Confira as maiores contratações dos clubes europeus para a temporada 2025/26

Para o Leverkusen: O melhor desfecho possível, dadas as circunstâncias. Em um mundo ideal, o clube teria conseguido manter Wirtz por pelo menos mais uma temporada, mas à medida que a janela de transferências do meio do ano se aproximava, rapidamente ficou claro que ele estava pronto para seguir em frente. A partir desse momento, o objetivo do Leverkusen passou a ser impedir que ele fosse parar nas mãos do Bayern de Munique, que acreditava que conseguiria contratar o jogador jovem mais talentoso da Alemanha por cerca de €100 milhões – especialmente depois que o Manchester City recuou diante do valor pedido. No entanto, o Liverpool entrou na disputa e, tamanha era a vontade dos Reds de contratar Wirtz, que o Leverkusen conseguiu garantir um valor recorde por um jogador da Bundesliga. O valor arrecadado será fundamental para a reconstrução do elenco, após não apenas a saída de Wirtz, mas também de Jeremie Frimpong e Jonathan Tah.

Nota: A+

Para o Liverpool: Um enorme sinal de ambição. Os torcedores do Liverpool há muito tempo acusam o grupo proprietário Fenway Sports Group (FSG) de não investir o suficiente em contratações. Mas os donos americanos simplesmente deixaram Bayern e Manchester City para trás ao assegurar a contratação de Wirtz. Isso transmite várias mensagens, evidentemente. Primeiro, que não têm a menor intenção de se acomodar após vencerem a Premier League na temporada passada. Segundo, que depositam total confiança em Arne Slot. E terceiro, que acreditam, sem sombra de dúvida, que Wirtz vale o valor recorde pago por um jogador no futebol britânico. Na prática, é verdade que nenhum jogador vale uma quantia tão astronômica. Mas também é inegável que ele pode ser um divisor de águas para um time que precisava urgentemente de um camisa 10 mais criativo e produtivo do que Dominik Szoboszlai. Então, o Liverpool pagou acima do que deveria por Wirtz (especialmente se considerarmos o valor pago por Rayan Cherki)? Sim. Mas também acabou de contratar um potencial vencedor da Bola de Ouro? Com certeza.

Nota: B+

Para Wirtz: Um salto de nível que era apenas questão de tempo. Nunca houve dúvidas de que Wirtz deixaria o Leverkusen – e mais cedo do que tarde. A única incerteza era sobre qual clube ele escolheria. E é difícil não achar que ele escolheu muito, muito bem. Wirtz provavelmente teria brilhado no Bayern, mas seu conjunto específico de habilidades é claramente mais necessário no Liverpool, enquanto atuar na Premier League deve extrair o máximo de seu potencial – que, convenhamos, é assustador. Não é difícil imaginá-lo desenvolvendo uma parceria espetacular com Mohamed Salah, e ele certamente vai adorar jogar em Anfield, diante de uma torcida que já está eufórica só de imaginar vê-lo com o icônico uniforme dos Reds pela primeira vez. Wirtz tem qualidade de sobra para ter brilhado no Etihad Stadium, na Allianz Arena ou até no Santiago Bernabéu, mas tudo indica que seu desejo era mesmo se tornar um ídolo em Anfield – e não há razão para acreditar que ele não possa realizar esse sonho.

Nota: A

Para o River Plate: Um lembrete esmagador de seu lugar atual na hierarquia do futebol mundial. O River continua sendo um dos clubes mais famosos do planeta, mas, como todos os outros da América do Sul, já não consegue competir financeiramente com os gigantes europeus — e isso faz com que suas maiores promessas saiam cada vez mais cedo. Mastantuono se tornou o jogador mais jovem a marcar pelo clube apenas em fevereiro; agora, com menos de 50 jogos na Primeira Divisão, já está a caminho da Espanha. É verdade que o valor é bom para um garoto de 17 anos ainda sem comprovação, mas isso pouco consola os torcedores que sonhavam em vê-lo mais algumas temporadas no Monumental para, quem sabe, conquistar a primeira Libertadores desde 2018.
Nota: D+

Para o Real Madrid: Mais uma prova do empenho merengue em garimpar o máximo possível de talentos adolescentes da América do Sul. A estratégia tem dado frutos — basta ver os casos de Vinícius Jr. e Rodrygo — e Florentino Pérez certamente saboreou o fato de superar o PSG, que liderava a corrida por Mastantuono até a entrada de Madrid. Resta saber se o Real realmente precisava dele agora, mas é fato que, se não agissem neste verão, o garoto provavelmente acabaria no Parque dos Príncipes. O clube entende que precisava fechar o negócio enquanto ainda podia — até porque, com a ascensão do jogador na seleção argentina principal, o preço só tendia a subir.
Nota: B+

Para Mastantuono: O famoso "sonho realizado". No fim das contas, essa transferência mostra que o Real Madrid ainda é o destino dos sonhos para os jovens sul-americanos — e relatos indicam que Mastantuono sempre teve o desejo de vestir branco no Santiago Bernabéu. É uma mudança empolgante, claro, mas que traz riscos. Vinícius e Rodrygo demoraram para se firmar, e Endrick ainda não encontrou espaço após chegar do Palmeiras. Mas o simples fato de Xabi Alonso já ter conversado com o garoto sugere que ele terá um papel importante nos planos de reformulação do elenco.
Nota: B+

Para o Manchester City: Um final triste para aquele que talvez seja o maior jogador da história do clube. De Bruyne queria ficar ao menos mais uma temporada, mas os dirigentes consideraram imprudente renovar com um meia ofensivo prestes a completar 34 anos. Embora ainda tenha participado de 14 gols em 2024-25, o belga já não é a força dominante de antes. Ídolos como Micah Richards acreditam que ele ainda tinha muito a oferecer, mas o próprio Guardiola reconheceu que errou ao manter o elenco envelhecido no último verão europeu e parece determinado a não repetir o equívoco. Assim, um verdadeiro ícone da Premier League se despede. Pode parecer duro, mas é provavelmente a decisão certa.

Nota: B

Para o Napoli: Uma contratação empolgante para uma torcida que ainda comemora o improvável Scudetto. De Bruyne está em declínio e levanta dúvidas físicas, mas segue sendo um dos melhores articuladores de sua geração — e veio de graça, o que é o ponto-chave. A Série A, menos intensa que a Premier League, deve favorecer seu estilo cerebral, e Conte poderá contar com o melhor passador da história do campeonato inglês para destravar defesas italianas.

Nota: B+

Para De Bruyne: Uma escolha maravilhosa. Aos 33 anos, muitos ídolos vão para Miami ou Riad em fim de carreira. Mas De Bruyne sempre afirmou que ainda podia atuar no mais alto nível — e agora terá a chance de provar isso em Nápoles, uma das torcidas mais apaixonadas e exigentes do mundo. Depois de uma década no frio Etihad, o belga terá a alma alimentada por uma atmosfera pulsante no Diego Armando Maradona e viverá numa das cidades mais belas e caóticas do planeta. Se conseguir manter-se saudável — e isso é um grande “se” —, tem tudo para se divertir muito. Afinal, os torcedores já idolatraram até Scott McTominay... imagine o que De Bruyne pode fazer!

Nota: A+

Para o Milan: Mais um triste reflexo da decadência de um gigante europeu. O clube se tornou vendedor nos últimos anos — só conseguiu contratar Reijnders após vender Tonali ao Newcastle. Agora, busca um substituto à altura, o que será difícil. Mesmo num Milan desastroso que terminou em 8º, Reijnders brilhou e venceu o prêmio de melhor meia da Série A. Foi comprado por apenas €20 milhões e gerou lucro, mas fará muita falta.

Nota: B

Para o City: Um movimento extremamente inteligente. Ainda que não seja barato, o valor é irrisório para os padrões do City, e Reijnders pode renovar um meio-campo que perdeu intensidade. Com 15 gols na temporada, visão de jogo e entrega física, o holandês é, basicamente, um novo Ilkay Gündogan.

Nota: A

Para Reijnders: Um salto merecido e na hora certa. Ele precisava deixar o Milan e atuar por um clube de elite, e o City oferece a estrutura ideal para que atinja seu auge. Guardiola é exigente, mas se Reijnders confirmar o que se espera dele, pode se tornar um dos melhores camisas 8 do mundo.

Nota: A+

Para o Lyon: Uma saída inevitável e necessária. A situação financeira do clube francês era tão crítica que qualquer valor razoável por Cherki — que só tinha mais um ano de contrato — seria aceito. Conseguiram ao menos que ele renovasse por uma temporada para evitar perdê-lo de graça. O desafio agora será substituir alguém que deu 20 assistências em 2023-24.

Nota: B-

Para o City: Um risco calculado. Cherki é tratado como joia desde os 16 anos, mas levou tempo para se firmar. O motivo? Dúvidas sobre sua atitude e regularidade. Mas, desde que renovou contrato, ele brilhou: só Bruno Fernandes e Raphinha criaram mais chances nas grandes ligas. O plano A era Florian Wirtz, mas Cherki pode ser tão talentoso quanto — e custou um terço do preço.

Nota: A

Para Cherki: O lugar certo para atingir todo seu potencial. A concorrência é alta, mas Guardiola está em processo de renovação, e o francês chega em boa hora. Sua estreia com a seleção na Nations League reforçou a impressão de que ele está amadurecendo. Foden que se cuide. Cherki tem talento raro e, ao que tudo indica, está focado como nunca. Deve cair nas graças da torcida.

Nota: A

Para o Sunderland: Não era o que esperavam semanas após o acesso à Premier League. O dono Kyril Louis-Dreyfus queria manter o jovem Bellingham, peça-chave no acesso, mas o apelo de seguir os passos do irmão Jude foi irresistível. Ao menos, o clube garantiu uma taxa recorde com bônus atingíveis e ainda ficará com 15% da próxima venda — algo que pode render muito se Jobe repetir o sucesso do irmão.

Nota: B

Para o Dortmund: Um experimento caro para ver se o raio cai duas vezes no mesmo lugar. Jude foi um sucesso absoluto e rendeu €103 milhões ao ser vendido ao Real Madrid. Agora, apostam que Jobe pode ter trajetória parecida. Não é um prodígio como o irmão, mas tem potencial — tanto que outros clubes como Frankfurt e Leipzig o queriam. Pode se tornar a contratação mais cara da história do clube.

Nota: B-

Para Bellingham: Um movimento ousado. Quer trilhar seu próprio caminho, mas inevitavelmente será comparado ao irmão. A boa notícia: o Dortmund é o ambiente ideal para lapidar talentos. Jude brilhou ali, Sancho também, e agora Gittens está retornando ao Chelsea após bom desempenho. Jobe parece confiante de que pode repetir esse roteiro.

Nota: B+

Para o Wolves: Segunda saída importante em poucas semanas. Depois de Cunha para o United, agora perdem o lateral-esquerdo titular para o City. Era esperado — Aït-Nouri tem perfil ideal para o clube de Guardiola e já deu ótimo retorno desde que chegou do Angers por £9,8 milhões. Agora, sai por valor superior, com até £5 milhões em bônus. Negócio bom para os dois lados.

Nota: B

Para o City: Enfim, uma solução para o problema na lateral esquerda. Gvardiol foi contratado pela versatilidade, mas é claramente zagueiro. Com Aït-Nouri, ele volta à sua posição ideal. O argelino foi o defensor com mais participações diretas em gols na Premier League e tem capacidade de pressionar alto e recuperar a bola — tudo a ver com o estilo do City. Valor razoável. Ótima contratação.

Nota: A

Para Aït-Nouri: Uma chance incrível. Guardiola não costuma escalar reforços de imediato, mas o lateral tem o perfil multifuncional que o técnico procura desde a saída de Cancelo. Terá mais pressão e precisa corrigir lapsos defensivos, mas ao lado de craques e sob o comando de Pep, pode dar um salto enorme na carreira. O momento e o destino parecem perfeitos.

Nota: A+

Para o Ipswich: Consequência natural do rebaixamento. Mesmo se tivesse permanecido, Delap provavelmente sairia, dado seu destaque em um time fraco e sua cláusula baixa. O clube lucrou bem sobre o investimento de £20 milhões feito ao City no ano passado, mas a frustração por tê-lo vendido barato é compreensível. Nota: C

Para o Chelsea: Um exemplo claro da atual política de contratações. Delap é jovem, talentoso e veio por uma barganha. Marcou 12 gols por um time rebaixado, é melhor finalizador que Jackson e mais forte no jogo aéreo. Vai combinar muito bem com Cole Palmer. É o centroavante agressivo e eficiente que o time tanto precisava. Nota: B+

Para Delap: Claramente, a melhor escolha em vez de ir para o United. Recebeu propostas, esteve perto de Old Trafford, mas o Chelsea oferece algo que o rival não: Champions League. Além disso, há pouca concorrência imediata pela posição. Delap acredita que pode ser titular — e está certo. Terá mais cobrança, mas mostrou ser um atacante incômodo até para os melhores zagueiros da liga. A única preocupação: seus 12 cartões amarelos na última temporada. Mas, em um time mais competitivo, deve se comportar melhor. Nota: A

Para o Wolves: Sem dúvida, uma saída decepcionante. Cunha tem sido o principal nome do ataque desde que chegou ao Molineux, em dezembro de 2022, e soma 33 gols em 92 jogos por todas as competições. Dada a qualidade de suas atuações, era esperado que saísse em algum momento — e, graças a uma multa rescisória considerável, o clube garantiu um bom lucro sobre um jogador comprado por £35 milhões (US$47 mi). Vale destacar também que o Wolves se manteve firme na negociação quanto à estrutura dos pagamentos. Substituir Cunha será tarefa difícil, mas o time já mostrou ser capaz de se virar sem ele — como fez durante a suspensão de quatro jogos na última temporada. E pode até haver certo alívio nos bastidores por terem encontrado alguém disposto a pagar tanto por um jogador de temperamento difícil.
Nota: B+

Para o United: Um risco — mas que precisava ser corrido. A verdade é que Old Trafford já não é o destino mais atraente para grandes nomes. O estádio está deteriorado, os donos são detestados, a torcida está revoltada e o time é fraco — como mostrou a derrota vergonhosa para o Tottenham, que deixou o United sem nem mesmo uma vaga em competições europeias na próxima temporada. Nesse contexto, contratar um dos atacantes mais empolgantes da Premier League é um bom começo. É verdade que há preocupações com o temperamento explosivo de Cunha — e com o fato de ele ter fracassado no Atlético de Madrid antes de ir ao Wolves —, mas ele será bem recebido em Manchester, especialmente porque seu perfil encaixa bem como meia-atacante pela esquerda no 3-4-2-1 de Ruben Amorim. A única ressalva: são poucos os jogadores que passam tanto tempo andando em campo quanto Cunha.

Nota: B

Para Cunha: Uma escolha estranha à primeira vista. Ele dizia que queria sair do Wolves para conquistar títulos, e já foi ligado a times bem mais fortes que o United — como Arsenal e Liverpool. No entanto, comenta-se que muitos desses grandes clubes recuaram por conta de seu temperamento — o que faz sentido, já que ele foi suspenso por seis jogos na última temporada. Com isso, teria restado a ele uma decisão simples: Manchester ou Arábia Saudita? Se for verdade, merece crédito por ter optado pelo caminho mais difícil — e potencialmente mais recompensador — do ponto de vista esportivo. O United, apesar de seus inúmeros problemas, continua sendo um gigante. E, se Cunha repetir no Old Trafford o que fez no Wolves, pode virar ídolo de uma torcida que clama por um novo herói. Por outro lado, jogadores mais talentosos que ele já afundaram no que virou o outrora chamado “Teatro dos Sonhos”...
Nota: B-

Para o Bayer Leverkusen: Mais um sinal triste de que uma era vitoriosa, embora curta, chegou ao fim. Xabi Alonso foi para o Real Madrid substituir Ancelotti, e agora um dos pilares do seu time invicto e campeão está a caminho do Liverpool. Essas perdas eram inevitáveis — os feitos históricos do Leverkusen chamariam a atenção da elite europeia. O frustrante, no caso de Frimpong, foi o valor da cláusula ser tão baixo — e ainda haverá repasse de £5 milhões (US$6,7 mi) ao Celtic. Frimpong rendeu muito ao clube, mas, no mercado aberto, facilmente renderia o dobro do valor.
Nota: D

Para o Liverpool: O substituto ideal para a saída de Alexander-Arnold ao Real Madrid. Na verdade, é difícil imaginar uma opção mais empolgante. Frimpong não tem o mesmo passe do inglês, mas dribla melhor e oferece mais perigo ofensivo. Nos últimos dois anos, deu mais assistências e participou de mais gols (38) do que qualquer outro lateral-direito das cinco grandes ligas europeias. Nesse cenário, o valor pago parece uma verdadeira barganha — lembrando a rápida ação do clube para tirar Alexis Mac Allister do Brighton anos atrás. A única dúvida: Frimpong joga muito mais como ala do que como lateral — às vezes parece um ponta —, o que levanta a possibilidade de Slot mudar o esquema ou até usá-lo como substituto de Salah no ataque. Seja como for, ele tem tudo para virar queridinho da torcida.
Nota: A

Para Frimpong: Transferência para o Liverpool que já era aguardada. Ele contou que quase assinou com o clube ainda jovem, mas acabou indo para o Manchester City, onde não chegou a atuar pelos profissionais. Agora, está em posição perfeita para finalmente brilhar na Premier League. Vai enfrentar a concorrência de Conor Bradley, mas deve se adaptar bem: será comandado por um técnico holandês e terá três colegas de seleção por perto. Ah, e já até imita bem o sotaque de Liverpool!
Nota: A

Para o Liverpool (de novo): Saída devastadora — refletida no clima hostil no Anfield quando Alexander-Arnold apareceu pela primeira vez diante da Kop após a confirmação de sua ida. A decisão do jogador gerou reações variadas, mas um consenso: perdê-lo de graça para um rival europeu seria um desastre econômico e esportivo. A diretoria tem sua parcela de culpa, mesmo que tenha conseguido €10 milhões (£8,4m/US$11,3m) para liberá-lo antes do Mundial de Clubes. Afinal, ele não era o único com contrato a vencer nesta temporada!
Nota: D

Para o Real Madrid: Mais uma aula de como seduzir craques a deixarem contratos correrem até o fim para chegar de graça. Alaba, Rüdiger, Mbappé... agora Alexander-Arnold. Com o atrativo de jogar ao lado do amigo Jude Bellingham, o lateral não resistiu. Ele é bem diferente de Carvajal e há dúvidas sobre sua marcação, mas deve brilhar como ala no 3-4-2-1 de Xabi Alonso. Com sua visão de jogo, pode até virar o novo maestro da equipe pós-Kroos. Não há desvantagens para o Real — nem mesmo os €3 milhões por jogo no Mundial de Clubes parecem excessivos, dado o tamanho da aposta.
Nota: A

Para Alexander-Arnold: Uma decisão ousada. Parecia destinado a ser o novo capitão do Liverpool. Em vez disso, manchou sua imagem ao sair de graça para o Real — justamente o algoz recente do clube em tantas ocasiões. Agora, o garoto local que sonhava ser como Gerrard corre o risco de ser lembrado como Owen. Ele sabia da repercussão e foi mesmo assim — o que mostra sua convicção. Acredita que em Madrid pode buscar o Ballon d’Or. “Ele não tem chance”, diriam muitos — mas o simples fato de ser esse o seu novo objetivo diz tudo sobre sua mentalidade. Quer se testar no maior palco do mundo.
Nota: B

Para o Leverkusen: Uma perda dolorosa. O clube parece ter conseguido manter Wirtz longe do Bayern ao elevar seu preço, mas nada pôde fazer para segurar Tah, que estava em fim de contrato. Talvez reste algum arrependimento por não ter vendido no verão passado, mas mantê-lo por mais uma temporada para tentar algo na Champions foi compreensível. Além disso, o Leverkusen extraiu tudo de Tah — contratado do Hamburgo por €7,5 milhões há dez anos. Isso suaviza a dor de vê-lo ir para o rival de graça.
Nota: D

Para o Bayern: Uma contratação excelente — e gratuita. Tudo indicava que Tah iria para o Barcelona, mas os problemas financeiros dos catalães abriram caminho para o Bayern. Ele chega para substituir Eric Dier, que vai para o Monaco — e, com todo respeito ao inglês, é um salto de qualidade. Upamecano e Kim Min-jae foram bem na última temporada, mas agora disputarão posição ao lado de Tah, um dos zagueiros mais elegantes e sólidos da Bundesliga. Aos 29 anos, ainda tem muito futebol de alto nível pela frente.
Nota: A

Para Tah: Uma decisão natural. Após uma década em Leverkusen, sentia que era hora de mudar — especialmente após a temporada perfeita de 2023/24. A saída de Xabi Alonso para o Real Madrid já era esperada e talvez Tah preferisse o Barça, mas o Bayern também é elite europeia e lhe dá chance real de disputar a Champions com ambição. A única decepção: Wirtz não vai junto.
Nota: A-

Para a Real Sociedad: Uma saída inevitável. O clube o convenceu a ficar no verão passado, apelando às raízes bascas e ao sentimento de pertencimento. Mas Zubimendi percebeu que havia errado ao seguir o coração — e desde janeiro já se esperava essa transferência. A equipe, que terminou em 11º na La Liga, perde um pilar, mas ao menos lucra totalmente com um jogador formado em casa.
Nota: B+

Para o Arsenal: Chegada oportuna, especialmente diante das incertezas sobre Partey. Mesmo que o ganês renove, completa 32 anos e precisa de substituto. O valor é justo por um dos melhores volantes passadores da atualidade — como mostrou na Euro 2024 — e que chegou a ser cogitado no Real Madrid. Meio-campo não era o principal problema do Arsenal, mas agora virou ponto forte.
Nota: A-

Para Zubimendi: Mais uma reviravolta. Menos de um ano atrás, surpreendeu ao desistir de ir para o Liverpool na última hora. Não demorou para perceber o erro: os Reds voavam com Gravenberch no papel que seria seu, enquanto a Real patinava na La Liga. Agora, decide ir à Inglaterra para crescer como jogador. Terá que se contentar com o “segundo melhor” — o Arsenal terminou novamente atrás do Liverpool —, mas pode ser peça-chave para levar os Gunners ao título, ao lado de Arteta, Odegaard e Mikel Moreno — todos com ligação à Real.
Nota: A

Para o Bournemouth: Sensação agridoce. Huijsen chegou há apenas um ano, teve uma temporada excelente — marcou até contra o Spurs e virou o mais jovem artilheiro do clube na Premier League. Mas, apesar da perda precoce, o Bournemouth fez grande lucro sobre um investimento de £12,8 milhões (US$17,1 mi). Um exemplo claro da eficácia do modelo de negócios do clube.
Nota: B

Para o Real Madrid: Reforço necessário e que já vinha atrasado. O clube pagou caro por não ter contratado um zagueiro no verão passado, já que Alaba e Militão ficaram fora por longos períodos. Huijsen é jovem, talentoso e acostumado à Espanha — o que ajuda na adaptação. Vários clubes ingleses o queriam, mas o Real agiu rápido. Pode ser um achado.
Nota: A

Para Huijsen: Uma ascensão meteórica. De Bournemouth ao Bernabéu em menos de um ano! Na Roma, no segundo semestre da última Serie A, já mostrava ser especial. Um zagueiro dominante no alto e à vontade com a bola. O Liverpool o queria — e com razão, já que lembra Van Dijk. Mas Huijsen sempre sonhou com o Real. Recusou o clube ainda na base do Málaga para crescer na Itália, mas agora volta ao time que idolatrava por causa de Sergio Ramos. Pode seguir os passos do ídolo.
Nota: A+