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Bruno Lage, Botafogo 2023Vitor Silva/Botafogo

Pressão do elenco, resultados e veto a Tiquinho Soares: a demissão de Bruno Lage no Botafogo

A queda de Bruno Lage no Botafogo aconteceu devido a uma série de fatores. Além dos resultados negativos — foram cinco jogos sem vencer —, o ambiente ruim com o elenco, as mudanças na escalação e o veto a Tiquinho Soares no empate diante do Goiás foram preponderantes para a demissão do português, segundo apurado pela GOAL.

O luso já está ciente da demissão e será indenizado com a multa rescisória de R$ 4 milhões por causa da queda antecipada — o contrato original se encerraria em dezembro de 2023.

Deixam o clube também os auxiliares Luis Nascimento e Carlos Cachada, o preparador físico Alexandre Silva e os analistas Jhony Conceição e Diogo Camacho. A saída do grupo foi uma decisão que demandou convencer o sócio majoritário da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) botafoguense, John Textor.

  • Jogadores do Botafogo após derrota para o Corinthians, pelo Brasileirão 2023Getty Images

    Pressão do elenco e resistência da diretoria

    O elenco botafoguense, salvo raríssimas exceções, era contrário à manutenção de Bruno Lage até o fim do Campeonato Brasileiro. Havia incômodo com o trabalho feito pelo lusitano, sobretudo pela relação com o grupo de atletas, conforme apurado pela GOAL.

    A princípio, a diretoria era contrária à saída do comandante. O CEO André Mazzuco se posicionou de forma favorável à continuidade do trabalho e contou com o aval do sócio majoritário do clube, John Textor. No entanto, o incômodo do plantel com o técnico pesou para a mudança de postura da dupla e a queda imediata do português.

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  • Tiquinho Soares, Botafogo 2023Vitor Silva/Botafogo

    Resultados negativos e veto a Tiquinho Soares

    Os resultados obtidos por Bruno Lage à frente do time carioca foram preponderantes para a saída neste momento da temporada. Em 16 jogos sob o comando do português, o Botafogo obteve cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas. O aproveitamento é de 45,83%. A sequência mais recente tem cinco jogos sem vencer — quatro derrotas (Defensa y Justicia, Flamengo, Atlético-MG e Corinthians) e um empate (Goiás). A equipe ainda é líder do Brasileirão, com 52 pontos conquistados, sete de vantagem para o Red Bull Bragantino, segundo colocado.

    Além dos resultados negativos, o veto a Tiquinho Soares no empate contra o Goiás também pesou. O titular foi Diego Costa, com quem o técnico trabalhou no Wolverhampton e tinha boa relação. O dono da camisa 9 entrou durante o segundo tempo da partida e foi responsável por marcar o gol de empate no duelo válido pela 25ª rodada do Brasileirão.

  • bruno lageGetty Images

    Mudanças na escalação

    Bruno Lage fez mudanças nas escalações do Botafogo jogo após jogo. A justificativa do português era de que tinha um grupo homogêneo à disposição e não considerava ter 11 titulares apenas no plantel que lidera o Campeonato Brasileiro.

    Ele não repetiu a escalação em nem uma das 16 vezes que comandou a equipe nesta temporada — seja por questão física ou por decisão do próprio técnico.

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