"Saudades de nada" - Jurgen Klopp explica por que nunca mais vai trabalhar como técnico

Durante seu período no Liverpool, Klopp liderou a equipe em conquistas da Premier League e da Champions League, devolvendo os Reds ao topo do futebol nacional e europeu ao longo de um memorável ciclo de nove anos. Ele deixou o cargo ao optar por não cumprir o contrato até o fim, precisando de uma pausa do estresse do futebol profissional.

Aos 58 anos, Klopp retornou ao trabalho como Chefe de Futebol Global da Red Bull, posição que permite supervisionar operações dentro do grupo de clubes de futebol de elite. Embora tome decisões importantes, como nomeações de técnicos, ele não é mais diretamente responsável pelos resultados e desempenhos em campo. Essa nova rotina, com ritmo mais tranquilo, foi totalmente abraçada pelo treinador.

Apesar de sua paixão pelo futebol, como o homem que introduziu o 'futebol heavy metal' ao mundo, Klopp está feliz em atuar nos bastidores e admite que pode nunca mais treinar um time.

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Questionado pelo The Athletic sobre sentir falta dos desafios diários de ser técnico, Klopp — que viu seu sucessor, Arne Slot, conquistar mais uma Premier League para o Liverpool em 2024/25 — disse: 'De forma alguma. Fiquei super feliz com a forma como o Liverpool jogou. Assisti a alguns jogos, mas não era aquele sentimento de "Oh, é sábado!" Eu não sabia exatamente quando os jogos começavam. Eu estava fora, pratiquei esportes, aproveitamos a vida, passamos tempo com os netos, coisas completamente normais, sabendo que trabalharia novamente, mas também sabendo que não quero mais ser treinador."

Pressionado sobre se sua ausência da linha técnica será definitiva, Klopp acrescentou: 'É o que eu penso. Mas você nunca sabe. Tenho 58 anos. Se eu começasse de novo aos 65, todo mundo diria: "Você disse que nunca faria de novo!" Er… desculpe, eu realmente pensei 100% nisso quando disse! É o que penso agora. Saudades de nada."

Ele falou sobre aproveitar a vida de uma forma que nunca foi possível enquanto estava consumido pelas exigências implacáveis da carreira de treinador: "Não senti falta de nada na minha vida porque nunca pensei nisso. Durante quase 25 anos, fui apenas duas vezes a um casamento — um deles o meu, e o outro há dois meses. Em 25 anos, fui quatro vezes ao cinema — todas nas últimas oito semanas. Agora é bom poder fazer isso. Visitei tantos países diferentes como treinador, mas não vi nada deles; apenas o hotel, o estádio ou o campo de treino. Nada mais. Não senti falta, mas agora sentiria."

A decisão de Klopp de se juntar aos gigantes de bebidas energéticas da Red Bull, levantou algumas sobrancelhas, mas ele não se desculpa por isso. Questionado sobre se um trabalho em outro país teria sido melhor recebido, disse: "Se eu fosse para um país estrangeiro, como Itália ou Espanha, as pessoas diriam: "Oh meu Deus, que ótimo." Mas se eu fosse para o Bayern de Munique ou outro clube, especialmente os fãs do Dortmund diriam: "Eu não gosto!" Terminei no Liverpool aos 57 anos. Estava 100% certo e seguro de que não iria parar de trabalhar. Tive uma pausa de cerca de sete meses e aproveitei — uau!"

Desde que deixou o Liverpool, Klopp tem sido ligado a diversos cargos, mas resistiu a qualquer tentativa de retornar à carreira de treinador. Ao longo dos anos, surgiram sugestões de que um papel na seleção alemã poderia ser atraente, mas ainda não se sabe se a personalidade mais vibrante do futebol algum dia voltará à linha técnica.