- Entrosamento de Vini Jr e Mbappé é analisado
- Valdano acredita que eles exageram para escapar da crítica
- Incentivou o Real Madrid a focar em marcar gols
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A chegada de Mbappé ao Real Madrid vindo do Paris Saint-Germain no meio do ano gerou enorme expectativa. No entanto, o atacante francês precisou se adaptar a uma nova função como centroavante, já que Vinícius Júnior segue absoluto na ponta esquerda. Depois de um começo complicado na capital espanhola, o campeão mundial de 2018 foi se ajustando à nova posição. Com o tempo, também desenvolveu uma sintonia maior com o companheiro brasileiro, mas a dupla segue sob os holofotes, em meio a especulações sobre a relação que mantêm fora de campo.
Getty Images SportMbappé e Vinícius foram criticados após atuações discretas no jogo de ida das oitavas de final da Champions League contra o Atlético de Madrid, onde nenhum dos dois conseguiu fazer a diferença. No entanto, o ex-jogador e ex-treinador do Real Madrid, Jorge Valdano, acredita que a tendência natural de ambos em buscar o gol pode, às vezes, atrapalhar a conexão entre eles em campo – e que isso não tem relação com o convívio no vestiário.
Em entrevista ao El Tercer Tiempo, da Movistar, Valdano comentou: "São dois jogadores que têm mais afinidade com o gol adversário do que com a construção do jogo, com a troca de passes. Criticam que eles não se encontram em campo, mas isso está ligado às características de cada um. São dois grandes velocistas e têm o gol como principal obsessão."
Curiosamente, ele apontou que, em alguns momentos, os dois tentam compensar essa falta de conexão buscando um ao outro de forma forçada, mesmo quando a melhor opção seria finalizar.
"Além disso, às vezes tenho a impressão de que exageram ao tentar se encontrar, mesmo quando a jogada pede um chute em vez de um passe", continuou. "Na verdade, parece que, para não serem criticados, acabam procurando um ao outro mais do que deveriam."
Valdano, que já trabalhou com alguns dos maiores atacantes da história, comparou Mbappé e Vinícius aos lendários brasileiros Ronaldo Fenômeno e Romário. Ele destacou que certos tipos de jogadores de ataque brilham quando têm liberdade para focar exclusivamente em marcar gols, sem a exigência de participar ativamente da construção das jogadas.
"Também dizem que Vinícius e Mbappé não correm o suficiente, mas é impossível para jogadores como eles manterem esforços de resistência constantes", afirmou. "Treinei Romário e trabalhei com Ronaldo no Real Madrid, e fazer com que corressem o tempo todo era como tortura chinesa. Simplesmente não conseguiam. Além disso, se você colocasse um treino de posse de bola, eles ignoravam completamente. Agora, bastava colocar um gol em jogo, e eles se tornavam os melhores do mundo. É preciso explorar aquilo pelo qual foram contratados."
Valdano também minimizou as especulações sobre a relação pessoal entre Mbappé e Vinícius, argumentando que a amizade fora de campo não tem impacto direto na sintonia dentro das quatro linhas.
"Dizer que eles não se procuram porque não são amigos o suficiente não faz sentido", rebateu. "Não sigo essa linha de raciocínio. Não sei o nível de cumplicidade que têm fora de campo, mas a verdade é que amizade não é uma exigência no vestiário. Já vi jogadores que mal se falavam, mas dentro de campo se entendiam perfeitamente porque havia uma conexão futebolística."
GettyMbappé e Vinícius estarão sob pressão para decidir quando o Real Madrid enfrentar o Atlético de Madrid no jogo de volta, nesta quarta-feira (12), no Estádio Metropolitano. Um simples empate garantirá a classificação merengue para as quartas de final da Liga dos Campeões, após a vitória por 2 a 1 no jogo de ida.