Por que Cristiano Ronaldo passou de “craque” a “descartável” na elite do futebol europeu

É difícil admitir, mas a idade chega até mesmo para lendas do futebol, e a história não foi diferente com Cristiano Ronaldo. Aos 37 anos de idade, o português ainda parece "inteiro" e em boa forma, mas uma avaliação mais atenta de seu jogo revela uma queda considerável em seu desempenho.

As arrancadas explosivas, outrora parte essencial do arsenal do craque, já não são as mesmas. Até mesmo gestos técnicos de finalização, sempre impecáveis, pioraram nas últimas temporadas. Aliados à impaciência e ansiedade para marcar, esses fatores prejudicam o desempenho de CR7 na elite do futebol.

Como um dos principais nomes do esporte nas duas últimas décadas, Cristiano naturalmente recebia salários astronômicos, compatíveis com sua posição de destaque no mundo do futebol. O problema é que o português pareceu não aceitar bem a tendência de queda salarial com o passar dos anos, que afeta atletas como Tom Brady, do futebol americano.

Como custa muito caro e já tem idade avançada (o que dificulta uma eventual negociação), o português deixa de ser alvo de grandes equipes da Europa, e passa a chamar a atenção de mercados secundários, como é o caso do mundo árabe.

Cristiano Ronaldo nunca foi famoso por ter um temperamento dócil, e os anos de experiência não parecem ter ajudado muito nesta questão. Explosivo e irritadiço, o craque parece estar sempre nervoso e descontente em campo, o que afeta de forma clara o comportamento e psicológico dos companheiros de equipe.

Acostumado a ser o centro das atenções e uma espécie de "pára-raios" para os passes e o oportunidades de gols dos times, o português deve se dar bem em um esquema desenhado inteiramente para explorar seu talento, e o Al Nassr certamente poderá oferecer todo o foco necessário em seu jogo.