A primeira metade da temporada 2024/25 foi excelente para o Chelsea por alguns fatores-chave. Maresca, principalmente, deu continuidade às bases deixadas por Mauricio Pochettino, cujo time terminou a apenas cinco pontos de uma vaga na Champions League apesar das críticas na sua única temporada no comando. Os londrinos perderam apenas duas vezes na Premier League antes do Boxing Day: para o campeão Manchester City logo na abertura, e para o futuro vencedor Liverpool em outubro.
O calendário também ajudou. Em vez de disputar a exigente fase de liga da Champions, o Chelsea estava no formato de seis partidas da Conference League. Enquanto os rivais do topo encaravam os gigantes do continente, Maresca conseguia alternar amplamente sua equipe contra FC Noah, Astana e Shamrock Rovers. Os titulares chegaram mais inteiros e descansados à Premier League, e Cole Palmer nem estava inscrito na competição europeia até os mata-matas.
Nesta temporada, porém, o italiano tem tido dificuldade para lidar com a exigência crescente de jogos decisivos a cada três ou quatro dias, sem a possibilidade de dividir o elenco entre competições diferentes. E isso sem falar nas consequências da longa campanha no Mundial de Clubes no meio do ano, que reduziu drasticamente o período de pré-temporada.
Segundo o The Athletic, Maresca já fez impressionantes 119 mudanças no time titular em 23 partidas até aqui, número altíssimo entre os clubes da Premier League, e o elenco já dá sinais claros de desgaste físico.
“Hoje, no onze inicial, tínhamos oito ou nove jogadores que atuaram contra o Tottenham, o Barcelona, o Wolves e o Arsenal”, disse o treinador após a derrota para a Atalanta. “Então, se você observar as cinco mudanças que fizemos em relação ao Bournemouth, é diferente. Os que jogaram hoje são os que estão atuando praticamente em todas as partidas.”