Lionel Messi e o Inter Miami vão enfim dar conta do recado? O que esperar da temporada 2025 da MLS

Foi a derrota do Inter Miami para o Atlanta United nos playoffs da temporada passada realmente tão grande surpresa assim? Claro, se considerarmos as coisas apenas no papel, a disputa realmente não deveria ter sido acirrada. E sim, quando você tem Lionel Messi, você realmente deveria ganhar todos os jogos. Mas este esporte não funciona assim.

Qualquer um que assistiu o time da Flórida consistentemente poderia ver que era uma equipe cheia de estrelas, mas também assustadoramente vulnerável no contra-ataque. O Atlanta explorou o que estava escondido à vista de todos, tirou o máximo de um goleiro de 40 anos e fez com que este time caro parecesse bem mediano.

Mas mudanças chegaram. Diego Gómez, uma das mais potentes armas de ataque do Inter Miami - que também oferecia algumas pernas defensivas valiosas - se foi. Leo Campana, um valioso atacante polivalente, deixou o time rumo ao New England Revolution.

As novas caras, por sua vez, oferecem todos uma mistura de trabalho sem a bola e mais opções em posições cruciais. Parece haver um entendimento de que o jovem Benjamin Cremaschi pode dar um salto. O Inter Miami também estará esperando que a temporada de destaque de Yannick Bright não tenha sido apenas um acaso.

Colocando tudo junto, algumas necessidades foram atendidas, enquanto o novo técnico Javier Mascherano deve trazer boas vibrações. Será suficiente para concretizar o sonho do título da MLS Cup?

Algo deve ser estabelecido: o Inter Miami é o claro favorito para vencer a MLS Cup. Somente o talento já dita isso. Mas o Cincinnati pode ter algo a dizer sobre isso. O pior aconteceu recentemente, quando eles perderam o candidato a melhor jogador do campeonato, Lucho Acosta.

A resposta deles? Contratar Evander - o nome mais próximo na MLS disponível em termos de talento. Adicione o grande desembolso em Kevin Denkey, um artilheiro comprovado em todos os níveis na Europa, e o Cincinnati teve uma pré-temporada que sugere que eles têm ambições sérias.

No ano passado, foi a defesa deles que acabou desabando. E isso faz sentido. Matt Miazga foi imenso antes de sofrer uma grave lesão no joelho que terminou sua temporada. Quando chegaram aos playoffs, estavam praticamente sem fôlego.

Mas o zagueiro da seleção dos Estados Unidos deve voltar em algum momento desta temporada, e se Kévin Denkey for algo parecido com o que fez no futebol belga, eles agora têm um atacante de 20 gols por ano no elenco - para se juntar ao tipo de grande criador de jogadas para fazê-los superar jogos duros. Não, eles não têm o mesmo poder de estrela que o Inter Miami. Mas eles podem ser mais equilibrados.

O San Diego FC enfrenta uma tarefa difícil na MLS. Primeiro, eles têm que cultivar uma base de torcedores em uma cidade desconfiada de seus times esportivos. Depois, eles precisam colocar um produto decente em campo - de preferência, um que possa se manter à tona na Conferência Oeste. Até agora, eles têm lutado bem em ambas as frentes. Há um verdadeiro burburinho sobre o time, enquanto as contratações de Luca de la Torre e Chucky Lozano oferecem uma mistura de grandes nomes e um toque europeu.

A questão permanece, no entanto: será o suficiente? A história nos diz que novas franquias têm dificuldades. O Cincinnati foi fraco por alguns anos antes de chegar perto do sucesso. O St. Louis venceu a Conferência Oeste em seu primeiro ano antes de ter uma temporada bastante miserável no segundo. Já o Austin ainda não acertou.

O time do sul da Califórnia provavelmente acabará em algum lugar entre os dois. Lozano marcará alguns gols, enquanto uma base decente ao seu redor deve dar-lhes um bom ritmo. Se o fraco - sim, fraco - burburinho em torno de Kevin De Bruyne e uma chegada em julho acontecer, então eles parecem muito mais com um time de playoff.

Por enquanto, porém, ninguém parece saber. E aí reside a diversão de tudo isso.

Por um breve momento, parecia possível: Neymar estava vindo para a MLS. Todos nós sonhamos por um segundo. Lá estava ele, o astro brasileiro, potencialmente na Cidade dos Ventos, ridicularizando os defensores e enfrentando o frio do meio-oeste para levar o Chicago Fire de volta à relevância na MLS.

Pois bem, isso não aconteceu. Neymar agora é jogador do Santos. Daqui a seis meses, ele pode muito bem estar vestindo o rosa do Inter Miami.

Mas sempre haverá alguém para vir em seguida. Há muito tempo se presume que Antoine Griezmann jogará na MLS. Ele ama os Estados Unidos e já deixou claro que quer mostrar seu talento por aqui. Os rumores sobre De Bruyne simplesmente não desaparecem.

O retorno de Miguel Almirón ao Atlanta e a chegada de Wilfried Zaha ao Charlotte provam que essa ainda é uma liga atraente. Se acrescentarmos Marco Reus e Olivier Giroud no ano passado, não há dúvidas de que a MLS ainda tem seu poder de atração – mesmo com o dinheiro do Campeonato Saudita circulando por aí.

Olhando para ambas as conferências, o Leste parece ter uma vantagem, já que os três melhores times - Inter Miami, Cincinnati e Atlanta United - jogam na conferência. O Oeste, por sua vez, está misturado. O Los Angeles FC deveria estar lá, especialmente se Olivier Giroud se lembrar de como marcar gols. Mas um bicampeonato do Los Angeles Galaxy parece improvável, com Riqui Puig ainda se recuperando de lesão.

Há uma chance, então, para outros se envolverem. As aquisições de Paul Arriola e Jesus Ferreira devem dar ao Seattle Sounders alguma experiência valiosa - além de alguns gols a mais. O Dallas fez um grande movimento ao trazer Lucho Acosta.

Há espaço, também, para o Real Salt Lake continuar a construir com base na última temporada. De qualquer forma, parece uma temporada de oportunidade para esses times de playoff de nível médio se impor. Uma contratação ou duas - ou até mesmo apenas uma boa sequência de atuações e resultados - pode ser suficiente para fazer tudo acontecer.