campeões.

    "Foi injusto. Foi uma temporada incrível para mim, e eu deveria ter vencido", disse Ribéry em uma entrevista ao La Gazzetta Dello Sport em 2022. "Eles estenderam o tempo para os votos, e algo estranho aconteceu. Senti que foi uma escolha política."

  • Sneijder-Inter-Milan-2010Getty

    Wesley Sneijder (2010)

    Messi ganhou sua segunda Bola de Ouro depois de outra temporada prolífica pelo Barcelona em 2009-10, quando marcou 47 gols e deu 12 assistências. O Barça também venceu a La Liga e o Mundial de Clubes da FIFA, mas foi frustrado em sua busca por dois títulos consecutivos da Liga dos Campeões pela Inter de José Mourinho.

    Sneijder marcou um gol e deu uma assistência para outro na vitória da Inter sobre o Barça por 3 a 1 no jogo de ida da semifinal, e os gigantes italianos avançaram para a final depois de uma aula de defesa no jogo de volta no Camp Nou. O meia holandês, que havia chegado a San Siro vindo do Ajax apenas 12 meses antes, também deu uma assistência na vitória final da Inter sobre o Bayern de Munique, que selou uma improvável tríplice coroa para a equipe de Mourinho.

    A Holanda, então, chegou à final da Copa do Mundo de 2010, com Sneijder comandando as ações, mas acabou perdendo para a Espanha após a prorrogação. O jogador formado na academia do Ajax terminou como o artilheiro da competição e ganhou quatro prêmios de Craque do Jogo para destacar sua influência.

    Surpreendentemente, Xavi e Andrés Iniesta também terminaram à frente de Sneijder na votação da Bola de Ouro, o que deixou o presidente da Inter, Massimo Moratti, furioso."Acho isso muito injusto", disse ele ao site oficial da Inter. "Sneijder teve um ano fenomenal, ganhou tudo o que poderia ter ganho. Parece injusto que o prêmio seja dado a alguém que, embora seja um grande jogador, não teve o mesmo nível de desempenho ao longo do ano."

  • Deco-Porto-2004Getty

    Deco (2004)

    O atacante ucraniano Andriy Shevchenko acrescentou seu nome à lista dos vencedores da Bola de Ouro em 2004, depois de marcar 36 gols em todas as competições para ajudar o Milan a vencer a Série A e a Supercopa Italiana. Shevchenko foi certamente um dos melhores centroavantes do planeta naquele ano, mas, de alguma forma, ganhou mais votos do que três jogadores que o superaram - Deco, Ronaldinho e Thierry Henry.

    Ronaldinho teve uma excelente temporada de estreia no Barcelona, que culminou com 28 gols, e recebeu o prêmio de Jogador do Ano da FIFA, apesar de o gigante espanhol não ter conquistado nenhum troféu. Já Henry, atacante do Arsenal, ganhou a Chuteira de Ouro da Europa com 46 gols em 2003-04 e desempenhou um papel fundamental na histórica campanha invicta dos Gunners na Premier League.

    Ambos tinham fortes pretensões de receber a Bola de Ouro de Shevchenko, mas Deco era quem tinha mais motivos para se sentir prejudicado depois de conquistar o tricampeonato com o Porto sob o comando de Mourinho. O pequeno mágico marcou nove gols e deu incríveis 25 assistências para o Porto, e ganhou o prêmio de Craque do Jogo na vitória sobre o Mônaco na final da Liga dos Campeões. Deco também foi nomeado Jogador de Futebol de Clube da UEFA do ano, e suas atuações lhe renderam uma grande transferência para o Barcelona.

    A maestria de Deco com a bola e a excepcional capacidade de passe o tornaram um prazer de assistir, e suas conquistas com o Porto deveriam tê-lo colocado no topo da lista.

  • Thierry-Henry-Arsenal-2003Getty

    Thierry Henry (2003)

    Se Henry teve a infelicidade de não ganhar a Bola de Ouro em 2004, é justo dizer que ele foi totalmente roubado no ano anterior, pois estabeleceu novos padrões de excelência na Premier League. O francês marcou 24 gols e deu 25 assistências pelo Arsenal e, até hoje, continua sendo o único jogador na história do futebol inglês a ultrapassar a marca de 20 gols em ambas as estatísticas em uma única temporada.

    Os Gunners perderam por pouco para o Manchester United na disputa pelo título de 2002-03, mas venceram a Copa da Inglaterra, e Henry venceu os prêmios de Jogador do Ano da PFA e Jogador do Ano da FWA.

    Ele também marcou sete gols na Liga dos Campeões, mas acabou ficando em segundo lugar, atrás de Pavel Nedved, quando chegou a hora da entrega da Bola de Ouro. A Juventus venceu o Scudetto e chegou à final da Liga dos Campeões, perdendo apenas nos pênaltis para o arquirrival Milan, e Nedved foi, sem dúvida, um de seus principais jogadores.

    Mas o astro da República Tcheca não chegou nem perto de Henry em termos de brilho individual ou influência. Na verdade, ninguém conseguiu se igualar ao capitão do Arsenal naquele ano, e é um crime que ele não tenha uma Bola de Ouro em sua prateleira como recompensa por suas incríveis proezas.

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