Lesão na boca, denúncia e revolta no Flamengo: os bastidores da agressão a Pedro

O episódio teve início no vestiário da Arena Independência. Na ocasião, Pedro estava ao telefone celular com familiares, quando foi interpelado pelo preparador físico flamenguista, Pablo Fernández.

O integrante da comissão de Jorge Sampaoli o abordou com o dedo em riste e o cobrou por não se aquecer com os demais companheiros. A alegação do argentino é que esta era uma falta de respeito do atleta com os profissionais do corpo técnico.

Durante a cobrança, Pablo Fernández acertou o rosto de Pedro com três tapas e foi contido pelo jogador. Na sequência, ele desferiu um soco contra o rosto do atleta.

Pedro teve lesões constatadas na boca e na face do lado direito. O atleta denunciou o preparador físico Pablo Fernández contra lesão corporal, conforme apurado pela reportagem. O inquérito ainda não foi concluído e permanece em aberto na Polícia Civil de Minas Gerais.

Logo após a agressão a Pedro, testemunhada por todos os presentes no vestiário da Arena Independência, os demais atletas do elenco tiveram que conter o preparador físico Pablo Fernández.

O grupo conseguiu afastá-lo do jogador, que não tentou revidar a agressão em nem um momento sequer. O fato foi relatado por Pedro e confirmado por três testemunhas do plantel flamenguista — o zagueiro Pablo, o volante Thiago Maia e o atacante Everton Cebolinha.

Questionado pela Polícia Civil de Minas Gerais sobre a agressão ao centroavante Pedro, o preparador físico Pablo Fernández não se manifestou. Ele disse aos agentes públicos que não tinha nada a declarar sobre o caso.

A ida do grupo à delegacia foi conduzida pelo grupo da Polícia Militar que fez a escolta do Flamengo em Belo Horizonte. A guarnição policial foi acionada por integrantes da delegação flamenguista, que afirmaram que havia ocorrido uma agressão no vestiário do time na Arena Independência.