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England midfield

O meio-campo dos sonhos da Inglaterra: por que Jude Bellingham, Phil Foden e Declan Rice têm que ser usados na Euro 2024

A Inglaterra recuperou parte de sua força. Gareth Southgate não apenas juntou os cacos após uma devastadora eliminação na Euro 2016 nas mãos da Islândia, mas fez todo um país voltar a acreditar que uma conquista era possível. O potencial da equipe ficou claro depois de uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo de 2018, seguida por uma empolgante corrida até a final da Eurocopa três anos depois.

Os homens de Southgate avançaram facilmente para as quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, no ano passado, e poderiam ter ido mais longe. A França saiu vencedora por 2 a 1, já que a Inglaterra foi punida por chances perdidas depois de dominar a maioria do jogo.

Foi talvez a melhor atuação geral da equipe durante o reinado de Southgate até o momento, dada a qualidade do adversário. Os Leões percorreram um longo caminho em um curto período de tempo, e não há dúvida sobre a qualidade de sua seleção, mas a Euro 2024 será apenas sobre uma coisa: vencer.

  • Foden-Rice-Bellingham-England-World-CupGetty

    Os melhores do mundo

    Bellingham, Rice e Foden todos desfrutaram de ascensões meteóricas no futebol mundial, exibindo maturidade e tranquilidade sob pressão que contradizem suas idades. A motivação não será um problema se o início da temporada 2023/24 a nível de clubes for um indicativo. Real Madrid e Arsenal gastaram fortunas para contratar Bellingham e Rice, respectivamente, e ambos já estão começando a retribuir com suas atuações.

    Bellingham marcou cinco gols em seus quatro primeiros jogos pelos Blancos e ganhou o prêmio de Jogador do Mês de agosto no Campeonato Espanhol. O jovem de 20 anos está completamente à vontade sob as luzes brilhantes do Santiago Bernabéu.

    Rice não ostenta o mesmo tipo de qualidades decisivas, mas também é um mestre em sua posição e já fez a transição do West Ham para o Arsenal parecer fácil. Ele é um excelente leitor do jogo, tenaz e comedido com a bola, com uma tendência para surgir em ótimas posições - como evidenciado pelo gol que selou a partida contra o Manchester United no primeiro encontro da temporada entre as equipes.

    Comparado com seus dois companheiros de seleção da Inglaterra, Foden teve um impacto mais discreto nas primeiras fases da nova temporada. O jogador de 23 anos não conseguiu marcar nos quatro primeiros jogos do City, apesar das vitórias de sua equipe.

    O fato de a Inglaterra poder contar com esses três jogadores a qualquer momento lhes confere uma grande vantagem a maior parte das seleções. Juntos, eles enfim podem levar os Três Leões à glória.

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  • Jordan-Henderson-EnglandGetty

    Alternativas desanimadoras

    Quando a Inglaterra foi derrotada pela França na Copa do Mundo de 2022, Southgate optou por Jordan Henderson para completar seu meio-campo ao lado de Rice e Bellingham, com Foden avançando para apoiar Harry Kane. Henderson nunca foi o jogador mais criativo ou voltado para o ataque, e embora tenha sido fundamental na organização defensiva dos Três Leões contra os franceses, deixou a desejar nos momentos-chave.

    Southgate continuou a convocar Henderson na mais recente campanha de qualificação para o Campeonato Europeu da Inglaterra, e o meio-campista está decidido a ser um ativo para seu país, apesar de agora jogar na Arábia Saudita.

    Além de Henderson, Southgate tem outras duas opções óbvias no meio-campo central. Kalvin Phillips, do City, que se juntou a Rice em uma dupla no Euro 2020, e o estreante no Manchester United, Mason Mount.

    Phillips teve uma temporada de estreia complicada no City depois de se juntar ao clube vindo do Leeds, mal tendo papel na conquista de triplete devido a persistentes problemas de forma física. Mount também se encontra em um momento frustrante de sua carreira, tendo deixado seu clube de infância, o Chelsea, após sua pior temporada com a famosa camisa azul.

    A realidade é que a Inglaterra não possui grande profundidade de elenco atrás de Bellingham, Rice e Foden, razão pela qual faria pouco sentido mantê-los separados.

  • Maddison-EnglandGetty

    Maddison como opção

    O único homem que poderia brigar por um lugar no centro do campo é o novo talismã do Tottenham: James Maddison. Os Spurs contrataram o jogador de 26 anos do Leicester City por £40 milhões (cerca de R$ 243 milhões), o que já parece ser o melhor negócio da janela de transferências.

    O meio-campista marcou dois gols e deu assistências para outros dois até agora, deixando muitos se perguntando por que o United escolheu Mount em vez dele. Maddison também conquistou seu espaço na seleção da Inglaterra ao longo do último ano - uma recompensa merecida pelo seu trabalho árduo. Certamente há um argumento a ser feito para que ele ocupe uma vaga no meio-campo na Euro.

    Há poucos jogadores com uma gama de passes mais variada do que Maddison, que também pode balançar as redes de quase qualquer ângulo com seu pé direito talentoso. Por mais talentoso que Maddison seja, a Inglaterra ficaria mais equilibrada com Foden no meio-campo. Não sendo descartado como opção para banco.

  • Alexander-Arnold Saka England North Macedonia

    O dilema de Alexander-Arnold

    Se Southgate estiver se sentindo audacioso quando a Euro chegar em junho do próximo ano, ele também poderá decidir mover Trent Alexander-Arnold para uma posição mais avançada. O jogador do Liverpool não estava conseguindo oportunidades como lateral-direito, já que Kyle Walker, Kieran Trippier e Reece James eram todos preferidos por suas qualidades defensivas.

    No entanto, Alexander-Arnold mostrou seu valor único em uma vitória avassaladora por 4 a 0 sobre Malta em junho. Ele foi uma constante ameaça no lado direito do meio-campo da Inglaterra e marcou um gol espetacular de 25 metros, que colocou a equipe de Southgate no controle total da partida. Na defesa, muitas vezes foi sugerido que Alexander-Arnold é um ponto fraco devido à sua falta de consciência posicional.

    Quando se trata de executar passes que quebram defesas e cruzamentos precisos, não há ninguém melhor do que Alexander-Arnold. No entanto, não está claro se ele seria igualmente eficaz no meio-campo contra adversários mais fortes. Bellingham é muito mais disciplinado, razão pela qual ele ainda deve ser a primeira escolha na ala direita.

  • Southgate-EnglandGetty

    As chances da Inglaterra para 2024

    A Eurocopa de 2024 dependerá se Southgate finalmente ousa em jogar com menos cautela. Eles já têm um pé no torneio, tendo vencido todos os quatro jogos de qualificação em seu grupo C. Vitórias contra Ucrânia e Itália nos próximos dois jogos praticamente garantirão à Inglaterra na competição.

    John Stones deveria ser titular na zaga central mais uma vez, idealmente ao lado de Levi Colwill, do Chelsea, que tem boas chances de superar Harry Maguire, após o fracasso do Manchester United em vender seu ex-capitão na janela de verão.

    Rice ficará no centro do campo, como faz pelo Arsenal, e se a Inglaterra for até o fim, Bellingham deveria estar logo à frente dele, à direita, com Foden à esquerda. Nenhuma outra seleção pode igualar essa combinação de meio-campo.

    Kane está garantido para liderar o ataque, especialmente depois de dar o salto do Tottenham para o Bayern de Munique, e Saka mais uma vez terá a tarefa de aterrorizar as defesas pelo lado direito - com Rashford atualmente como o principal candidato a atuar pelo lado esquerdo, com base na forma no clube.

    É apenas uma questão de aprimorar quem joga em qual posição e garantir que o meio-campo, em particular, seja o mais forte possível. Será que o futebol finalmente virá para casa em 2024? Certamente não há razão para que não aconteça, se Southgate liberar o meio-campo dos sonhos da Inglaterra.

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