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Corinthians Universitario, Copa Sul-Americana 2023Getty Images

Jovens do Corinthians reafirmam o que há de melhor nos últimos trabalhos de Luxemburgo

O 2023 do Corinthians não é bom. Se houvesse uma palavra para resumir a temporada alvinegra até aqui, ela seria instabilidade. As eliminações no Campeonato Paulista e na Libertadores da América representam, em campo, os maiores insucessos no caminho que já foi traçado. Mas a maior parte das críticas vão, com razão, para o que aconteceu fora das quatro linhas.

A montagem de elenco demonstrou um clube perdido no passado, se escorando em atletas de idade avançada que nem sempre conseguem, regularmente, manter o alto nível de anos atrás. As trocas de técnicos também não ajudaram muito. A confiança depositada em Fernando Lázaro acabou pouco após a queda nas quartas-de-final do Paulistão para o Ituano. A escolha por Cuca gerou revolta da torcida por questões extracampo do passado do técnico, que disputou apenas duas partidas. E em meio ao caos, Vanderlei Luxemburgo retornou ao clube.

Pouco mais de duas décadas separaram Corinthians e Luxemburgo, de 2001 até o reencontro em 2023. De lá para cá, a maior parte dos últimos anos de Vanderlei tiveram mais críticas do que elogios. Depois de 2006, especialmente, Luxa não conseguiu conquistar os títulos espetaculares que nos acostumou. Sua carreira oscilou e oscilou bastante. Mas, justiça seja feita, os últimos trabalhos de Luxemburgo tiveram uma constante positiva: a utilização e aperfeiçoamento de jovens das categorias de base.

  • Os jovens de Luxa no Corinthians

    Desde seu retorno ao Corinthians, o técnico apresentou ao torcedor nomes como Murillo, Gabriel Moscardo, Felipe Augusto, Ruan Oliveira, Matheus Araújo, Guilherme Biro, Wesley e Ryan Gustavo. A classificação para as oitavas de final da Copa Sul-Americana, com vitórias sobre os peruanos do Universitario, teve como destaques os gols de Felipe Augusto na ida e Ryan na volta – Murillo também desempenhou bom papel na defesa.

    O caso de Gabriel Moscardo chama atenção. Aos 17 anos, o meio-campista ainda cursa a faculdade (de administração). Em breve, vai definir se tranca, ou não, a matrícula por causa da minutagem que vai ganhando no time principal do Corinthians – apresentando um futebol que já lhe rendeu renovação de contrato até 2026.

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  • Outros talentos lapidados recentemente

    Nos últimos anos, Luxemburgo foi um dos nomes que mais revelou garotos bons de bola. Gente como Patrick de Paula, Danilo, Gabriel Menino e outros começaram a aparecer bem no Palmeiras treinado por Luxa. No Vasco, Vanderlei lançou nomes como Talles Magno e Gabriel Pec. Jovens escolhidos a dedo por quem sabe identificar um bom jogador quando vê um.

  • O que importa para o Corinthians

    O problema é que um time de jovens, alçados à equipe profissional mais por urgência do que pelo planejamento, não garante a tranquilidade que o Corinthians busca para a temporada. A principal missão é não cair no Brasileirão. Copa do Brasil e Copa Sul-Americana se apresentam como oportunidades. Se os garotos crescerem de rendimento, e a mistura com os mais experientes (além de bons reforços, como Matias Rojas) fizer o time encaixar, o Corinthians de Luxemburgo pode até reservar alguma surpresa à sua torcida através das copas.

    Hoje, contudo, tal previsão é daqueles sonhos que mantém viva a expectativa do torcedor. O Corinthians troca pneus e faz outros reparos com o carro em movimento, para usarmos uma famosa metáfora. De qualquer maneira, o crescimento dos garotos do Terrão mostra o que Luxemburgo tem apresentado de melhor nos últimos anos. Se muitos insistem que o Corinthians começou o ano olhando para o passado, aos trancos e barrancos o foco começa a dar passos para vislumbrar um futuro.

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