Enquanto o então companheiro de equipe do Chelsea e também jogador da seleção brasileira, Willian, argumentava que todo jogador tem o direito de ganhar o máximo de dinheiro possível durante uma carreira profissional curta e precária, o técnico dos Blues, Antonio Conte, questionou o caráter e o amor de Oscar pelo futebol. "A paixão deve vir antes do dinheiro - essa é a coisa mais importante para nós: a paixão pelo futebol", disse o italiano aos repórteres na época. "Se você não tem isso, não é bom. Não é bom."
O ex-zagueiro inglês Jamie Carragher, que passou toda a sua carreira profissional no Liverpool, foi ainda mais longe. "Não se trata de uma mudança para promover sua carreira", escreveu ao Daily Mail. "Ele falará sobre o crescimento da liga na China, a chance de trabalhar com Andre Villas-Boas e a empolgação com uma nova aventura - mas todos nós sabemos que essas palavras serão sem sentido".
"Ele se interessou pelo tamanho do contrato. Nada mais. Os jogadores costumavam procurar um dia de pagamento em seus trinta e poucos anos, quando sua carreira estava chegando ao fim. Todos nós entendemos isso... Mas é constrangedor que um jogador desista de sua carreira e da chance de competir pelos maiores prêmios do esporte apenas por dinheiro."
A indignação de Carragher era de certa forma compreensível porque Oscar era o tipo de jogador que os todos gostavam de ver: ele era pequeno, habilidoso e marcava gols espetaculares. E não apenas isso, ele se esforçava ao máximo, e é por isso que o ex-técnico do Chelsea, José Mourinho, gostava tanto dele.
Na época de sua transferência para a China, sua carreira estava inegavelmente estagnada em Stamford Bridge, principalmente por causa da saída do técnico português, mas não há como deixar de reconhecer que Oscar era um talento realmente especial.
Ele havia sido o astro da talentosíssima seleção brasileira que venceu a Copa do Mundo Sub-20 da FIFA em 2011, marcando três gols na vitória por 3 a 2 sobre Portugal na final. Depois se mostrou como um potencial superastro do futuro ao marcar um gol impressionante em apenas sua segunda partida pelo Chelsea, em setembro de 2012, em um confronto da Liga dos Campeões contra a Juventus.