O Bayern de Munique apoiaria um treinador que perdeu seis dos últimos nove jogos da liga na temporada passada? E o Borussia Dortmund? E clubes italianos como Juventus, Inter ou Milan manteriam um técnico que sofreu a primeira derrota do clube para um time da quarta divisão e depois perdeu três de seus seis jogos na liga, incluindo humilhações contra rivais locais? A resposta é clara: não.
Agora, vamos falar dos torcedores. Os fãs de qualquer um desses clubes europeus de elite se abstiveriam de pedir a demissão de um treinador em crise? Certamente não. E estariam cantando o nome dele a cada partida ou exibindo faixas de apoio em casa e fora? Nem pensar. Muito provavelmente, boicotariam jogos como forma de protesto ou até invadiriam campos de treino para confrontar o técnico e os jogadores.
O fato de os torcedores do Manchester United ainda apoiarem seu treinador, pelo menos durante os jogos, está ligado em grande parte ao legado de Sir Alex Ferguson, que comandou o clube por 27 temporadas, e à relutância em passar por uma troca interminável de técnicos. Quando Ferguson encerrou seu glorioso reinado em 2013, pediu aos fiéis de Old Trafford que "apoiassem o novo treinador" — e é exatamente isso que eles vêm fazendo, desde a gestão desastrosa de David Moyes, passando pelo futebol metronômico de Louis van Gaal, pelas mudanças de humor de Jose Mourinho, até as várias goleadas sob o comando de Ole Gunnar Solskjaer e Erik ten Hag.
Mas por que Sir Jim Ratcliffe — um homem que não hesitou em demitir 450 funcionários e cortou almoços gratuitos para os trabalhadores — continua mantendo a fé em Rúben Amorim? A GOAL tenta explicar o enigma enfrentado pelo co-proprietário do United.
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