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Dani AlvesGetty

Qual é a pena de Dani Alves? A quantos anos de prisão ele foi condenado?

Dani Alves deve passar os próximos quatro anos e seis meses atrás das grades. A Justiça da Espanha decretou na manhã da quinta-feira, dia 22 de fevereiro, que o lateral direito foi condenado da acusação de estupro contra uma mulher de 24 anos em Barcelona, crime ocorrido em dezembro de 2022. Cabe recurso.

O Ministério Público Espanhol havia pedido uma punição de nove anos para o jogador, enquanto a acusação desejava uma pena de 12 anos de reclusão. A decisão considerou o pagamento de multa de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil como atenuante. A quantia será destinada à vítima.

Dani Alves ainda será vigiado por mais cinco anos após cumprido o tempo de prisão. A defesa do brasileiro avisou que irá recorrer da decisão. Enquanto isso, o lateral seguirá na cadeira, situação que ocorre desde janeiro de 2023.

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    Entenda o caso

    Em dezembro de 2022, Dani Alves foi acusado de cometer atos de violência sexual contra uma jovem dentro de um banheiro na casa noturna Sutton, localizada em Barcelona. Segundo a imprensa espanhola, o jogador foi denunciado de tocá-lo por baixo de sua roupa íntima sem seu consentimento e praticado relações sexuais, quando ela estava com amigos na boate. Depois, a garota teria relatado a situação aos seguranças da festa e, ainda, acionado a polícia catalã. Quando os agentes chegaram ao local, Daniel Alves já não estava mais presente na boate, segundo os relatos.

    A Justiça Espanhola rejeitou todos os pedidos de liberdade apresentados pela defesa do atleta. O Ministério Público da Espanha também se pronunciou a favor da continuidade da prisão, argumentando o risco de fuga.

    Daniel Alves deu diferentes versões dos eventos, mas eventualmente admitiu ter tido relação sexual com a vítima, insistindo que foi consensual, o que foi veementemente contestado pela acusação.

    Em um depoimento, Daniel Alves admitiu a relação sexual, mas disse que a jovem “não pediu para parar”. “Nós começamos a dançar. Eu me aproximava dela, mas sempre com respeito. Acho que ela sabia quem eu era. Começamos a dançar […] Havia uma atração sexual. Eu propus de irmos ao banheiro e ela disse que sim”, disse. “Eu não sou um homem violento. Em nenhum momento ela me disse nada. Os dois estavam gostando do que acontecia ali", afirmou.

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    Indiciado formalmente por estupro

    Depois, em agosto de 2023, o ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira foi indiciado formalmente por alegações de estupro. A juíza encarregada do caso afirmou ter encontrado evidências de conduta irregular por parte do atleta de 40 anos, que declarava ter mantido relações sexuais consensuais com a mulher.

    O então advogado de Dani Alves, Cristobal Martell, comunicou aos repórteres que seu cliente estava descontente com a descrição dos acontecimentos e discordava dela. Martell também afirmou que Alves não apelaria para acelerar o processo judicial.

    O Ministério Público da Espanha solicitou uma pena de nove anos de prisão, enquanto a defesa da vítima pediu uma pena maior, de 12 anos. A acusação desconsiderou os pedidos da defesa do atleta para que a pena fosse atenuada pela embriaguez, assim como pelo pagamento de fiança. O MP pediu uma indenização de 150 mil euros (R$ 804 mil) do ex-jogador.

    Na Espanha, as denúncias de estupro são investigadas sob a acusação mais ampla de agressão sexual, com possíveis condenações resultando em penas de prisão que variam de quatro a 15 anos.

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    Como foi o julgamento de Daniel Alves?

    O julgamento de Daniel Alves aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro. Durante a sessão, o ex-jogador testemunhou, emocionando-se ao afirmar que o ato sexual em questão foi consensual. Um total de 28 testemunhas foram convocadas.

    No primeiro dia, a acusadora testemunhou, com sua voz sendo modificada para protegê-la, e a imprensa foi excluída da sala. A defesa de Alves solicitou que ele fosse o último a testemunhar, o que foi concedido. A vítima manteve sua versão dos eventos, declarando que foi estuprada por Daniel Alves no banheiro da boate.

    Além disso, uma prima e uma amiga da denunciante também prestaram depoimento no mesmo dia, relatando que Dani Alves as apalpou. A prima da vítima relatou que a mulher saiu do local chorando e dizendo “ele me machucou muito”. No mesmo dia, funcionários da boate também foram ouvidos.

    No segundo dia, a ex-esposa de Dani Alves, Joana Sanz, testemunhou, relatando que ele voltou para casa embriagado após jantar com amigos. Testemunhas na boate afirmaram que o ex-jogador foi o que mais consumiu álcool.

    Bruno Brasil, que estava presente na boate, afirmou que o ex-atleta foi quem mais consumiu bebidas alcoólicas. Ele mencionou não ter presenciado a vítima demonstrar sinais de choro ou incômodo ao sair do banheiro.

    No terceiro dia, durante seu depoimento, Daniel Alves admitiu ter bebido muito naquela noite. Negando as acusações, ele chorou, afirmando não ser violento e que não coagiu a denunciante. O brasileiro alegou que mentiu inicialmente para evitar problemas com sua esposa. Ele afirmou que chegou na boate por volta das duas da manhã, e que dançou com duas mulheres. Depois, chamou mais três, incluindo a denunciante. O atleta declarou que dançou com a mulher e que não insistiu para que fossem ao banheiro.

    Sua defesa destacou o consumo excessivo de álcool como um fator relevante, uma vez que a lei espanhola considera isso como um atenuante em casos como esse.

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