O clube foi acusado de violar as regras da Premier League mais de 100 vezes entre 2009 e 2018, período que sucede a aquisição de Sheikh Mansour e o Abu Dhabi United Group, em 2008.
Especificamente, a acusação é que os Citizens não forneceram informações financeiras precisas à Premier League, enganando a liga sobre sua receita, incluindo a proveniente de patrocínios e custos operacionais. Foram encontradas supostas discrepâncias nos valores pagos ao técnico Roberto Mancini de 2009 a 2013 e a vários jogadores de 2010 a 2016 - valores salariais que deveriam ser relatados à liga. Também há acusações de que o Manchester City violou as regras da Premier League sobre lucratividade e sustentabilidade de 2015 a 2018.
E as investigações vão além das ações domésticas; a Premier League entende que o City possa também ter violado as regras do Fair Play Financeiro (FFP) da UEFA de 2013 a 2018. Anteriormente, o clube chegou a ser banido das competições da entidade europeia, que também realizou investigação própria, mas essa decisão acabou posteriormente revogada pelo Tribunal de Arbitragem do Esporte - embora uma multa de €10 milhões (hoje, R$ 53,2 milhões) tenha sido mantida.
"De acordo com a Regra W.82.1 da Premier League, a Premier League confirma que hoje encaminhou várias alegadas violações das Regras da Premier League pelo Manchester City Football Club (Clube) a uma Comissão sob a Regra W.3.4", afirmou a liga, em um comunicado.
O Manchester City, que conquistou seis títulos ingleses sob a gestão atual, nega todas as acusações.
"O Manchester City está surpreso com a emissão dessas alegadas violações das Regras da Premier League, especialmente dadas as extensas interações e a vasta quantidade de materiais detalhados que a EPL recebeu", escreveu o clube, em resposta.
"O clube recebe a revisão deste assunto por uma comissão independente, para considerar imparcialmente o corpo abrangente de evidências irrefutáveis que existem em apoio à sua posição. Como tal, aguardamos que este assunto seja encerrado de uma vez por todas".