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Best players to never win Ballon d'Or GFX 16:9Getty/GOAL

Neymar, Wayne Rooney & os 10 maiores craques que nunca conquistaram a Bola de Ouro

Em 1995, a Bola de Ouro passou a ser aberta a jogadores não europeus pela primeira vez, consolidando-se como o prêmio mais cobiçado do futebol. Desde então, 17 atletas já a conquistaram, incluindo o ícone africano George Weah, o quarteto brasileiro Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Kaká, e o argentino Lionel Messi, que dominou a premiação nos últimos 16 anos com um recorde de oito troféus.

Enquanto isso, o goleador português Cristiano Ronaldo levou a Bola de Ouro para a Europa em cinco ocasiões. Outros vencedores incluem Mathias Sammer, Zinedine Zidane, Luis Figo, Michael Owen, Pavel Nedved, Andriy Shevchenko, Fabio Cannavaro, Luka Modric, Karim Benzema e Rodri, cada um conquistando o prestigiado prêmio uma vez. Todos merecedores, esses jogadores também representam alguns dos maiores astros que chegaram ao topo do pódio.

Com a chegada do anúncio do vencedor de 2025, a GOAL preparou uma lista dos 10 maiores futebolistas que nunca levantaram a Bola de Ouro, começando por um jogador que marcou impressionantes 573 gols ao longo da carreira e colecionou 34 troféus...

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  • Zlatan Ibrahimovic Inter 2009Getty Images

    10Zlatan Ibrahimovic

    De fato, apenas seis jogadores na história conquistaram mais troféus do que Zlatan Ibrahimovic, um testemunho de sua insaciável fome de vitórias e da longevidade no mais alto nível. O indomável atacante levantou 11 títulos de liga em quatro países diferentes e ocupa o terceiro lugar entre os maiores artilheiros deste século, atrás apenas de Messi e Cristiano Ronaldo, com 62 gols marcados por uma seleção sueca pouco favorecida.

    Apesar de todo esse sucesso, a melhor colocação de Ibrahimovic na votação da Bola de Ouro foi apenas o quarto lugar, conquistado no PSG em 2014. Sua incapacidade de vencer a Champions League — ou mesmo chegar à final — sempre pesou contra ele, embora tenha anotado 48 gols em 124 partidas da competição, sendo o único jogador a marcar por seis clubes diferentes.

    Ibrahimovic também era um verdadeiro showman, com uma inclinação para o espetacular. Tornava o impossível possível e sua personalidade maior que a vida transformava cada jogo em espetáculo. Muitos outros poderiam ter disputado seu lugar na lista, incluindo Francesco Totti, Dennis Bergkamp, Alessandro Del Piero, Roberto Carlos, Samuel Eto'o e Gianluigi Buffon, mas Zlatan merece reconhecimento como um gênio singular, que estabeleceu padrões incríveis de consistência.

  • Publicidade
  • Raul Real Madrid 2002Getty

    9Raúl

    Raúl González é amplamente considerado um dos maiores jogadores a vestir a camisa do Real Madrid, tendo marcado 228 gols em 550 partidas pelo clube entre 1994 e 2010. O espanhol era um finalizador letal com ambos os pés e possuía instintos excepcionais dentro e ao redor da área, qualidades que foram cruciais para o time durante suas campanhas vitoriosas na Champions League em 1997/98, 1999/2000 e 2001/02.

    Sob seu comando no ataque, o Real conquistou seis títulos de La Liga, incluindo a temporada 2000/01, quando Raúl estava no auge de sua forma. Ele também conquistou a Chuteira de Ouro com 24 gols e terminou como artilheiro da Champions League, mas perdeu por pouco a Bola de Ouro de 2001 para o atacante do Liverpool, Michael Owen.

    Owen foi reconhecido por levar o Liverpool a uma Tríplice Coroa — Copa da Inglaterra, Taça da Liga e então Taça da Uefa — mas marcou apenas 24 gols em todas as competições, comparado aos 32 de Raúl. O ícone merengue, que também acumulou 102 jogos e 44 gols pela seleção espanhola, foi, na verdade, o melhor jogador da Europa naquele ano. É possível argumentar que Raúl nem sempre recebeu o crédito merecido durante a era Galáctica do Real Madrid, mesmo com sua qualidade na área ofensiva nunca tendo diminuído e suas habilidades de liderança como capitão sendo subestimadas.

  • AC Milan v Deportivo La CorunaGetty Images Sport

    8Paolo Maldini

    Apenas um defensor merece um lugar nesta lista: a lenda do Milan e da Itália, Paolo Maldini. Ele era um mestre na leitura do jogo, combinando resistência e força excepcionais, o que raramente o deixava em desvantagem em duelos individuais. Além disso, sua versatilidade permitia que atuasse tanto como zagueiro central quanto como lateral esquerdo.

    “Existem grandes jogadores e jogadores de classe mundial. Depois, há aqueles que conseguem ir além desse termo. Paolo é o exemplo perfeito”, afirmou o ex-jogador italiano Alessandro Del Piero, resumindo com precisão a grandeza de Maldini. Nunca houve um defensor tão completo, e provavelmente nunca haverá.

    Seus feitos falam por si: cinco títulos da Champions League e sete títulos da Serie A ao longo de 25 anos no Milan, além de medalhas de vice-campeão com a Itália em Copas do Mundo e Campeonatos Europeus. Poucos jogadores deixaram uma marca tão profunda no futebol, e Maldini certamente mereceu ganhar várias Bolas de Ouro — mas, surpreendentemente, só subiu ao pódio uma vez, após uma atuação magistral na vitória do Milan sobre a Juventus na final da Champions de 2003.

  • Xavi Barcelona 2013Getty

    7Xavi

    Xavi Hernández foi o coração de alguns dos maiores clubes e seleções de todos os tempos, um mestre em atuar mais recuado no meio-campo, sempre um passo à frente dos demais em campo. O diminuto meio-campista conquistou quatro Champions League e duas La Ligas durante seus 17 anos de carreira no Barcelona, além de liderar a Espanha a dois Campeonatos Europeus consecutivos e a uma Copa do Mundo.

    Entre 2009 e 2012, Barça e Espanha eram praticamente imparáveis, e Xavi terminou em terceiro lugar na votação da Bola de Ouro em cada um desses anos, sempre atrás do vencedor Messi. O argentino prevaleceu devido ao seu número extraordinário de gols e talento individual, mas Xavi teve a infelicidade de nunca superar seu companheiro de equipe na premiação.

    O trabalho de Xavi no meio-campo era sempre impecável, e sem ele controlando o ritmo dos jogos, o Barça jamais teria sido tão dominante — mas isso muitas vezes passou despercebido. Como jogador coletivo, Xavi não tinha igual. Como disse o ex-meio-campista da Espanha e do Manchester United, Ander Herrera, em uma homenagem após a saída de Xavi do Barça em 2015: “Não haverá outro jogador como ele. O estilo do Barcelona e da seleção nacional foi forjado através dele.”

  • Luis Suarez Barcelona 2019Getty

    6Luis Suárez

    Ao contrário de Xavi, Luis Suárez nunca chegou ao top 3 da Bola de Ouro, uma das grandes injustiças na história do prêmio. Nos anos 2010, não havia jogador mais eletrizante e imprevisível para assistir, período em que Suárez se tornou um ídolo no Liverpool antes de formar um terço do famoso trio atacante 'MSN' no Barcelona, ao lado de Messi e Neymar.

    O atacante uruguaio quase levou o Liverpool ao seu primeiro título da Premier League em 2013/14, marcando 31 gols em uma única temporada — na época, um recorde — mas, surpreendentemente, nem sequer entrou na lista final de 30 indicados à Bola de Ouro. Suárez provavelmente teria disputado o prêmio com Cristiano Ronaldo e Messi se não tivesse sido suspenso por quatro meses após morder Giorgio Chiellini na Copa do Mundo de 2014.

    Esse episódio foi apenas um dos muitos incidentes controversos que ofuscaram suas conquistas em campo. No entanto, ele aprimorou seu comportamento ao chegar ao Barça e atingiu um nível ainda mais alto. Na temporada de estreia no Camp Nou, marcou 25 gols enquanto o time conquistava a Tríplice Coroa, e, no ano seguinte, anotou impressionantes 59 gols em todas as competições, consolidando-se como um dos atacantes mais letais do planeta. No auge, os defensores mal conseguiam detê-lo, e suas atuações mereciam reconhecimento na Bola de Ouro, mas, como muitos outros no Barça, ele jamais conseguiu escapar da sombra de Messi.

  • Lewandowski-BayernGetty

    5Robert Lewandowski

    Robert Lewandowski deveria ter pelo menos dois Ballons d’Or em seu nome. O produtivo atacante polonês era o grande favorito ao prêmio em 2020, após uma temporada de 55 gols pelo Bayern de Munique, coroada com títulos da Champions League, Bundesliga e DFB-Pokal, mas sua consagração foi cruelmente cancelada pela France Football devido à pandemia de coronavírus. No ano seguinte, ele terminou em segundo lugar atrás de Messi, mesmo tendo marcado 62 gols em todas as competições — 24 a mais que o lendário atacante do Barça.

    Lewandowski também foi um candidato consistente à Bola de Ouro em várias outras temporadas, graças à sua impressionante produção de gols. No Bayern, marcou 30 ou mais gols na Bundesliga em cinco de oito temporadas e atingiu a marca de 20 gols em três de seus quatro anos no Borussia Dortmund. Desde que se juntou ao Barça, em 2022, aos 33 anos, não mostrou sinais de desaceleração, somando 101 gols em apenas 147 partidas.

    Além disso, ele é o maior artilheiro da história da Polônia, com 85 gols em 158 jogos. Lewandowski domina a arte de estar no lugar certo na hora certa e possui uma frieza diante do gol que o distingue de seus pares. Ele está a caminho de ser lembrado como o maior atacante a nunca conquistar a Bola de Ouro, mas, se levar o Barça à sua primeira Champions desde 2015 nesta temporada, o jogador de 36 anos ainda poderá escapar dessa “sombra”.

  • Neymar BarcelonaGetty

    4Neymar

    Ao contrário de Suárez, Neymar poderia ter eventualmente assumido o posto de craque do Barça, se não tivesse optado por buscar riquezas e um caminho mais fácil ao se transferir para o PSG por uma taxa recorde mundial de €222 milhões em 2017. Talento geracional, capaz de driblar adversários com facilidade e manter a frieza sob pressão, Neymar acumulou 181 gols e assistências em 186 partidas pelo Barcelona, ajudando o clube a conquistar oito títulos.

    O brasileiro terminou em terceiro lugar na Bola de Ouro em 2015 e 2017, mas nunca mais chegou perto do prêmio após a mudança para a França. Apesar de manter números impressionantes no Parque dos Príncipes, a falta de competição na Ligue 1 prejudicou sua visibilidade, enquanto lesões crônicas e um estilo de vida festeiro fora de campo começaram a atrapalhar sua carreira.

    Ainda assim, Neymar apresentou lampejos de seu melhor futebol, especialmente nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022, quando marcou um gol solo inacreditável contra a Croácia, e no ano seguinte, superou Pelé como maior artilheiro da história da seleção brasileira. Ainda assim, permanece a sensação de que Neymar desperdiçou seus anos de auge. Com decisões mais acertadas e foco maior, ele certamente poderia ter entrado para o Hall da Fama do futebol.

  • Rooney-Man-UtdGetty

    3Wayne Rooney

    Em 2017, Robbie Savage descreveu Wayne Rooney como "o jogador de futebol mais subestimado que vimos no futebol inglês" na BBC Radio Five Live — uma avaliação tão precisa hoje quanto era na época. Desde sua estreia aos 16 anos pelo Everton, Rooney precisou lidar com expectativas enormes, mas conseguiu superá-las repetidas vezes.

    Após apenas duas temporadas completas na equipe principal do Everton, ele integrou a seleção inglesa para a Euro 2004, iluminando o torneio com sua técnica apurada e força física, o que convenceu o Manchester United a pagar £27 milhões por seus serviços. No United, Rooney se tornou cinco vezes campeão da Premier League e o maior artilheiro da história do clube, com 253 gols, aos quais somou mais 142 assistências, além de conquistar a Champions League, a FA Cup e a Europa League. Também foi capitão da Inglaterra entre 2014 e 2017.

    Incrivelmente, todo esse currículo rendeu a Rooney apenas o quinto lugar na votação da Bola de Ouro, alcançado em 2011. Por diversos motivos, ele era alvo constante de críticas sempre que algo dava errado para o clube ou para a seleção, o que o impediu de disputar o prêmio de forma mais consistente. Mas no auge, Rooney era um jogador excepcional, com um apetite insaciável por vitórias. De seu chute devastador de 25 metros contra o Newcastle à bicicleta memorável no Derby de Manchester, ele nos proporcionou momentos inesquecíveis e, no mínimo, deveria ser considerado o melhor jogador que a Inglaterra já produziu.

  • Thierry Henry of Arsenal celebrates Getty Images Sport

    2Thierry Henry

    Tantos grandes jogadores brilharam na Premier League ao longo dos anos — de Alan Shearer e Eric Cantona a Rooney e Cristiano Ronaldo, e mais recentemente Kevin De Bruyne e Mohamed Salah — mas um se destaca acima de todos: Thierry Henry. O atacante do Arsenal era a definição de poesia em movimento, um verdadeiro artista impossível de parar quando estava em ação.

    Contratado da Juventus por apenas £11 milhões em 1999, Henry multiplicou esse valor ao marcar 226 gols pelo Arsenal, conquistar a Chuteira de Ouro da Premier League quatro vezes — recorde compartilhado — e integrar o time da Uefa do ano por quatro temporadas consecutivas. Ele liderou o período mais vitorioso da história dos Gunners, conquistando dois títulos da liga e três Copas da FA entre 2001 e 2005.

    Henry podia decidir partidas sozinho com seu drible devastador e finalizações precisas, mas também era um criador magistral, como prova o fato de ainda ser um dos únicos dois jogadores a registrar 20 assistências em uma única temporada da Premier League. Isso ocorreu em 2002/03, quando produziu uma das melhores temporadas individuais de todos os tempos, com 32 gols em todas as competições, e ainda assim terminou apenas em segundo lugar na Bola de Ouro, atrás do meio-campista da Juventus, Pavel Nedved.

    Os torcedores do Arsenal tiveram a sorte de testemunhar os anos de auge de Henry, que depois conquistou a Champions League ao se transferir para o Barcelona, integrando o ataque de Pep Guardiola ao lado de Messi e Eto’o. Ele também celebrou glórias com a França, vencendo a Copa do Mundo e a Euro, marcando 51 gols em 123 jogos pela seleção.

  • Andres Iniesta FC BarcelonaGetty Images

    1Andrés Iniesta

    “A imprensa frequentemente me pergunta sobre Messi e Cristiano Ronaldo e quem é o melhor, mas para mim algo é muito claro: Andrés Iniesta é o número 1”, disse David Silva sobre seu companheiro de equipe da Espanha em 2012. “Posso ver que ele é capaz de realizar coisas ainda mais difíceis em campo. Andrés é mágico com a bola.” Uma declaração ousada, que poucos fãs provavelmente concordariam, mas que, de um ponto de vista técnico, faz todo sentido.

    Iniesta era um verdadeiro ditador do meio-campo, com controle e compostura inigualáveis. Apesar de sua baixa estatura e físico leve, ele fazia os adversários dançarem ao seu ritmo mesmo sob pressão extrema, apenas com uma mudança de direção ou uma tabela que muitos perderiam.

    Ao contrário de seu parceiro de longa data, Xavi, Iniesta também era decisivo no terço final. Frequentemente entregava assistências, mas também aparecia com gols nos momentos mais cruciais, incluindo contra o Chelsea nas semifinais da Champions League 2008/09 e na final da Copa do Mundo de 2010 contra a Holanda. De fato, Iniesta conduziu praticamente a La Roja ao troféu após a prorrogação e merecia ter recebido a Bola de Ouro.

    No fim, teve que se contentar com o segundo lugar atrás de Messi, e ficou em terceiro dois anos depois, após a defesa bem-sucedida da Eurocopa pela Espanha. Em 2018, a France Football chegou a emitir um pedido de desculpas, classificando a ausência de Iniesta entre os vencedores da Bola de Ouro como uma “anomalia democrática”.

    No entanto, Iniesta não precisava do prêmio para confirmar seu status entre os melhores da história. Sempre foi amado pelos puristas do futebol, incluindo Guardiola: “Andrés é um dos grandes por causa de sua maestria na relação entre espaço e tempo. Mesmo cercado por inúmeros jogadores, ele escolhe o caminho certo toda vez. Iniesta não apenas enxerga tudo e sabe o que fazer, mas também tem talento para executar; ele é capaz de romper linhas. Ele vê e faz.”

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