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Mais uma Copa do Mundo? Tudo é possível para um Lionel Messi, vencedor do GOAL 50 e fazedor de milagres por Argentina e Inter Miami

Lionel Messi estava "contando os dias" até o início da Copa do Mundo de 2022. Ele estava muito empolgado. Mas também nervoso. A Argentina vinha de uma sequência invicta de 36 jogos, mas isso só intensificou a pressão sobre os recém-coroados campeões da Copa América e seu emblemático capitão. Ele admitiu, na véspera do torneio: "Estamos um pouco assustados porque queremos que tudo corra bem".

E, sinceramente, Messi precisava mesmo que desse certo. Seu legado na Copa do Mundo estava em jogo. Claro, ele foi premiado com uma Bola de Ouro pela sua performance no torneio de 2014, no Brasil, mas foi uma vitória vazia após uma derrota frustrante na final, para a Alemanha.

A incapacidade de Messi em brilhar no maior torneio do futebol era usada como argumento para minar sua reivindicação ao título de melhor de todos os tempos. Tratava-se de uma 'evidência' de que ele não poderia ser considerado da mesma categoria que Diego Maradona ou Pelé.

  • "Um dia triste"

    As críticas só se intensificaram após a campanha argentina no Qatar ter começado da pior forma possível, com uma surpreendente derrota por 2 a 1, para a Arábia Saudita.

    "Todos estão sofrendo", disse o técnico Lionel Scaloni, nos vestiários, após uma das maiores surpresas daquela Copa do Mundo.


    E não eram apenas eles que estavam lutando para processar a derrota. Um jornalista argentino podia ser encontrado em lágrimas na zona mista após o jogo.

    "Um dia triste", como Scaloni admitiu. "Mas não há outra escolha a não ser se levantar e seguir em frente". E eles fizeram isso. Graças a Messi.


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  • Quebrador de recordes das Copas

    Ele disse aos seus companheiros de equipe que precisavam estar "mais unidos do que nunca". "Não esperávamos por isso", admitiu, "mas [o que acontecerá a seguir] depende de nós".

    Na verdade, dependia dele. A Argentina precisava que ele entregasse. E ele entregou, em cada jogo, à medida que a Albiceleste passou da iminente eliminação vergonhosa para a glória máxima.

    Nunca tendo marcado anteriormente na fase eliminatória, Messi marcou nas oitavas, nas quartas, nas semis... Quebrou um recorde após o outro.

    Ele também registrou duas assistências durante essa sequência - na vitória nas quartas de final, sobre a Holanda, e contra a Croácia, na semifinal.

    Na primeira, ele fez um passe para Nahuel Molina que ninguém pôde prever - e muito menos reproduzir. Na segunda, ele driblou talvez o melhor defensor do torneio, Josko Gvardiol - um homem 15 anos mais jovem que ele.

  • Lionel Messi Argentina Australia Amistoso 15062023Lintao Zhang/Getty Images

    "É surreal o quão bom ele realmente é"

    Curiosamente, Gvardiol não ficou nem um pouco envergonhado por ter sido driblado por um jogador de 34 anos. Pelo contrário, ele disse orgulhosamente aos repórteres após a derrota da Croácia por 3 a 0 em Lusail: "Hoje e amanhã poderei dizer às crianças que marquei o Messi por 90 minutos".

    Essas atitudes tornaram-se comuns no Qatar, onde Messi fez história ao ser nomeado o melhor jogador em cinco jogos na mesma Copa do Mundo.

    Keanu Baccus o comparou a uma "estátua de cera". O australiano, visivelmente impressionado, admitiu: "Ele parece de mentira no campo. É surreal o quão bom ele realmente é".

    Também foi bem significativo que, mesmo antes da final contra a França, o técnico dos Les Bleus, Didier Deschamps, tenha confessado que muitos de seus compatriotas esperavam que Messi acabasse do lado vencedor, enquanto Rivaldo ecoou os sentimentos de muitos brasileiros ao argumentar que o argentino merecia erguer o troféu "pela pessoa que é e pelo futebol maravilhoso que sempre jogou".

  • Lionel Messi Argentina Netherlands 2022 World CupGetty

    De um capitão silencioso a um líder combativo

    Não era apenas sobre a forma como Messi atuava, mas também a maneira como ele agia. No Qatar, completou sua transição de capitão silencioso para um verdadeiro líder combativo.

    "Messi bravo", como Pablo Zabaleta o chamou, lembrou aos argentinos alegres de Maradona. Ele sempre jogou como El Pibe, e agora estava liderando como ele. Não é surpreendente, então, que o restante do elenco se unisse em torno dele.

    Rodrigo De Paul tornou-se seu 'guarda-costas', enquanto Emiliano Martínez repetidamente se referia ao restante da equipe como "leões que lutam por Leo".

    Nesse sentido, a vitória era, sem dúvida, inevitável para um grupo unido de jogadores liderados por um homem determinado a provar ser o melhor de todos os tempos.

  • Lionel Messi Rodrigo de PaulGetty

    Saboreando cada momento com a camisa albicelest

    Na noite de 18 de dezembro, Lusail realmente assumiu a aparência e atmosfera da coroação de um rei, o final de conto de fadas para um jogador que ficou tão desolado com o fracasso em finais que chegou a se aposentar da sua seleção em 2016.

    Naquele momento, parecia ser a maneira perfeita de encerrar sua carreira internacional. No entanto, Messi ainda está em atividade. Por quê? Porque ele está amando a vida no momento.

    Ele já disse que não estava mais curtindo o futebol internacional; agora, ele está saboreando cada segundo que passa. Consequentemente, ele agora mira uma bem-sucedida Copa América nos Estados Unidos. Depois disso, quem sabe?

    A MLS pode ser de um nível mais alto do que o torcedor médio pensa, e o cronograma pode ser desgastante devido ao tempo de viagem, mas a decisão de Messi de deixar a Europa deve permitir que ele prolongue sua carreira.

    No mínimo, ele já está muito mais feliz no Inter Miami do que jamais esteve no Paris Saint-Germain

    A ideia de que Messi teve um desempenho abaixo do esperado no Parque dos Príncipes é um equívoco. Na última temporada, por exemplo, apenas quatro jogadores nas principais ligas europeias estiveram envolvidos em mais gols do que Messi.

    No entanto, o problema era que ele passou a personificar os problemas do PSG aos olhos dos torcedores. Não se pode negar que ele também deve assumir parte da responsabilidade por não conseguir construir um vínculo com os fãs, mas ele foi injustamente transformado em bode expiatório pela obsessão insalubre da gestão do clube por contratações de estrelas, especialmente quando se considera que Neymar passou mais tempo festejando do que jogando e Kylian Mbappé embarcava em uma viagem de poder definitiva.

    Messi, portanto, sentiu-se maltratado, afirmando que era "o único campeão mundial que não tinha reconhecimento em seu clube". Obviamente, a situação é muito diferente em Miami, onde ele é tratado como um deus - mesmo antes de liderar o clube para a glória da Leagues Cup - e está cercado por seus antigos colegas do Barça. Isso só pode ser interpretado como algo positivo do ponto de vista argentino.

  • Lionel Messi Argentina World CupGetty Images

    Uma última Copa do Mundo?

    Pouco depois da vitória na Copa do Mundo, Messi afirmou que havia uma pequena chance de continuar jogando até 2026, mas Leandro Paredes revelou que seu companheiro de equipe mudou um pouco de opinião e "não está descartando nada".

    E por que ele descartaria? Mesmo aos 36 anos, ele continua sendo o melhor jogador do mundo. Acaba de conquistar sua oitava Bola de Ouro e seu sétimo GOAL50. Poderia ganhar mais? Sem dúvida. Afinal, nada sobre Messi faz muito sentido. Ele sempre foi um fazedor de milagres, desafiando a lógica diariamente.

    Além disso, a pressão acabou. Messi não precisa mais temer ninguém ou qualquer coisa. Graças às suas façanhas no Qatar, não há mais nada a provar. O debate sobre o melhor de todos os tempos acabou. O medo do fracasso desapareceu. Ele finalmente está livre para se divertir - e é exatamente isso que tem feito com a Argentina e o Inter Miami.

    Portanto, não se surpreenda se ele decidir jogar na próxima Copa do Mundo. Na verdade, ele pode até já estar contando as horas...

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