Quem saiu ganhando e quem saiu perdendo na janela de transferências na Europa

Esqueça como eles fizeram isso, só por um momento. Em vez disso, vamos nos concentrar no que o Barcelona fez nesta janela.

Fortalecer um elenco já talentoso com nomes como Raphinha, Jules Koundé, Franck Kessié, Andreas Christensen e Hector Bellerin é uma coisa, mas adicionar Robert Lewandowski à equipe? Não é nenhuma surpresa que Xavi tenha sorrido durante as primeiras semanas da campanha.

Em termos puramente futebolísticos, o Barça conseguiu contratar alguns dos atletas mais concorridos do mercado.

Não era assim que o retorno ao teatro dos sonhos de Cristiano Ronaldo deveria acontecer.

A lenda portuguesa passou o verão europeu tentando - e falhando miseravelmente - tentando garantir uma saída do Manchester United, tendo descoberto rapidamente que a grama de Old Trafford não está tão verde como quando ele saiu em 2009.

Todos os principais clubes da Europa tiveram a chance de contratar Ronaldo, mas nenhum estava disposto a apostar em um jogador que ainda sabe onde está a rede, mas que fará 38 anos em fevereiro e mostrou-se não apenas um atleta em torno de quem é difícil construir um sistema tático coeso, mas que parece criar divisão e incerteza dentro do campo com o seu comportamento.

O United pode tirar bons momentos dele nesta temporada, mas quem pensa que seu retorno a Manchester foi um sucesso está se iludindo.

Foram dois meses notáveis ​​de janela, com o recém-promovido time da Premier League trazendo nada menos que 21 novos jogadores, a um custo de mais de £ 150 milhões (quase 900 milhões de reais).

Isso inclui a contratação recorde do meio-campista Morgan Gibbs-White, do Wolves, dois atacantes nigerianos em Taiwo Awoniyi e Emmanuel Dennis, o goleiro Dean Henderson e o atacante inglês Jesse Lingard, do Manchester United e, talvez o mais atraente de todos, o empréstimo do lateral-esquerdo brasileiro Renan Lodi, do Atlético de Madrid.

Resta saber se tal investimento compensa, mas uma coisa é certa; o técnico Steve Cooper vai ter algumas grandes dores de cabeça nos próximos meses.

Matthijs De Ligt, Franck Kessié, Ivan Perisic, Fabián Ruiz, Dejan Kulusevski, Lorenzo Insigne, Cristian Romero, Dries Mertens, Alexis Sánchez, Kalidou Koulibaly, Giorgio Chiellini, Fernando Bernadeschi, Gianluca Scamacca, Aaron Hickey, Mikkel Damsgaard, Nahuel Molina, Remo Freuler, Cesare Casadei.

A lista de jogadores talentosos - jovens e experientes - que deixaram a Itália neste verão é longa. A Série A teve a melhor disputa pelo título da Europa na última temporada, mas suas maiores estrelas continuam saindo, a maioria delas seduzidas pelo dinheiro oferecido na Premier League.

Novos surgirão, sem dúvida, e a liga deve ser ultracompetitiva novamente nesta temporada, mas parece improvável que veremos um time italiano competindo pela glória da Champions League em breve.

E quão triste é isso, dada a sua história na competição?

Perder dois de seus melhores jogadores raramente é positivo, mas quando você é um clube como o Ajax, você se acostuma com a ideia de entregar talentos para obter lucro. E neste verão, eles fizeram isso soberbamente.

Os campeões da Eredivisie ganharam mais de £ 130 milhões (cerca de 770 milhões de reais) somente do Manchester United, vendendo o zagueiro Lisandro Martinez e o promissor atacante Antony.

Acrescente as vendas de Sebastien Haller (para o Borussia Dortmund), Ryan Gravenberch (Bayern), Perr Schurrs (Torino) e Nicolas Tagliafico (Lyon) e os gigantes holandeses recuperaram perto de £ 200 milhões (quase 1,2 bilhão de reais), que já foi reinvestido em nomes como Steven Bergwijn, Calvin Bassey, Brian Brobbey e Owen Wijndal.

Também não se surpreenda ao ver alguns deles passarem por grandes taxas nos próximos dois anos. É o que o Ajax faz - e o que eles fazem melhor do que a maioria dos clubes ao redor do planeta.

O que o holandês deve estar sentindo, depois de um verão europeu em que o Barcelona tentou todos os truques para forçá-lo a sair do clube ou concordar com um corte drástico em seu salário?

Enquanto os catalães gastaram muito em novas contratações, nomes como Frenkie De Jong - para não esquecer nomes menos aclamados como Martin Braithwaite - foram cutucados, provocados e pintados na mídia como vilões. Tudo pela temeridade de querer o que lhes é devido.

De Jong, que era procurado por Chelsea e Manchester United durante o verão, pode acabar jogando muitos jogos pelo Barça nesta temporada, mas por que ele queria isso é uma incógnita.

Eles dizem que você nunca deve voltar, mas quando a alternativa é o cemitério dos atacantes de Stamford Bridge, então talvez essa velha frase deva ser reconsiderada.

O Chelsea mandou embora duas das contratações mais caras de sua história nesta janela, permitindo que Romelu Lukaku retornasse à Inter de Milão por empréstimo e vendesse Timo Werner de volta ao RB Leipzig.

Ambos, naturalmente, perderam pouco tempo para redescobrir o toque de gol que os abandonou em Londres, e ambos, você pode imaginar, acharão a vida muito mais feliz longe do carrossel ofensivo de Tuchel. O mesmo pode acontecer com Callum Hudson-Odoi, que se juntou ao Bayer Leverkusen por empréstimo para a temporada.

O que você ganha para a equipe que tem tudo? Que tal o jogador sul-americano do ano, uma estrela do meio-campo da Premier League testada e confiável e um atacante que parece pronto, disposto e capaz de quebrar praticamente qualquer tipo de recorde de gols que você colocar na frente dele?

O Manchester City já era o favorito para o título nesta temporada, mas tendo adicionado Julián Álvarez, Kalvin Phillips e o brilhante e implacável Erling Haaland à sua equipe, o time de Pep Guardiola parece que será imparável - pelo menos internamente. Acrescente Manuel Akanji e Sergio Gómez, um par de esquadrões contratados no final da janela, e tudo parece cor-de-rosa no Etihad.

Más notícias para o Liverpool , que se mexeu no dia do prazo final ao contratar Arthur Melo, o meio-campista da Juventus, por empréstimo, e para o Chelsea, cuja abordagem dispersa ao mercado neste verão europeu talvez traia a ingenuidade do novo proprietário Todd Boehly. O tempo pode provar que estamos errados, mas nenhum dos dois parece capaz de sustentar um desafio ao City nesta temporada.

Algo está acontecendo no Arsenal, e o Tottenham também não está tão mal.

O recrutamento dos Spurs tem sido estelar, seguindo desde o final positivo até a janela de janeiro, quando pegaram Cristian Romero, Dejan Kulusevski e Rodrigo Bentancur, com as aquisições de Ivan Perisic, Richarlison, Clement Lenglet e Yves Bissouma, entre outros.

O Arsenal, por sua vez, foi brilhante ao atrair Gabriel Jesus e Oleksandr Zinchenko, do Manchester City, ao mesmo tempo em que acrescentou o promissor Fabio Vieira e trouxe o bom zagueiro William Saliba para o time após duas temporadas emprestado.

O tempo dirá se o início empolgante dos Gunners vai durar, ou se os homens de Antonio Conte podem melhorar em seu quarto lugar na temporada passada, mas ambos parecem fortes neste momento.