Reforço do Flamengo relata tentativas de ajudar João Félix a deslanchar na carreira: "Se você não trabalha duro, é inútil"

João Félix oficializou nesta semana sua ida para o Al Nassr, da Arábia Saudita, em uma transferência que pode chegar a 50 milhões de euros (R$ 319 milhões). A mudança marca o fim de um período conturbado na Europa. Contratado pelo Atlético de Madrid em 2019 por 126 milhões de euros (R$ 804,1 milhões) após se destacar no Benfica, o atacante de 25 anos nunca conseguiu se firmar. Teve passagens irregulares por Chelsea, Barcelona e Milan. No Chelsea, até chegou a ser comprado em definitivo, mas perdeu espaço com o técnico Enzo Maresca. Agora, deixa o futebol europeu em busca de um novo começo ao lado de Cristiano Ronaldo. A decisão gerou críticas, inclusive do ex-companheiro Saúl Ñiguez, que questionou o comprometimento do português.

Em entrevista ao programa El Partidazo de Cope, Saúl foi direto:

"Futebol é coletivo. Ele tem tudo para ser um craque, mas, sem esforço, não adianta nada. Já ouvi uma frase do Paco Jémez: se você não trabalha duro, é inútil. Muitos de nós tentamos ajudar o João, mas se a pessoa não quer..."

João Félix já foi visto como uma das promessas mais empolgantes da Europa, mas teve dificuldade para manter regularidade. As mudanças constantes de clube e a falta de consistência levantaram dúvidas sobre sua motivação e ambição. Ir para a Arábia Saudita aos 25 anos reacendeu o debate sobre jovens que escolhem altos salários em vez de construir uma carreira sólida e marcante no futebol europeu.

João Félix já estreou pelo Al Nassr, em amistoso contra o Toulouse, jogando ao lado de Cristiano Ronaldo. Agora, precisa mostrar que ainda pode fazer a diferença dentro de campo. A transferência pode ser uma chance de recomeço — ou um passo que acelera seu apagamento do futebol global.