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Neymar Mbappe 2022-23Getty Images

Neymar e Mbappé podem deixar o PSG. O último a sair apaga a luz?

O Paris Saint-Germain fracassou pela 11ª vez consecutiva na última temporada. Na segunda campanha com Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé formando um estelar trio de ataque, a equipe seguiu a decepcionar na Champions League, único objetivo que importa para o clube.

A desanimadora sequência de objetivos não atingidos provou-se incapaz de manter no elenco o argentino atual campeão do mundo, que, após liderar a histórica campanha dos hermanos no Qatar, fez as malas, se mudou para os EUA e agora chama de volta seus pares da época de Barcelona para uma 'última dança' no futebol. Mbappé e Neymar, enquanto isso, ficaram em Paris recalculando rotas - o primeiro segue valorizado após seu ótimo mundial; o segundo nem tanto.

Perguntas acerca do que deve vir por aí no PSG são, naturalmente, um dos principais tópicos, portanto, desta janela de transferências - que ainda tem praticamente um mês para ser encerrada -, sobretudo no que se refere à situação da dupla de astros. O passado recente de fato pouco empolgou, mas o que esperar do futuro próximo do clube parisiense?

  • Mbappe PSGGetty

    A situação de Mbappé

    O craque francês é facilmente um dos nomes mais citados em cada uma das últimas janelas. E não é novidade para ninguém: Mbappé não se vê a longo prazo no PSG. A questão é se sua saída acontecerá mais cedo ou mais tarde.

    São dois fatores em jogo: primeiro, claro, a vontade do jogador; depois, o temor do PSG em perder o craque sem custos, ao fim do seu contrato, em um ano. O clube, portanto, não se opõe a liberar Mbappé já nas próximas semanas - mas exige ser indenizado à altura.

    Aliás, o fato de Mbappé ter ficado de fora da lista de relacionados para os testes de pré-temporada no Japão pareceu selar quaisquer rumores, se é que ainda havia alguma dúvida de que o futuro do craque não será aos arredores do Parque dos Príncipes.

    Apimentando ainda mais o cenário, o periódico Le Parisien divulgou, neste fim de semana, que o atleta já comunicou ao staff do PSG que (sonhando com o Real Madrid, equipe mais vinculada ao atacante nos últimos anos e que perdeu, nesta janela, seu grande artilheiro, Karim Benzema, para o mundo árabe) planeja deixar o clube.

    Pelo andar da carruagem, só resta saber por quanto.

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  • Neymar PSG Juventus 2022-23 Getty Images

    Neymar de volta ao Barcelona?

    Se perder Mbappé já parece ser um consenso no PSG, não contar com Neymar já para o início desta temporada não fazia parte dos planos - pelo menos, não até agora. Neste sábado (5), o Mundo Deportivo, um dos principais veículos esportivos da Espanha, relatou uma aproximação do craque brasileiro com o Barcelona, seu ex-clube.

    E rumores envolvendo o retorno do camisa 10 à Catalunha não vêm de agora, muito pelo contrário. Com tantos fracassos acumulados pela equipe francesa, Neymar e Barcelona hora ou outra marcavam manchetes. Sua volta poderia reviver, entretanto, notórias desavenças vividas desde sua saída, em 2017, quando se tornou o jogador mais caro da história.

    Nem é preciso viajar tanto no tempo. Logo na semana em que o PSG oficializou a compra do atacante por 222 milhões de euros (à época, R$ 812 milhões) a partir da cláusula de rescisão automática de seu contrato, diversos veículos locais trataram a saída como uma traição. Difícil não lembrar, por exemplo, da histórica capa do Sport do dia 3 de agosto de 2017, estampando 'até nunca!' à frente de uma imagem do brasileiro deixando o CT do Barça pela última vez.

    Outro episódio que causou alvoroço na mídia catalã aconteceu no meio de 2019, quando o Real Madrid despontou como um dos favoritos para tirar o atacante das 'amarras francesas'. Aquele ponto, inclusive, registrava um dos piores momentos do relacionamento Neymar-PSG, mas que foi superado, culminando na última renovação contratual entre as partes, em 2021.

    Acertar com Neymar significaria renegar tudo isso. Há quem olhe torto na Catalunha, mas também há quem daria de tudo para rever o astro vestindo azul-grená.

  • Nasser Al-Khelaifi Getty Images

    PSG não quer ser dependente de estrelas

    O que você faz após apostar em uma mesma fórmula por 11 anos e não conseguir colher frutos significantes a partir dela? Muda a estratégia, claro.

    “Estamos entrando numa nova era, com uma nova mentalidade, um novo comportamento. Juntos, temos de ir na mesma direção, ter orgulho de jogar por este clube, vestir essa camisa, a do PSG, felizes e comprometidos". Esta colocação de Nasser Al-Khelaifi, presidente do clube, dita a elenco e comissão técnica no início de trabalhos para a nova temporada, no último mês, soou como um turbilhão nos bastidores franceses e pareceu ter oficializado, ao menos internamente, um complexo recálculo de rota no Parque dos Príncipes.

    Uma rota com mais resultados - e menos glamour.

    Mesmo com a iminente possibilidade de perder Neymar e Mbappé, Gonçalo Ramos e Ousmane Dembélé são os principais alvos do time parisiense nesta janela - e, vale dizer, dois nomes que dividem fortemente opiniões, sobretudo o segundo. Independente disso, fato é que a estratégia adotada é outra, frente às milionárias contratações feitas nos últimos anos, desta vez visando a um elenco mais jovem e promissor - de novo, Dembélé gera ainda mais debate. A chegada de Luís Enrique, que, em seu último trabalho, liderou uma Espanha repleta de novidades e jovens promessas no Qatar, casa com tal planejamento, ainda que o próprio trabalho no Mundial seja alvo de naturais críticas - a seleção caiu nas oitavas de final, ora.

    "Não há desculpas para não ser bem-sucedido", seguiu o mandachuva, conforme reportado pela imprensa local. Pois bem, a quantidade de dinheiro gasta pode não vir a ser a mesma, mas a cobrança para que o clube seja, enfim, alçado a voos mais altos certamente não diminuirá.