O surpreendente sobre o mandato de Thomas Tuchel no Chelsea é a rapidez com que tudo se desenrolou.
Em fevereiro, o alemão estava sendo parabenizado por Roman Abramovich por conquistar o único troféu que faltava ao reinado do russo em Stamford Bridge: o Mundial de Clubes. No entanto, a mudança forçada de comando dos Blues provou ser fundamental.
Tuchel foi justamente elogiado pela maneira magistral e digna com que liderou o Chelsea nos períodos mais tumultuados da história do clube. Ele poderia até ter somado mais troféus se não fosse pelo Liverpool, que venceu o Chelsea nos pênaltis nas finais da Carabao Cup e da FA Cup, enquanto só foi destronado como campeão europeu após uma sensacional reviravolta do Real Madrid no Santiago Bernabéu.
Ficou evidente desde o início, porém, que Tuchel não concordava com o sucessor de Abramovich, Todd Boehly, com a dupla entrando em conflito sobre transferências e a decisão de demitir o consultor técnico Petr Cech e a diretora Marina Granovskaia.
Tuchel não quis saber de uma proposta de transferência para Cristiano Ronaldo. Ele também não queria se envolver tanto no recrutamento de jogadores. Também houve problemas com alguns membros da equipe, então, quando o Chelsea teve um início inconsistente na nova temporada, Tuchel foi dispensado após apenas sete jogos.
No discurso de despedida, agradeceu aos torcedores do clube e admitiu que esperava manter-se como treinador "por muitos anos". Ele dificilmente é o primeiro homem a sofrer uma demissão surpresa em Stamford Bridge, no entanto. Em última análise, quanto mais as coisas mudam no Chelsea, mais elas permanecem as mesmas.