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Troféu taça Série B 2021Andre Borges/CBF

Manipulação de resultados na Série B do Brasileirão: o que sabemos a respeito

O Ministério Público de Goiás investiga um grupo criminoso especializado em fraudar resultados de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, através da operação "Penalidade Máxima". Segundo a investigação, três jogos da rodada final da competição estariam envolvidos por meio de apostas esportivas.

Várias operações para a investigação foram realizadas nas cidades de Goiânia, São João del-Rei, Cuiabá, São Paulo, São Bernardo do Campo e Porciúncula nos últimos dias. Foram apreendidos materiais que contém indícios de que os crimes continuam neste ano.

Abaixo, a GOAL mostra tudo sobre o esquema.

  • Quem fez a denúncia ao Ministério Público?

    O presidente do Vila Nova, Jorge Bravo, foi a pessoa que tomou conhecimento do esquema por pessoas de fora do clube, e apresentou a denúncia ao Ministério Público.

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  • Quais são os jogos e os envolvidos no esquema?

    Os jogos da 38ª rodada da Série B eram: Vila Nova x Sport, Sampaio Corrêa x Londrina e Criciúma x Tombense. Os jogadores envolvidos no esquema eram Romário, ex-jogador do Vila Nova, e Matheusinho, e ex-jogador do Sampaio Corrêa..

    Segundo o jornal O Popular, também participaram do esquema o zagueiro Joseph, do Tombense, e o volante Gabriel Domingos, do Vila Nova, que teria emprestado a conta bancária para Romário receber o adiantamento. O Ministério Público não descarta a possibilidade de outros jogos e jogadores envolvidos.

  • Como funcionava o esquema?

    O esquema em que os jogadores estariam envolvidos era de cometer pênaltis, cada um, no primeiro tempo dos três jogos em questão para que a aposta fosse um sucesso. Porém, dos três jogos investigados, apenas em Vila Nova x Sport não houve um pênalti marcado no primeiro tempo, já que Romário não foi relacionado para a partida.

    "Como no jogo do Vila Nova não houve o pênalti, mas houve o pagamento do sinal (R$ 10 mil) para o jogador envolvido, o apostador passou a cobrar excessivamente o atleta pelo prejuízo causado, já que nos outros jogos houve o pênalti, e os atores envolvidos esperavam receber cada um R$ 150 mil", explicou o promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás, Fernando Martins Cesconetto.

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  • Quanto os jogadores e os apostadores receberiam?

    Segundo o Ministério Público, a estimativa era que os apostadores faturariam R$ 2 milhões. Os jogadores envolvidos, por sua vez, receberiam R$ 150 mil no total, sendo R$ 10 mil como adiantamento e R$ 140 mil após o fim da aposta.

  • Quais são as possíveis punições?

    O Ministério Público seguirá com as investigações e análise dos matérias apreendidos. Além disso, vale destacar, que existe a suspeita de que jogos de 2023 estejam envolvidos no esquema de manipulação.

    Nas investigações, um empresário foi preso temporariamente, em São Paulo, suspeito de ser responsável pelas apostas e de intermediar contatos com jogadores. Os envolvidos podem ser julgados por associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção em âmbito esportivo.

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