Palmeiras x Flamengo virou clássico nacional e só uma loucura tira dos times de Abel Ferreira e Filipe Luís o favoritismo ao título do Brasileirão

Eles têm sido as constantes na luta pelo título brasileiro dos últimos anos. De uma forma ou de outra, seja liderando ou sonhando minimamente com a taça, alviverdes e rubro-negros chegaram às últimas dez rodadas com algum grau de chance de título desde 2016, sendo 2017 (quando o Flamengo estava em sétimo após 28 jogos) a única exceção. Lógico que, nesse período, houve outros campeões e postulantes, mas palmeirenses e flamenguistas estavam lá — e segue assim.

Para a atual temporada, o Flamengo manteve sua base vencedora dos últimos anos e confia na recuperação de Pedro, um dos melhores — se não o melhor — centroavante em ação no Brasil, para seguir sonhando alto. Giorgian De Arrascaeta, entretanto, continua sendo o craque da companhia.

O uruguaio já participou diretamente de 15 gols, sendo cinco assistências e dez tentos — igualando o número de gols que fez em todo 2024 e a caminho de realizar sua temporada mais artilheira desde o mágico 2019, que marcou sua chegada ao Fla (foram 18 naquele ano). Isso sem contar com um Gerson que segue tanto maestro quanto coringa, os experientes Alex Sandro e Danilo e todo um grande elenco que se coloca, hoje, como o melhor do Brasil sob o comando de Filipe Luís, um dos mais promissores técnicos do nosso país.

O Palmeiras, por outro lado, mudou algumas peças. Saíram Rony e Dudu, Zé Rafael e Gabriel Menino, para citar apenas os que tiveram maior destaque nos últimos anos. Chegaram Paulinho, que, assim como o flamenguista Pedro, ainda vive um processo de retomada após grave lesão, Facundo Torres, Lucas Evangelista e um Vitor Roque que busca retomar o brilho que o fez, em um passado recente, ser comparado até mesmo a uma jovem versão de Ronaldo Fenômeno.

Após um 2024 com apenas o título paulista, seguiram apenas aqueles que ainda são estruturas-base de uma das melhores eras da história palmeirense: Weverton, Gustavo Gómez, Piquerez, Mayke, Marcos Rocha, Raphael Veiga e, claro, o técnico Abel Ferreira. É em meio a essa mistura de renovação, experiência e qualidades indiscutíveis — e confiando também em reforços que podem vir para a disputa do Mundial de Clubes da FIFA, dentro de pouco tempo — que é possível dizer, com certeza, que Palmeiras e Flamengo seguem favoritos aos principais títulos. Dizer o contrário soaria como loucura.