O próprio Alex Ferguson estava no estádio de San Mamés, casa do Athletic Bilbao, para testemunhar a derrota do seu querido Manchester United, agora treinado pelo português Rúben Amorim, para os Spurs – cortesia de um gol chorado do ponta Brennan Johnson ainda no primeiro tempo.
Ferguson se despediu do United com um título inglês, em 2013, e desde então os Red Devils não conquistaram mais a primeira divisão do certame nacional. Levantaram algumas taças, claro, mas o diagnóstico geral, em meio a tantas contratações fracassadas e expectativas muito abaixo de todo o investimento, indicam que esta é a pior era do clube desde os anos 1970, quando o time vermelho de Manchester viveu um verdadeiro inferno astral que culminou, em 1974, com um rebaixamento para a segunda divisão.
Na era dos superclubes é impossível, praticamente, pensar em um Manchester United rebaixado, apesar de o 16º lugar mostrar uma perigosa aproximação com o Z3 na Inglaterra. Mas em meio a todo o contexto dos últimos anos, chegar em uma final europeia e perder justamente para o Tottenham, que motivava piadas alguns anos atrás, deixa um gosto de um novo fundo do poço para o clube de Old Trafford.
Quem não tem nada a ver com isso é o Tottenham, que apesar de atualmente ser o 17º do Campeonato Inglês, tornando-se também o time com a pior colocação a ser campeão europeu na história, pôde voltar a celebrar uma conquista digna de sua grande tradição.