- Leila Pereira chamou Dudu de "covarde"
- Presidente do Palmeiras prestou depoimento no STJD
- Atacante foi punido por seis partidas e multa
| 📱Veja a GOAL direto no WhatsApp, de graça! 🟢 |
Getty Images Sport| 📱Veja a GOAL direto no WhatsApp, de graça! 🟢 |
Leila Pereira prestou depoimento, na manhã do dia 18 de julho, na 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva na denúncia contra Dudu, que foi julgado por ofensas misóginas contra a dirigente. A presidente chamou o ex-jogador do Palmeiras de "covarde"e criticou o fato de ele não ter ido pessoalmente à audiência.
Publicamente, a relação entre Leila e Dudu mudou totalmente de rumo após o jogador tentar sair do Palmeiras rumo ao Cruzeiro no fim de 2024, desistir do negócio e, mais tarde, rescindir o contrato com o clube. Leila afirmou que ele "saiu pela porta dos fundos", e Dudu reagiu nas redes sociais com ofensas, marcando o perfil da presidente e dizendo “me esquece, VTNC”. Este foi o episódio que gerou a denúncia por misoginia, aceita pelo STJD.
Reprodução / Instagram
O depoimento de Dudu na audiência veio através de um vídeo. Veja o que ele disse:
"Bom dia, eu me chamo Eduardo Pereira Rodrigues, conhecido no mundo do futebol como Dudu. Primeiramente queria esclarecer o motivo do meu não comparecimento no tribunal, que eu respeito muito, por motivo de eu estar trabalhando pela minha profissão e também venho pedir desculpa a todas as mulheres que se sentiram ofendidas pela minha fala, pelo meu texto que eu escrevi algum tempo atrás, e fica aqui meu pedido de desculpa a todas as mulheres".
Completou: "Eu como tenho esposa, tenho filha mulher, então eu prezo muito ao respeito a elas e a todas as mulheres. E gostaria de também pedir desculpa por não comparecimento ao tribunal, que vocês possam compreender esse não comparecimento meu e um bom dia pra vocês e um grande abraço".
AFPDurante o depoimento, Leila afirmou que sua relação, antes do episódio, era positiva com Dudu, mas depois que o atacante é "covarde", preferindo agredir em ambientes privados ou protegidos, e que o vídeo enviado ao tribunal foi ensaiado.
"Sofreu violência, tem que denunciar: porque esses agressores são covardes. A maior prova eu estou vivendo aqui. Que esse atleta me agrediu, me ofendeu, e cadê ele? Gravou um videozinho que deve ter lido no TP (teleprompter). Deve ter repetido 500 vezes pra ver se estava mais bonitinho. Não é?"
"Devia estar aqui. Vem aqui, vem encarar uma mulher. Mas não. É muito mais confortável estar sentado lendo lá no TP o que ele tem que dizer, porque eles são covardes. Eles gostam de agredir no privado, no máximo em rede social, mas que ele está protegido ali pela distância. Mas na hora de olhar no olho, eles não aparecem: então a gente tem que denunciar e expor esses agressores".
"O presidente do Cruzeiro, em duas ocasiões, disse que estaria arrependido com a contratação de alguns jogadores e ele tinha sido contratado recentemente. Depois perguntaram: "Dudu vai continuar?", e ele fez com a mão como quem vai sair", contou. "Perguntaram pro Dudu: 'O presidente fez esse gesto', e ele responde: 'Ele é o dono do Cruzeiro, pode falar o que ele quiser'. Por que não foi tão firme e grosseiro com o presidente do Cruzeiro como foi comigo? É simples. Porque eu sou mulher e o Pedrinho é homem".
"É clara a diferença do tratamento quando uma mulher se rebela, faz uma crítica e quando é um homem. Isso é muito claro para mim".
Como resultado, Dudu foi punido pelo STJD com um gancho de seis partidas — incluindo a que marcaria seu reencontro contra o Palmeiras, pela 15ª rodada do Brasileirão, no Allianz Parque —, além de uma multa de R$ 90 mil. O Atlético-MG recorreu da decisão.