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Jack Grealish, Zlatan Ibrahimovic e o Top 10 das piores contratações de Pep Guardiola

Jack Grealish e Pep Guardiola sempre pareceram uma dupla improvável. Uma aliança curiosa entre um jogador extremamente individualista e um treinador obcecado por estrutura e padrões de jogo ensaiados. Agora, quatro anos após essa relação inusitada ter começado com a transferência recorde da Premier League do meia, vindo do Aston Villa para o Manchester City, ela chega a um fim melancólico.

Grealish está prestes a se juntar ao Everton por empréstimo, depois de praticamente selar sua saída no início da janela do meio do ano, quando ficou fora da lista para o Mundial de Clubes. A decisão vem após duas temporadas muito abaixo do esperado para o inglês, que viveu o auge em 2023 ao conquistar a tríplice coroa. Guardiola tentou resgatar aquele Grealish decisivo, mas, em janeiro, praticamente admitiu ter desistido: “Quero o Jack que ganhou a tríplice coroa? Sim, claro. Mas tento ser honesto comigo mesmo.”

O City já havia iniciado a transição, contratando Jeremy Doku em 2023, Savinho em 2024 e Rayan Cherki nesta temporada para disputar posição com o camisa 10. A passagem frustrante do jogador de 100 milhões de libras (R$ 724 milhões na cotação da época) pelo Etihad reforça que Guardiola também comete erros no mercado de transferências. Mas onde Grealish se encaixa na lista dos piores reforços da carreira do espanhol? A GOAL indica seu top 10...

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  • Nolito Manchester City Getty Images

    10Nolito (Manchester City, £ 14 milhões)

    Guardiola conhecia Nolito desde sua época de Barcelona B e acompanhou de perto sua evolução antes de levá-lo do Celta de Vigo para o City, na sua primeira janela à frente do clube.

    O atacante, que só começou a se destacar na LaLiga já perto dos 30 anos, sentiu demais o salto de nível. Marcou dois gols contra o Stoke City logo na segunda partida, mas não manteve o ritmo e teve dificuldades para se adaptar à Inglaterra. Chegou até a dizer que a falta de sol em Manchester mudou a cor da pele da filha, “como se ela tivesse vivido numa caverna”, e que o médico recomendou suplementação de vitamina D.

    Durou apenas uma temporada, com nove jogos como titular na Premier League e quatro gols marcados, antes de voltar ao ambiente mais familiar do futebol espanhol, assinando com o Sevilla.

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  • Martin Caceres BarcelonaGetty Images

    9Martin Caceres (Barcelona, £ 14 milhões)

    Primeiro reforço da era Guardiola no banco do Barça, Cáceres foi também um dos mais decepcionantes. O zagueiro chegou do Villarreal, após empréstimo no Recreativo de Huelva, com um investimento considerável para a época, mas rapidamente caiu na hierarquia e virou a quarta opção da posição.

    Foram apenas oito partidas como titular na LaLiga, com o time vencendo apenas quatro delas, contraste enorme para uma equipe que dominou o campeonato. Mesmo quando Dani Alves e Rafael Márquez se lesionaram antes da final da Champions League, Guardiola preferiu improvisar Yaya Touré na zaga a utilizá-lo.

    Cáceres deixou o clube já no verão europeu seguinte, rumo à Juventus.

  • Medhi BenatiaGetty

    8Medhi Benatia (Bayern de Munique, £ 22 milhões)

    Destaque da Roma como zagueiro artilheiro, Benatia chegou ao Bayern em 2015, no segundo ano de Guardiola, após uma saída conturbada da equipe italiana. Mas a relação com o técnico esfriou rapidamente, e ele teve apenas 24 jogos como titular na Bundesliga em duas temporadas.

    Ficou marcado por erros decisivos: foi expulso contra o City na fase de grupos da Champions e falhou nos dois jogos da semifinal contra o Barcelona, que terminou com derrota agregada de 5 a 3.

    Perdeu ainda mais espaço na última temporada de Guardiola e, depois, também foi para a Juventus.

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  • Pep Guardiola Joao CanceloGetty

    7João Cancelo (Manchester City, £ 60 milhões)

    Cancelo entra na mesma categoria de Ibrahimovic: jogador talentoso, mas com temperamento explosivo, o que minou a relação com Guardiola. Teve duas temporadas brilhantes no City, mas acumulou atritos até se tornar insustentável.

    Poucas semanas após chegar do Juventus, em 2019, já ameaçava sair por ter perdido a vaga para Kyle Walker. Txiki Begiristain, diretor de futebol, o convenceu a mudar de postura, e o português se reinventou como lateral invertido pela esquerda, sendo peça-chave nos títulos de 2020/21 e 2021/22.

    Mas, após o Mundial de 2022, não aceitou voltar para o banco. Chegou a usar fones de ouvido durante uma preleção de Guardiola, e o treinador decidiu que ele precisava sair “pelo bem do grupo”. Foi emprestado ao Bayern, onde teve desempenho discreto, e depois ao Barcelona, também sem brilho. Em 2024, foi vendido ao Al Hilal.

  • Claudio BravoGetty

    6Claudio Bravo (Manchester City, £ 17 milhões)

    Assim que chegou ao City, em 2016, Guardiola mostrou seu lado implacável ao decidir que Joe Hart, ídolo das conquistas de 2012 e 2014, não servia por não ter bom jogo com os pés. O problema é que seu substituto, Claudio Bravo, não deu conta do recado.

    Campeão espanhol com o Barcelona, o chileno não era tão habilidoso com a bola quanto Ter Stegen, outra opção cogitada, e sofreu para se adaptar à Premier League. Falhou no clássico contra o United em sua estreia e foi expulso na goleada por 4 a 0 sofrida para o Barça na Champions.

    Durou apenas cinco meses como titular antes de perder o posto para Willy Caballero e, depois, ver Ederson ser contratado. Ainda assim, Bravo permaneceu no City até 2020, fez 61 jogos, encheu a prateleira de títulos e, curiosamente, guarda boas lembranças: “Foi maravilhoso em todos os sentidos. Joguei duas finais de Copa da Liga e duas da Supercopa, e ganhei todas.”

  • Dmytro Chygrynskiy Barcelona La LigaGetty Images

    5Dmytro Chyhrynskyi (Barcelona, £ 22 milhões)

    No segundo verão europeu de Guardiola no comando do Barça, após a tríplice coroa, o clube investiu para reforçar o elenco. Um dos nomes foi o zagueiro ucraniano Dmytro Chyhrynskyi, contratado do Shakhtar Donetsk para dar mais solidez à defesa.

    Porém, logo ficou claro que ele não se encaixava no estilo de jogo da equipe. Não chegou a ser um desastre. O Barça venceu oito dos 10 jogos da LaLiga em que ele foi titular e permaneceu invicto. No entanto, a diferença técnica para os companheiros era nítida, e ele chegou a ser vaiado pela torcida no Camp Nou.

    Foram apenas 851 minutos em campo antes de retornar ao Shakhtar, um ano depois, com prejuízo de €10 milhões para o clube catalão. Anos mais tarde, admitiu ao portal Relevo: “Eu nunca digo que joguei no Barça. Digo que estive no Barça. É diferente, porque para dizer que você jogou lá é preciso ter sido parte importante do time. Cometi erros que no Barça não são aceitáveis, porque o nível é muito alto.”

  • Jack Grealish West Ham Manchester City 2025Getty Images Sport

    4Jack Grealish (Manchester City, £ 100 milhões)

    Grealish segue sendo a contratação mais cara da carreira de Guardiola e, no balanço geral, entregou apenas uma boa temporada em quatro anos no Etihad.

    Foi, de fato, uma grande temporada (a da tríplice coroa de 2023), na qual se adaptou a um papel específico desenhado por Guardiola: segurar a bola, manter-se aberto pela ponta e permitir que o time se reorganizasse. A comissão técnica chegou a chamá-lo de “estação de descanso”. Um rótulo pouco glamouroso para quem, no Aston Villa, era visto como o típico “craque de rua”, mas, segundo o próprio técnico, “sem Jack, a tríplice coroa não teria sido possível”.

    O problema foi o pós-título. A comemoração pela Champions League incluiu tanto álcool que Kyle Walker precisou ampará-lo em Ibiza, e as imagens de suas festas no desfile de troféus viralizaram. O ritmo de festas praticamente não parou naquele verão europeu. Guardiola tolera descontração ocasional, mas a imagem de Grealish em festa permanente certamente incomodou.

    O resultado foi queda de rendimento: apenas 10 jogos como titular na liga na temporada seguinte, nenhum gol marcado em 2024 e, no último ano, apenas 11 partidas somando Premier League e Champions, sendo reserva não utilizado na final da Copa da Inglaterra.

    Sai do City com 17 gols e 23 assistências em 157 jogos, números inferiores aos que produziu no Villa. A sensação é de que, financeiramente, foi um dos piores investimentos da era Guardiola, mesmo mantendo carinho da torcida pelo seu jeito irreverente.

  • Kalvin Phillips Manchester City 2022-23Getty

    3Kalvin Phillips (Manchester City, £ 42 milhões)

    Quando Phillips chegou em 2022, a contratação parecia lógica: formado por Marcelo Bielsa, referência para Guardiola, e destaque da Inglaterra vice-campeã da Euro 2021.

    Mas o início foi ruim. Em amistoso contra o Barcelona, lesionou o ombro e precisou passar por cirurgia. Depois, Guardiola criticou publicamente sua forma física ao afirmar que o jogador voltou “acima do peso” da Copa do Mundo do Catar. O técnico chegou a deixá-lo fora até mesmo de partidas em que poupou quase todo o elenco, como na semifinal da Copa da Inglaterra contra o Sheffield United.

    Nem mesmo a suspensão de três jogos de Rodri, no ano seguinte, abriu espaço para ele. Phillips acabou emprestado ao West Ham e depois ao Ipswich Town, somando apenas seis partidas como titular pelo City, com três derrotas.

  • Benjamin Mendy Manchester City 2019-20Getty Images

    2Benjamin Mendy (Manchester City, £ 52 milhões)

    Após uma primeira temporada sem títulos, Guardiola investiu pesado. Foram cerca de £250 milhões, dando prioridade a reforços para as laterais. Mendy chegou do Monaco por um valor recorde para defensores na época.

    Ele havia brilhado na campanha do título francês e na Champions League, eliminando o próprio City. Mas, semanas depois de estrear, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho e ficou sete meses afastado.

    Ao voltar, não convenceu Guardiola e teve sua postura questionada, como quando chegou três horas atrasado a um treino após assistir a uma luta de Anthony Joshua. Em 2018, passou por nova cirurgia no joelho e, mesmo recuperado, nunca foi titular absoluto.

    Em setembro de 2021, foi suspenso pelo clube após ser acusado de múltiplos casos de estupro. Mais tarde, foi absolvido de todas as acusações e venceu um processo contra o City por salários não pagos durante a suspensão. Deixou o clube em 2023, passou por Lorient e FC Zurich, e está sem clube desde maio de 2025.

  • Ibrahimovic GuardiolaGetty

    1Zlatan Ibrahimovic (Barcelona, £ 59 milhões)

    Ibrahimovic tinha a confiança e a estrela para brilhar no lendário Barcelona de Guardiola e, no início, correspondeu: 10 gols nos primeiros quatro meses, incluindo o da vitória sobre o Real Madrid.

    Mas não demorou para o ego do sueco colidir com a filosofia do treinador a quem chamou de “idiota” em sua autobiografia Eu, Zlatan. O estopim veio quando Messi pediu para jogar centralizado, deixando Ibra isolado. O atacante relembrou: “A bola passava pelo Messi e eu não conseguia fazer meu jogo. Preciso ser livre em campo. Guardiola me sacrificou. Essa é a verdade.”

    A relação azedou de vez após a eliminação para a Inter de Milão na semifinal da Champions, quando o sueco gritou: “Vá para o inferno!” para Guardiola. Logo depois, foi emprestado ao Milan, que o comprou por £20 milhões, quase £40 milhões a menos do que o Barça havia investido. Para piorar, Samuel Eto’o, incluído no negócio que levou Ibra à Catalunha, conquistou a tríplice coroa com a Inter.

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