Luiz Henrique "culpa" John Textor por saída do Botafogo e revela "vontade de voltar" ao Glorioso

Luiz Henrique, atacante que brilhou com a camisa 7 do Botafogo em 2024, revelou os bastidores de sua ida ao clube carioca e a posterior saída para o Zenit, da Rússia. Em entrevista ao podcast Podpah, ele contou que quase foi jogador do Flamengo, mas foi convencido por John Textor — dono da SAF alvinegra — a vestir preto e branco apenas dois minutos após a visita dos dirigentes rubro-negros à sua casa.

Após um ano mágico, Luiz Henrique se transferiu ao futebol russo, mas deixou claro que queria ter continuado no clube.

A trajetória de Luiz Henrique no Botafogo foi marcada por títulos e idolatria em campo e reviravoltas fora dele. O atacante foi contratado em fevereiro de 2024 por 20 milhões de euros (então R$ 106,6 milhões), tornando-se a aquisição mais cara da história do futebol brasileiro em valores nominais. Em sua temporada no Glorioso, conquistou o Brasileirão e a Libertadores, sendo eleito o Rei da América. No entanto, segundo ele próprio, sua saída foi motivada pela falta de empenho de John Textor em mantê-lo. Atualmente no Zenit, o ídolo em general Severiano ainda acompanha os jogos do Botafogo, tem marcado presença no Nilton Santos deurante as férias e afirma ter vontade de voltar.

Ao PodPah, o ex-camisa 7 do Botafogo declarou:

“O Flamengo estava me querendo, mas por empréstimo, e o Betis só queria compra. O presidente do Flamengo (Rodolfo Landim) e o Marcos Braz foram lá em casa, falando 'vai pro Flamengo'. Só que aí não deu certo. Me prometeram várias coisas, o presidente do Flamengo foi embora. Dois minutos depois, chega o (John) Textor. Sem combinar nada, de surpresa, chegou lá em casa. Eu não sabia, quem sabia eram os meus empresários.”

“Aí vai lá, toma café na minha casa, come bolo de cenoura. Um cara muito humilde. Me convenceu a vir pro Brasil, porque é um cara super gente boa e mostrou que queria muito. Quando (Textor) sai da minha casa, eu falo 'vou para o Botafogo’.”

“Eu queria ficar. Mas o teu amigo, John Textor, não colaborou com a gente.”

“Tentei ficar ainda, mas... Foi f***, o Textor não quis soltar a maleta, pô! Ô John Textor, aí tu brincou! Eu queria ficar, mano.”

Apesar de ser ídolo do Botafogo, Luiz Henrique é torcedor declarado do Fluminense. Revelado em Xerém, o atacante contou que herdou o amor pelo Tricolor do pai. A passagem pelo Glorioso, no entanto, mudou sua relação com o clube:

“Meu pai era tricolor doente, muito doente. Eu sou tricolor por causa do meu pai. E muita gente hoje do Fluminense me critica: “Ah, tu não é mais tricolor, só porque está no Botafogo.” Eu ganhei um carinho enorme pelo Botafogo, porque eu tive uma fala em que parecia que eu tinha saído da base do Botafogo, mas torcedor você sabe como é. Torcedor não entende as coisas, sempre quer falar do jeito deles. Só que eu falei por causa do carinho do Botafogo, que desde quando eu cheguei no Botafogo, o carinho foi surreal. Tá maluco, parecia que eu saí da base!", esclareceu Luiz Henrique.

Perguntado, depois, se havia virado torcedor do Botafogo após o histórico 2024, o Pantera Negra não escondeu o nvo amor: "virei, virei, virei", disse.

Com contrato vigente no Zenit até 2029, Luiz Henrique ainda sonha em voltar a vestir a camisa do Botafogo. Embora a diretoria russa tenha investido pesado em sua contratação (cerca de 35 milhões de euros), o atacante revelou estar atento ao desempenho do time carioca e não descartou um retorno. Em bom momento da carreira e com passagens pela seleção brasileira, o jogador espera ser lembrado por Carlo Ancelotti nas próximas convocações — e, quem sabe, realizar uma nova passagem pelo futebol brasileiro, onde escreveu o maior capítulo da sua carreira até aqui. O Botafogo, por sua vez, estreia no Mundial de Clubes contra o Seattle Sounders neste domingo (25), às 23h (de Brasília), nos EUA.

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