Xavi Luka Modric Andrea PirloGetty/Goal

Modric, Xavi, Didi e os 20 maiores meio-campistas da história

Nós montamos esta lista baseado na qualidade geral apresentada pelo jogador tanto por clube e seleção, além de títulos conquistados, grandes atuações, consistência e longevidade.

Incluímos apenas jogadores que atuaram e tiveram sucesso com equipes montadas com dois ou três meio-campistas. Meias, atletas que atuaram em posições mais avançadas, rumo ao ataque, não foram considerados.

Desta forma, craques como Michel Platini e Zidane não foram selecionados pelos jornalistas Carlo Garganese e Mark Doyle, que fizeram a lista.

  • Graeme Souness Kenny Dalglish Alan Hanse Liverpool

    Graeme Souness

    Tão brilhante quanto brutal, Graeme Souness era um meio-campista completo: criava chances e marcava gols.

    No entanto, o escocês era tão bruto que chegou a quebrar o maxilar de um adversário durante uma disputa de bola. A verdade é que o seu temperamento era tão irascível que alguns dos jogadores do Liverpool preferiam até a distância.

    Com a camisa dos Reds, Souness conquistou cinco títulos ingleses e três Copas da Europa (atual Champions League) em seis temporada no estádio de Anfield.

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  • Jean Tigan France CanadaGetty Images

    Jean Tigana

    Motorzinho de uma espetacular França campeã europeia em 1984 e que, dois antes, havia chegado até as semifinais da Copa do Mundo, Jean Tigana fez parte de um dos melhores meio-campos que o futebol do Velho Continente já teve o prazer de assistir.

    Corredor incansável, ele caçava os adversários e recuperava a posse de bola para iniciar os ataques. Ele também era extremamente inteligente em campo, sendo um dos símbolos de um Bordeaux que dominou o futebol francês nos anos 80 e quase eliminou a Juventus na semifinal da Copa dos Campeões da Europa em 1985.

  • Alan Shearer, Roy Keane, Newcastle vs Manchester UnitedGetty

    Roy Keane

    Um personagem tão controverso que os questionamentos sobre o seu temperamento costumam esconder o craque ele era. Na busca louca por sucesso, o irlandês protagonizou brigas com adversários e até companheiros de time. Tal postura fez de Keane o chefão do Manchester United dentro das quatro linhas.

    Tudo bem que o relacionamento entre Keane e Sir Alex Ferguson, técnico do United, acabou terminando de forma azeda, mas no meio do caminho o irlandês levantou sete títulos de Premier League e uma Champions League. E ainda que tivesse suspenso para a decisão europeia, o seu desempenho na semifinal contra a Juventus encanta Ferguson até hoje.

  • Didi BrazilGetty Images

    Didi

    Eleito o craque da Copa do Mundo de 1958, vencida pelo Brasil, Didi foi um dos primeiros grandes mestres nas cobranças de falta e, dizem, o responsável pela criação do termo "Jogo Bonito".

    Ex-Fluminense, Botafogo e Real Madrid, criou a "Folha Seca", forma de bater na bola que deixava goleiros loucos. Bicampeão mundial, um eterno ídolo. Um craque para sempre!

  • Paul Scholes Manchester UnitedGetty Images

    Paul Scholes

    Ex-atacante do United, Ole Gunnar Solksjaer uma vez disse que "Paul Scholes não é o mais rápido, nem corre muito, nunca ganha uma disputa pelo alto, não consegue desarmar, mas é o nosso melhor jogador". E poucos discordariam.

    Scholes tinha um aproveitamento de passes invejável, e se não era de falar muito na época de jogador, os 11 títulos de Premier League e duas Champions League são um testemunho de seu sucesso.

  • Mario Coluna, BenficaGetty

    Mario Coluna

    Os lendários times de Benfica e Portugal na década de 60 contavam com dois craques nascidos em Moçambique: Eusébio é tão conhecido hoje quanto no passado, e embora Mário Coluna não seja hoje em dia tão conhecido o seu impacto naqueles esquadrões era imensurável.

    Coluna foi um meio-campista forte e talentoso, o que lhe rendeu o apelido de "Monstro Sagrado". Ele também marcaria vários gols (127 em 16 temporadas no Benfica). Craque de 'jogo grande', estufou as redes nas duas finais de Copa da Europa conquistada pelo Glorioso: a primeira delas sobre o Barcelona, em 1961, e a outra no ano seguinte contra o Real Madrid.

    Coluna também foi o capitão de Portugal na melhor campanha do país até hoje em Mundiais: um terceiro lugar em 1966. Sempre ligado a Eusébio, a dupla faleceu com semanas de diferença em 2014.

  • Marco Tardelli Italy West Germany 1982 World CupGetty

    Marco Tardelli

    A comemoração emocionada, com um grito sem fim, ao marcar o seu gol na vitória obtida contra a Alemanha na decisão da Copa do Mundo de 1982 resume bem o que era Marco Tardelli em campo.

    "Eu nasci com aquele grito dentro de mim", afirmou anos depois. "Aquele foi apenas o momento em que ele saiu".

    Jogador de muita entrega, fazia de tudo para recuperar a posse de bola. Mas ele era muito mais do que isso. A técnica demonstrada em uma vitoriosa década de 80 pela Juventus, com direito a conquistas de todos os torneios europeus possíveis, deixam isso claro.

  • Brazil 1966Getty Images

    Gerson

    O Canhotinha de Ouro, como passou a ser apelidado, foi parte integral da Seleção Brasileira que encantou o mundo na Copa de 1970 e, até hoje, é considerada por alguns especialistas como o maior time que já pisou os gramados.

    Ídolo especialmente de Botafogo, Fluminense e São Paulo, a sua técnica apurada deixava os companheiros em excelentes posições para marcar após lançamentos espetaculares. O mais digno sucessor de Didi, eternizado pelo Tri Mundial!

  • Johan Neeskens Netherlands West GermanyGetty Images

    Johan Neeskens

    Meio-campista Total no time do Futebol Total. Johan Neeskens era parte integral do melhor Ajax da história, que dominou o futebol europeu, e da seleção holandesa que revolucionou o esporte nos anos 70.

    Aliado ao talento e visão de jogo, o passado como lateral-direito lhe deu conhecimentos defensivos importantes. No Barcelona, os torcedores sempre lhe veneravam com o apelido "El Toro". E embora tenha visto o seu talento ficar em segundo plano na comparação com Johan Cruyff, isso nunca o incomodou.

    "Eu não me importo em ser o segundo melhor jogador do mundo", afirmou determinada vez.

  • Wolfgang Overath West GermanyGetty Images

    Wolfgang Overath

    Overath era um gênio da bola, um mestre de criar jogadas com o seu encantador pé esquerdo. Um artista que ditava o ritmo de jogo desde as posições mais profundas até as mais avançadas, com grandes lançamentos.

    Passou toda a sua carreira no Colônia, ajudando o clube na conquista da Bundesliga em 1964. Na seleção alemã, foi eleito melhor jogador na Copa do Mundo de 1970 - apesar da dominância do Brasil - e quatro anos depois ajudou o seu país a ficar no topo do futebol mundial.

  • Luka Modric Real Madrid 2018-19

    Luka Modric

    Luka Modric tem sido um dos mais brilhantes meio-campistas do futebol mundial desde que chegou ao Tottenham, dez anos atrás. No entanto, foi no Real Madrid e seleção croata que atingiu um nível de lenda.

  • Seedorf - BotafogoVitor Silva/SS Press

    Clarence Seedorf

    Clarence Seedorf era tão obcecado pelo lado tático do jogo, que durante os seus anos finais no Milan o técnico Massimiliano Allegri reconheceu que o holandês lhe deixava "louco". Meses depois, ele viveria os seus últimos momentos encantando o Brasil com a camisa do Botafogo.

    Formado nas categorias de base do Ajax, este craque de passe apurado e espetacular leitura dos espaços é o único homem a ter conquistado a Champions League por três clubes diferentes: Real Madrid, Milan e Ajax agradecem!

  • Falcao Diego Maradona Brazil ArgentinaGetty Images

    Falcão

    Difícil sintetizar em palavras tanta classe aliada a um futebol completo. Falcão foi o craque do Internacional que dominou o futebol brasileiro na década de 70, e foi o protagonista na Roma que voltou a conquistar o título italiano após décadas no ostracismo.

    Pela Roma, também foi vice-campeão europeu e encantou o mundo com a espetacular Seleção Brasileira de 1982. Um gigante!

  • Gianni RiveraGetty

    Gianni Rivera

    O primeiro "Bambino D'Oro" do futebol italiano, Rivera comandou o meio-campo do Milan em duas conquistas europeias e três títulos italianos nos anos 60.

    A sua exibição na goleada por 4 a 1 sobre o Ajax, na decisão europeia de 1969, ainda é relembrada como uma das maiores atuações da história. Tanto, que lhe rendeu a Bola de Ouro daquele ano. Com a seleção italiana, foi campeão europeu em 1968 e vice-mundial em 1970.

  • Andres Iniesta Spain 2010Getty

    Andrés Iniesta

    Um dos jogadores mais respeitados da história, Andrés Iniesta combina classe a consistência. Um craque de talento incrível que sempre respondeu nos jogos grandes por Barcelona e Espanha.

    "Se você não gosta de Iniesta, não gosta de futebol", disse o ex-companheiro de Barça Ivan Rakitic. E é verdade! Apenas com o Barcelona, participou de duas conquistas de Triplete (Champions League + La Liga + Copa do Rei), além de outras taças. Pela Espanha, levantou duas Eurocopas e fez o gol que deu o título mundial de 2010.

  • Luis Suarez SpainGetty Images

    Luis Suarez

    Nos anos 60, ele era um dos jogadores mais influentes do futebol europeu. Tanto, que esteve no pódio da Bola de Ouro em quatro ocasiões e levou o prêmio uma vez.

    Suárez era o meio-campista mais recuado na Grande Inter, treinada por Helenio Herrera e que foi bicampeã europeia na década de 60. O espanhol era um craque tão espetacular que recebeu o apelido de "O Arquiteto".

    Em seu país natal, ajudou a seleção na conquista da Euro em 1964 e também foi ídolo do Barcelona.

  • Frank Rijkaard AC MilanGetty Images

    Frank Rijkaard

    Rijkaard já era um grande jogador no Ajax, onde era zagueiro. No Milan, passou para o meio-campo e ajudou os Rossoneri a conquistarem a Europa após duas décadas.

    O holandês é um forte candidato ao primeiro posto, sendo peça vital de um dos melhores times da história. Além disso, também foi campeão da Euro 88 com a Holanda.

  • Xavi BarcelonaGetty Images

    Xavi

    "Se o futebol fosse uma ciência, Xavi teria descoberto a sua fórmula", afirmou certa vez Jorge Valdano.

    O meio-campista da seleção espanhola e Barcelona foi vital para o maior período de sucesso de ambos. Não tenha dúvidas: sem ele, as maiores conquistas de Barça ou Espanha não seriam possíveis.

  • Andrea Pirlo JuventusGetty Images

    Andrea Pirlo

    Quando a Juventus contratou Pirlo, Buffon gritou: "Deus existe!". A chegada do meio-campista a Turim realmente foi uma espécie de intervenção divida. Após deixar o Milan - onde havia conquistado duas Champions League - de graça, Pirlo ajudou a Juventus a retomar a sua hegemonia na Itália.

    Craque no título mundial da Azzurra em 2006, tão impressionante quanto sua qualidade era a sua calma: "Eu não sinto pressão", escreveu em sua autobiografia. "Eu passei a tarde de domingo, 9 de julho de 2006, em Berlim, dormindo e jogando PlayStation. À noite, entrei em campo e conquistei a Copa do Mundo".

  • Lothar MatthausGetty

    Lothar Matthaus

    O quão bom foi Lothar Matthaus? Bom, Maradona o descreve como o seu "melhor rival".

    A carreira de Matthaus foi longa e vitoriosa. Em 1980, quando tinha apenas 19 anos, foi campeão da Euro com a Alemanha e duas décadas depois recebeu prêmios pelo seu desempenho dentro do país.

    Ídolo de Bayern e Internazionale, foi um sucessor mais avançado de Beckenbauer na posição de lídero. O melhor meio-campista "box-to-box" que o mundo já testemunhou. Dentre muitos títulos, foi campeão mundial em 1990 e receeu a Bola de Ouro.