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Real Madrid transfer priorities GFXGetty/GOAL

Por que o Real Madrid pode ter que se livrar de Endrick e Rodrygo para abrir espaço para promessa argentina

O Real Madrid está com tudo neste meio de ano. Três pontos eram considerados essenciais na lista de prioridades do clube para a janela: um novo técnico — bem-vindo, Xabi Alonso —, um zagueiro jovem para liderar a defesa no futuro — olá, Dean Huijsen — e uma contratação galáctica que unisse talento, impacto midiático e identidade com o clube — prepare-se para aprender espanhol, Trent Alexander-Arnold.

Mas os merengues não pretendem parar por aí. Mesmo com os principais objetivos já encaminhados, ainda há ajustes necessários se o clube quiser superar o Barcelona em La Liga e o PSG na Champions. O setor ofensivo, por exemplo, está superlotado: com Mbappé, Vinicius Jr, Rodrygo e outros, sobra qualidade, mas falta equilíbrio. Alguém terá que sair. Além disso, o lado esquerdo da defesa precisa de mais opções, e outro meio-campista, que ofereça vigor físico, também seria bem-vindo.

Por sorte, estamos falando do Real Madrid — onde dinheiro raramente é um problema e o poder de atração é imenso. A contratação de Alexander-Arnold junto ao Liverpool é prova disso: quando o clube quer alguém, ele simplesmente vai lá e traz.

E ainda há mais por vir nesta janela.

A GOAL analisa agora os próximos passos do Real Madrid no mercado de transferências em busca da hegemonia europeia...

  • Real Madrid C.F. v Atletico de Madrid - UEFA Champions League 2024/25 Round of 16 First LegGetty Images Sport

    Dizer adeus a Rodrygo

    A temporada passada deixou claro: o ataque do Real Madrid tinha talento demais para funcionar de forma equilibrada. E, embora Rodrygo seja um jogador de enorme qualidade, ele simplesmente não se encaixa num time que já conta com excesso de pontas-esquerdas. Por mais que se fale da sua generosidade em campo, a verdade é que o Madrid precisa de mais profundidade pelo lado direito — algo que o brasileiro, que parece sempre evitar ficar aberto, não consegue oferecer.

    A situação pode piorar ainda mais caso Xabi Alonso opte por usar o sistema 3-4-2-1, que lhe rendeu tanto sucesso no Bayer Leverkusen. Rodrygo não é um segundo atacante pelo lado direito e, nesse contexto, encaixa ainda menos.

    Diante disso, uma saída amigável parece o melhor caminho para todos. O lado positivo: Rodrygo ainda tem grande valor de mercado e atrairá bons interessados. O Arsenal, por exemplo, já foi citado como possível destino — e faz sentido, já que os Gunners procuram uma alternativa mais confiável para Gabriel Martinelli. O Real, claro, exigirá uma compensação à altura. Mas, neste caso, a solução está clara.

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  • Vinicius Jr.Getty Images

    Ouvir propostas por Vini Jr.

    Vamos deixar algo absolutamente claro: o Real Madrid não precisa vender Vinicius Jr. — e seria um erro grave até cogitar colocá-lo no mercado. Vinicius é um craque de elite, presença constante na conversa pelo Ballon d’Or e, talvez, o melhor ponta-esquerda do mundo na atualidade. Mas Mbappé é o mais famoso deles — e, no Madrid, isso pesa mais do que qualquer argumento técnico.

    Xabi Alonso vai querer implementar um estilo definido, e isso levanta uma questão tática: Mbappé não é confiável jogando como centroavante fixo, e Vinicius não oferece versatilidade suficiente em outras zonas. Assim, o clube se depara com duas possibilidades: criar um sistema que realmente tire o melhor dos dois ao mesmo tempo, ou aceitar que este é o time de Mbappé e abrir mão de Vini. Basta olhar para o PSG campeão europeu para perceber que o futebol moderno exige sacrifício coletivo. Um atacante que pressiona pouco é administrável; dois, complica.

    E se a venda virar tema, a pergunta que fica é: quem pode bancar Vinicius Jr.? O Real não vai oferecê-lo ao mercado, mas se o interesse da Arábia Saudita ressurgir, o clube inevitavelmente terá que considerar — até porque poderia exigir uma quantia astronômica e reinvestir pesado no elenco.

  • endrick real madridGetty Images

    Emprestar Endrick

    Endrick é veloz, forte, habilidoso e tem excelente instinto finalizador — um talento bruto com enorme potencial. Mas, no contexto do futebol europeu de elite, ele ainda é um encaixe tático estranho.

    Hoje, sua posição mais natural é como um ponta-esquerda que ataca por dentro, mas sem altura ou presença física para ser um centroavante fixo. Seu jogo pede transição rápida, espaço e liberdade — algo que o Real Madrid nem sempre oferece.

    Acima de tudo, Endrick precisa de minutos em campo. Precisa errar, aprender, entender como se mover sem a bola e em qual faixa do ataque pode ser mais letal. E isso não vai acontecer no Bernabéu, onde só joga quem está pronto — o Real não desenvolve talentos com paciência. Lá, ou você entrega alto nível agora, ou assiste do banco.

    Por isso, o melhor cenário para todas as partes é um empréstimo imediato. Com a estrutura certa, Endrick pode ser valioso para um clube competitivo, com estilo ofensivo, mas fora do foco da mídia — como um Real Betis, por exemplo.

    Se der certo, o Real ganha um jogador formado e pronto para brilhar. É um risco, sim — mas um risco necessário com um jovem que só precisa de uma coisa: jogar bola.

  • FBL-POR-LIGA-VITORIA GUIMARAES-BENFICAAFP

    Trazer um novo lateral-esquerdo...

    A lateral esquerda do Real Madrid sempre pareceu um “problema” exagerado. Com Camavinga, Mendy e Fran García, o clube tem três opções confiáveis para revezar — nenhuma delas é genial, mas são funcionais, especialmente com Vinicius à frente, onde o foco está mais em segurança do que em brilho ofensivo. Ainda assim, para Florentino Pérez e companhia, isso parece insuficiente.

    O nome da vez é Álvaro Carreras, do Benfica. O espanhol de 22 anos ressurgiu em Portugal após ser descartado pelo Manchester United e mostrou atributos físicos e táticos que casam bem com a ideia de jogo de Xabi Alonso. Não é certo se chegaria ou não como titular de imediato, mas, pensando a longo prazo, Carreras representa uma aposta bem razoável e com potencial real de evolução.

  • Patrik SchickGetty Images

    ...e um camisa 9 de verdade

    Na temporada passada, jogadores do Real Madrid admitiram abertamente que sentiram falta de Joselu. Sim, esse mesmo: o atacante espanhol que passou discretamente por clubes como o Stoke City, mas que, curiosamente, fazia falta em um elenco recheado de estrelas e fluidez ofensiva. Isso diz muito sobre o que faltava ao time: um camisa 9 clássico, um ponto de referência que desse equilíbrio ao ataque.

    A verdade é que o sistema de Xabi Alonso exige um homem de área para centralizar jogadas e dar liberdade ao trio de apoio. Um nome que encaixa perfeitamente nesse perfil é Patrik Schick. O tcheco brilhou sob comando de Alonso no Leverkusen, marcando 21 gols na temporada, e alia porte físico a boa mobilidade — algo raro em centroavantes da sua estatura.

    Aos 29 anos, Schick não seria uma solução de longo prazo, mas sim uma contratação cirúrgica: um plano B de qualidade para jogos travados e, ao mesmo tempo, uma peça funcional dentro da engrenagem tática merengue.

  • MastantuonoGetty Images

    Contratar Mastantuono de uma vez — mas tendo Paz como 'plano B'

    Uma forma de o Real Madrid dar o troco imediato no novo campeão europeu, o PSG, seria atravessar os franceses pela contratação de uma das maiores joias do futebol sul-americano: Franco Mastantuono. O meia de 17 anos vem se destacando no River Plate e já atraiu os olhos da Europa. Antes da final da Champions, o PSG liderava a corrida, mas agora os merengues entraram com força.

    O clube espanhol acredita que o jovem argentino — recém-convocado para a seleção principal — prefere vestir branco no Santiago Bernabéu do que atuar no Parc des Princes. A cláusula de rescisão de US$ 45 milhões não assusta o Real, que vê em Mastantuono um projeto de elite para o futuro, ainda que sua função box-to-box não seja uma necessidade urgente no elenco. O Olé, inclusive, publicou na última quinta que um acerto está garantido.

    Caso não consigam efetuar a contratação, os blancos mantêm uma alternativa interna interessante: Nico Paz. Revelado no clube, o meia foi emprestado ao Como, onde evoluiu sob o comando de Cesc Fàbregas. Aos 20 anos, é mais criativo que Mastantuono e pode reforçar o time já na próxima temporada — o tipo de opção de confiança que Alonso pode precisar.