Chegou a hora de o Real Madrid buscar o atacante sucessor de Karim Benzema

Sejamos claros: Benzema não precisa de substituição.O Real Madrid,ao entregar-lhe um novo contrato de um ano, deixou claro que também não quer que ele saia.Mas ele precisa de proteção.

As pernas de Benzema não são tão confiáveis ​​como costumavam ser, enquanto o atacante às vezes joga claramente afetado pelas lesões nesta temporada.Nem Ancelotti nem o Real Madrid podem ser culpados por querer colocar em campo o seu melhor jogador, mesmo que ele nem sempre esteja 100%.

Ainda assim, deverá existir uma solução mais óbvia, fiável e que permita ao treinador sentir-se confortável em permitir que Benzema fique no banco em jogos menos importantes.

É fácil ver por que Ancelotti quer que ele jogue.Embora Benzema não tenha repetido a forma que o fez ganhar a Bola de Ouro da última temporada de forma consistente, ainda há o suficiente desse atacante para torná-lo um dos melhores do mundo.

Ele tem uma média de 0,9 participações em gols por 90 minutos, a terceira maior da La Liga, segundo oFBRef.Um retorno de 14 gols em 20 partidas não é nada ruim.

Ele também está fazendo todas as movimentações Benzema que o tornam tão valioso.Ele recua para ajudar na criação do jogo;ele cria chances em um espaço limitado;e ainda faz os zagueiros recuarem quando está com a bola.

E mesmo quando não está contribuindo diretamente, Benzema entra e sai do espaço com maestria, abrindo espaço para outros.Há, de fato, uma razão pela qual Vinicius Jr é uma ameaça de gol mais impactante quando Benzema está em campo.

Benzema ainda está aparecendo nos momentos mais importantes.Ele marcou dois e deu uma assistência contra o Liverpool em Anfield.Ele conseguiu um hat-trick contra o Barcelona na semifinal da Copa do Rei.O grande jogador que derrotou Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City na Liga dos Campeões da temporada passada está muito presente.

Depois que Benzema foi afastado enquanto o Real sofreu uma infame derrota por 4 a 0 para o Barcelona em abril passado, Ancelotti fez uma avaliação sombria da situação : "Sem Benzema, não tínhamos chance".

O Real não tem estado tão resignado com seu destino quando o atacante foi afastado nesta temporada, mas eles são um time muito diferente sem ele.

Nas últimas semanas, os resultados melhoraram quando Benzema ficou de fora, mas foi na sua ausência no início da temporada que o Real Madrid realmente ficou para trás na corrida pelo título. As derrotas para Mallorca e Rayo Vallecano aconteceram sem Benzema.

E embora a derrota por 4 a 2 desta semana para o Girona talvez não possa ser atribuída à falta de qualidade de ataque do Real, um Benzema em boa forma certamente teria dado uma chance ao Madrid - apesar de sua zaga estar um caos.

É certo que houve alguns bons momentos. A ausência de Benzema liberou uma vaga para um revitalizado Marco Asensio voltar ao time, e o espanhol aproveitou sua chance, com 14 gols marcados em La Liga. Rodrygo também certamente melhorou como atacante improvisado e agora é uma ameaça de gol mais viável.

Mas todos esses são benefícios mínimos, pontos positivos vagos a serem extraídos de um problema claro. Ancelotti, então, estava certo. Sem Benzema, o Real não é o mesmo time.

Não é fácil substituir um dos melhores atacantes do mundo. Há um punhado de artilheiros comparáveis ​​ou melhores que Benzema, e nenhum deles é possível para o Real - pelo menos não imediatamente.

O que o Real Madrid busca, então, é um reforço viável, o tipo de jogador que pode ocupar o posto de camisa nove quando Benzema estiver fora ou precisa descansar.

A boa notícia em tudo isso é que Ancelotti tem opções de ataque suficientes à sua disposição para não precisar de outro centroavante completo. Os brasileiros Vinicius Júnior e Rodygo são excelentes jogadores criativos, enquanto Luka Modric sempre se destaca por criar oportunidades para o camisa nove,

Em vez disso, eles desejam um atacante mais natural, alguém para manter uma posição central e deixar os alas ao seu redor fazerem as partes técnicas intermediárias. As qualidades extras de Benzema - a habilidade flutuar, passar e abrir espaço - são o que o tornam elite. Mas os atacantes reservas simplesmente não devem ser cópias do titular.

Divock Origi, em seus melhores tempos no Liverpool, por exemplo, foi eficaz porque foi mais direto que Mohamed Salah ou Roberto Firmino.

Com efeito, o Real precisa encontrar o jogador que seja o que o atacante Luka Jovic deveria ter sido, mas nunca foi.

Esta é uma janela de transferências difícil para o Real. É perfeitamente possível, se não provável, que o presidente Florentino Pérez nunca tenha pensado que se encontraria nessa situação.

O Real Madrid deveria ter contratado Kylian Mbappé na janela passada, o que teria facilitado a transição no final da era Benzema e colocado os Blancos no futuro previsível.

Em vez disso, eles têm uma lacuna a preencher. Mbappé, que acabou assinando novamente com o PSG, garantiu aos torcedores parisienses que não quer deixar o clube na próxima janela .

Enquanto isso, os outros grandes nomes do mercado de transferências parecem estar indo para outro lugar. Chelsea, Bayern de Munique, Manchester United e até mesmo o PSG têm uma necessidade mais urgente de um atacante - e os recursos financeiros para ir para alvos importantes como Victor Osimhen, Harry Kane ou Randal Kolo Muani .

O Real Madrid também está de olho em outro alvo. O Liverpool, possível líder na corrida para contratar Jude Bellingham, deixou claro que sua contratação nesta janela está descartada. O Real está supostamente relutante em pagar o enorme preço de 150 milhões de euros (R$ 802 milhões na atual cotação) que o Borussia Dortmund estabeleceu. Mas ele ainda é o principal alvo para os próximos meses e provavelmente esgotaria os recursos do Real Madrid. Dinheiro para um novo atacante, então, será difícil de conseguir.

Há um atacante chegando, mas só dentro de dois anos. O jovem brasileiro Endrick se juntará aos Blancos em 2024, mas ele terá apenas 18 anos quando entrar no Santiago Bernabéu e, apesar de seu imenso potencial, é improvável que esteja pronto para liderar o ataque até então.

O Real Madrid pode muito bem estar apostando em uma mudança de opinião de Mbappé em um ou dois anos. Mas, a menos que invistam agora, provavelmente enfrentarão um problema recorrente no próximo ano, e sem a garantia de Benzema ficar por mais uma temporada depois.

Como Ancelotti tentou mostrar este ano, existem algumas opções internas, ainda que limitadas.

Rodrygo , por sua vez, tem se mostrado promissor como atacante pelo meio. De fato, foi sua mudança para um papel mais central na vitória do Real Madrid sobre o Chelsea em Stamford Bridge - e os dois gols que se seguiram - que levou os Blancos às semifinais.

Ainda assim, o brasileiro foi titular em 12 jogos como atacante central na La Liga nesta temporada, e marcou apenas duas vezes. Ele também confirmou ao GOAL no início deste ano que prefere jogar como meio-campo ofensivo - uma posição que não existe no 4-3-3 preferido de Ancelotti.

O jovem Alvaro Rodriguez foi momentaneamente apontado como uma opção de ataque de longo prazo, mas suas oportunidades foram limitadas desde que ele marcou um gol de empate no último minuto contra o Atlético de Madrid em fevereiro.

E em um momento particularmente desesperador, Ancelotti experimentou Eden Hazard como uma espécie de falso nove contra o Celtic na Liga dos Campeões. O belga marcou um raro gol, mas não conseguiu impressionar ao longo de seus 50 minutos em campo.

Ancelotti foi questionado sobre a gestão de jogo de Benzema no início desta semana, e garantiu ao seu jogador que não pretende dar- lhe descanso desnecessariamente : "Ele é muito importante para nós. Nos últimos jogos tem mostrado um nível muito bom e isso mantém-se jogando e não salvá-lo. Se ele está bem, ele quer jogar e nós também."

E esse talvez seja o problema do Real. Benzema quer jogar todos os jogos, mas já não pode. Se o confronto do Real Madrid contra o Girona nesta semana tivesse sido uma semifinal da Liga dos Campeões contra o Manchester City, por exemplo, o atacante sem dúvida estaria no time.

Com bastante prudência, Ancelotti o manteve afastado e seu time sofreu com isso. É um jogador de que o Real Madrid precisa muito, mas não pode forçar em campo. Se Benzema for usado em excesso, ele começará a perder os grandes jogos - aqueles que ele pode impactar mais. E a lista de jogadores atrás dele não é boa o suficiente para substituí-lo.

Em algum momento, isso levará a uma lesão mais longa. Benzema tem 35 anos e terá 36 quando chegar a fase eliminatória da Liga dos Campeões do ano que vem. Esses são os confrontos para os quais ele precisa estar apto.

E ele deve tentar jogar nos jogos intermediários, mas forçar um atacante com idade avançada e que não esteja 100% fisicamente a atuar durante uma partida de terça com o Rayo Vallecano não é uma proposta sustentável.

Então, há uma necessidade definitiva de um reserva. Benzema não deve ser empurrado para fora da escalação, mas o Real deve garantir que eles estejam muito mais confortáveis ​​quando ele não estiver no time.