O principal obstáculo para o Manchester United tirar do papel o novo estádio é uma disputa milionária com a Freightliner, empresa de transporte que controla o terminal ferroviário localizado na área planejada para a construção. Segundo o The Guardian, a Freightliner “colocou o United em uma posição complicada” ao exigir 400 milhões de libras (R$ 2,8 bilhões) por um terreno que Jim Ratcliffe avalia em cerca de 40 milhões a 50 milhões de libras (R$ 285 a 357 milhões).
O ex-presidente do Crystal Palace, Simon Jordan, comentou o impasse: “Quem detém o terreno está usando isso como moeda de resgate”.
A Freightliner até estaria disposta a se mudar para a vizinha St Helens, mas apenas pelo preço certo — e, enquanto ninguém cede, o projeto segue parado. Ratcliffe, conhecido por seu estilo econômico e pelas medidas de corte dentro do clube, dificilmente pagará dez vezes mais do que considera justo pelo terreno.
Ainda assim, ele tem um aliado importante: o prefeito de Manchester, Andy Burnham, que afirmou que pode acionar uma ordem de compra compulsória — medida que permitiria ao governo adquirir o terreno por menos de 50 milhões libras. Isso, porém, atrasaria ainda mais o projeto, já que o processo pode levar meses ou até anos. O cenário mais provável é um acordo intermediário, que destravaria as negociações e permitiria o início das obras.
O clube também tenta manter uma boa relação com empresas locais, como a Freightliner, argumentando que o projeto trará benefícios econômicos e sociais significativos para a região.