Guia do Mundial de Clubes 2025: os jogadores, os treinadores, os times-base e o que esperar de cada equipe do torneio da Fifa

As 32 equipes participantes foram divididas em oito grupos com quatro times cada. Dentro de cada grupo, as equipes se enfrentarão em partidas únicas, ou seja, na fase de grupos, Botafogo, Fluminense, Flamengo, Palmeiras e todas as demais disputam três jogos cada.

Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam às oitavas de final, enquanto os terceiros e quartos estarão eliminados. Em caso de empate em número de pontos, o principal critério de desempate será o saldo de gols.

A partir das oitavas de final, todos os confrontos — inclusive quartas de final, semifinais e final — serão disputados em partida única. Não haverá decisão de terceiro lugar.

O Mundial de Clubes terá início oficialmente na noite de sábado (14). A partida de abertura acontece às 21h (horário de Brasília), entre o Al Ahly, do Egito, e o Inter Miami, dos Estados Unidos — time de Lionel Messi e Luis Suárez.

A fase de grupos se encerra no dia 26 de junho, quinta-feira, com a última rodada do Grupo H: Al Hilal x Pachuca e Salzburg x Real Madrid rolando às 22h. As oitavas de final começam no sábado, 28 de junho, e terminam no dia 1º de julho. As quartas de final serão disputadas entre sexta-feira, 4, e sábado, 5 de julho. Já as semifinais estão marcadas para as tardes de terça-feira, 8, e quarta-feira, 9 de julho, com início às 16h.

A grande final será realizada no domingo, 13 de julho, também às 16h, e definirá o campeão da primeira edição do Mundial de Clubes com 32 participantes.

CONFIRA OS GRUPOS E O CHAVEAMENTO DO MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA 2025

Já temos um brasileiro no primeiro grupo. O Palmeiras terá pela frente o Al Ahly, do Egito, o Inter Miami, dos Estados Unidos, e o Porto, de Portugal, em seus três primeiros compromissos no grupo A. Além da expectativa por ver o time de Abel Ferreira em campo, o torcedor brasileiro, com certeza, estará curioso para ver como jogarão Lionel Messi, Luis Suárez e companhia pelos anfitriões, que garantiram a vaga ao vencer a MLS Supporters' Shield de 2024, troféu entregue à melhor equipe da temporada regular da liga.

No papel, o Verdão disputa com o Porto o favoritismo pela liderança do grupo. O time português busca redenção após uma temporada conturbada, tanto em competições nacionais quanto na Liga Europa, onde foi eliminado pela Roma. A classificação para o Mundial veio por meio do coeficiente no ranking da UEFA. O clube paulista vem sendo uma das forças mais consistentes da América do Sul nos últimos anos e se garantiu no torneio pelo título da Libertadores de 2021, enquanto o Al Ahly, presente no torneio graças aos títulos da Champions League da África em 2020/21, 2022/23 e 2023/24, aparece em busca de surpreender em uma classificação.

Uma equipe em busca de identidade. A era Villas-Boas ainda não rendeu bons frutos: o primeiro ano após a saída de Sérgio Conceição teve como único alento a conquista da Supertaça, magra compensação numa temporada em que os Dragões terminaram o Campeonato Português em terceiro lugar, 11 pontos atrás do campeão Sporting. Na Liga Europa, a campanha foi ainda mais frustrante, com eliminação nos playoffs diante da Roma. O clube viveu momentos de instabilidade, inclusive com mudança de comando: Vítor Bruno, ex-auxiliar de Conceição, assumiu sob críticas e foi substituído pelo argentino Martín Anselmi, que vive sua primeira experiência na Europa. O Mundial de Clubes surge como uma chance de reabilitação.

O TREINADOR – Martín Anselmi. Prestes a completar 40 anos (em 11 de julho), o argentino de Rosário — mesma cidade natal de Lionel Messi, Marcelo Bielsa e Tata Martino — nunca havia treinado um time europeu. Seu grande feito foi com o Independiente del Valle, que levou à conquista da Copa Sul-Americana e da Recopa entre 2022 e 2023. Para contratá-lo, o Porto travou uma disputa judicial com o Cruz Azul, do México.

A ESTRELA– Samu Aghehowa. Samuel Omorodion Aghehowa. O centroavante espanhol de 21 anos, com raízes nigerianas, foi cobiçado por metade da Europa — Inter de Milão, Roma, Napoli e Chelsea, entre outros. Acabou emprestado pelo Atlético de Madrid ao Porto, após passagem pelo Alavés. Foi um dos destaques da temporada, com 25 gols no total, 19 deles no campeonato.

O NOME PARA FICAR DE OLHO– Rodrigo Mora. Nascido em 2007, completou 18 anos em maio e já atrai os olhares do mercado internacional. Em sua primeira temporada como profissional, marcou 10 gols no campeonato. Meia-atacante veloz e habilidoso, com menos de 1,70m, se destaca pela capacidade no drible e pela personalidade dentro de campo.

TIME-BASE (3-4-2-1): Diogo Costa; Perez, Zé Pedro e Marcano; João Mário, Varela, Eustáquio e Francisco Moura; Rodrigo Mora e Pepê; Samu Aghehowa. Técnico: Martín Anselmi

Um dos líderes do futebol brasileiro nos últimos anos. Entre 2020 e 2024, venceu duas vezes a Libertadores e duas vezes o Campeonato Brasileiro. Em 2024, terminou o Brasileirão em segundo lugar, atrás do campeão Botafogo, e segue firme na briga por todos os títulos em 2025. Suas categorias de base são referência: revelaram Endrick, hoje no Real Madrid, e têm como próximo destaque Estevão, já contratado pelo Chelsea, que fará sua última dança com o Verdão no Mundial. O elenco conta ainda com nomes como Vitor Roque, Felipe Anderson, Gustavo Gómez e outros jogadores que escreveram suas histórias em São Paulo ou pelo mundo.

O TREINADOR – Abel Ferreira. Técnico mais longevo em atividade no Brasil. Português de 47 anos, teve carreira discreta como jogador e iniciou como treinador na equipe B do Sporting. Passou por Braga e PAOK até atingir o auge no Palmeiras. Foi cotado para assumir a seleção brasileira antes da escolha por Carlo Ancelotti.

A ESTRELA - Estevão. O "Messinho", que acabou de fazer 18 anos, é uma das principais armas de fogo do Palmeiras. Não é surpresa para quem acompanha o futebol brasileiro sobre o que é capaz de fazer, tendo uma canhota afiada e um estilo parecido com Lionel Messi, justificando o apelido. Na próxima temporada, partirá para o Chelsea.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Paulinho. Embora não seja centroavante clássico, foi artilheiro do Brasileirão 2023 pelo Atlético-MG. Aos 25 anos, ex-Bayer Leverkusen, sofreu grave lesão no joelho, mas foi contratado mesmo assim. Está em fase final de recuperação, e a expectativa é sobre como retornará.

TIME-BASE (4-3-3):Weverton; Giay, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Emiliano Martínez, Richard Ríos e Felipe Anderson; Estêvão, Vitor Roque e Facundo Torres. Técnico: Abel Ferreira

Maior campeão do Egito e da África, e um dos clubes mais vencedores do mundo, chega ao Mundial como azarão no grupo A. No entanto, vive grande fase: venceu as últimas três edições do Campeonato Egípcio (a mais recente em maio) e conquistou duas Ligas dos Campeões da África nos últimos três anos. São 44 títulos nacionais, recorde absoluto no país. Na Copa Intercontinental, em dezembro, caiu na segunda partida diante do Pachuca.

O TREINADOR – José Riveiro. Espanhol de 49 anos, estreia no comando do Al Ahly no Mundial. Fez carreira principalmente na Finlândia e passou três anos no Orlando Pirates, da África do Sul. Substitui Marcel Koller, demitido após eliminação na Champions Africana. O título nacional foi conquistado sob o comando do interino Emad El Nahhas.

A ESTRELA – Emam Ashour. Meio-campista de 27 anos com impressionantes números ofensivos: foram 13 gols na liga e 5 na Champions Africana em 2024/25. Completo, é a principal referência técnica da equipe.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Wessam Abou Ali. Atacante de 26 anos, nascido na Dinamarca e naturalizado palestino. É o centroavante da equipe e foi o artilheiro da fase decisiva da Champions Africana, com 8 gols.

TIME-BASE (4-3-3): El Shenawy; Hany, Ibrahim, Al Aash e Koka; El Soleya, Ashour e Attia; Mohamed, Abou Ali e Bencharki. Técnico: José Riveiro

O clube mais midiático da MLS chega ao Mundial pressionado. Mesmo com Messi, Suárez, Sergio Busquets e Jordi Alba, 2025 tem sido um ano difícil. A equipe comandada por Javier Mascherano ainda luta por vaga nos playoffs da MLS e está longe da regularidade de 2024, quando foi líder da Conferência Leste. Na Liga dos Campeões da CONCACAF, a campanha terminou de forma amarga com eliminação nas semifinais para o Vancouver Whitecaps.

O TREINADOR – Javier Mascherano. Completou 41 anos em junho. Ex-volante do Barcelona, iniciou carreira como técnico nas categorias de base da Argentina e comandou a seleção sub-23 nas Olimpíadas de Paris 2024. Em novembro do ano passado, assumiu o Inter Miami no lugar de Gerardo Martino.

A ESTRELA – Lionel Messi. Dispensa apresentações. Mesmo longe do auge físico, ainda é o cérebro e o coração do time. Em 2024, marcou 21 gols no campeonato estadunidense e continua sendo o principal nome do Inter Miami.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Benjamin Cremaschi. Com 20 anos, é uma das promessas mais interessantes da MLS. Meio-campista moderno, atua de área a área (o chamado box-to-box) e tem dupla nacionalidade (estadunidense e argentina). Já é observado pelas seleções de base dos EUA.

TIME-BASE (4-4-2): Ustari; Fray, Luján, Allen, Jordi Alba; Segovia, Bright, Busquets, Allende; Messi, Suárez. Técnico: Javier Mascherano.

Chegamos no Grupo B e, desta vez, é hora de analisar o Botafogo e seus concorrentes. O Glorioso não terá vida fácil, já que encara o PSG, campeão da Champions League e da França, o Atlético de Madrid, da Espanha, e o Seattle Sounders, um dos clubes anfitriões.

No papel, as duas equipes que parecem mais qualificadas para avançar às oitavas de final são justamente PSG e Atlético, favoritos para superar a primeira fase. Ambos foram classificados graças ao ranking da UEFA - e os franceses já estão no Mundial de Clubes de 2029, com o título da Champions de 2024/25. No entanto, conhecemos o poder do Botafogo, atual rei da América do Sul após a conquista da Libertadores de 2024. O Seattle Sounders, zebra do grupo, garantiu vaga no torneio ao vencer a Champions League da Concacaf em 2022.

O PSG se prepara para estrear no primeiro Mundial de Clubes com 32 equipes após ter encerrado uma temporada inesquecível com a conquista da primeira Champions League da sua história, ao golear a Inter de Milão na final por 5 a 0. Os franceses, antes do triunfo em Munique, fizeram uma temporada simplesmente perfeita, coroada por uma verdadeira coleção de troféus em âmbito nacional: Campeonato, Copa e Supercopa da França.

O TREINADOR– Luis Enrique. O técnico espanhol, que acaba de completar 55 anos, está em sua segunda temporada em Paris. Sua chegada ao comando técnico marcou uma mudança de direção no projeto do clube: fim das superestrelas e dos gastos exorbitantes, e espaço para jovens promessas de puro talento que fazem do PSG uma das equipes mais encantadoras e intrigantes do futebol mundial. O time parisiense joga um futebol ofensivo e envolvente, aliado a uma defesa sólida. Um projeto técnico brilhante para um elenco com média de idade de 24 anos, número que impressiona e indica grande margem de crescimento. Após dominar o futebol francês por dois anos consecutivos, o treinador espanhol conquistou seu segundo triplete — o primeiro foi com o Barcelona em 2014/15 — ao vencer também a Champions League.

A ESTRELA– Ousmane Dembélé. Sob o comando de Luis Enrique, o atacante francês teve uma explosão definitiva. Nascido em 1997, viveu a melhor temporada da carreira e se transformou em uma máquina de gols: o ex-Barcelona é hoje a principal arma ofensiva do PSG e estará na briga pela Bola de Ouro de 2025. Seus números falam por si: 33 gols e 15 assistências em todas as competições.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Desiré Doué. O talentoso jovem nascido em 2005 chegou ao PSG no meio do ano passado, vindo do Rennes. Com habilidade técnica acima da média, Doué é um jogador versátil que atua nas duas pontas do ataque, sendo escalado preferencialmente com o pé trocado. Dono de um talento refinado, já faz parte do grupo principal da seleção francesa de Didier Deschamps. Foi o grande destaque da final da Champions contra a Inter de Milão: marcou dois gols e deu uma assistência na vitória por 5 a 0.

TIME-BASE (4-3-3) – Donnarumma; Hakimi, Marquinhos, Pacho e Nuno Mendes; João Neves, Vitinha e Fabián Ruiz; Doué, Dembélé e Kvaratskhelia. Técnico: Luis Enrique.

O Mundial de Clubes representa a última chance para o Atlético de Madrid terminar a temporada 2024/25 com ao menos um título. Após um início promissor, a campanha dos Colchoneros perdeu força: terceiro lugar em LaLiga, atrás do Real Madrid e a 12 pontos do campeão Barcelona; eliminação na semifinal da Copa do Rei e nas oitavas da Champions, justamente diante do Real.

O TREINADOR – Diego Simeone. O técnico argentino, que completou 55 anos em 28 de abril, é uma lenda viva do Atlético de Madrid. Comanda a equipe há 14 anos e já conquistou oito troféus, incluindo dois Campeonatos Espanhóis e duas Europa Leagues. Também levantou duas Supercopas da Europa, uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha.

A ESTRELA– Julián Álvarez. O grande destaque do time é o atacante argentino, que chegou do Manchester City na última janela do meio do ano. Em sua primeira temporada em Madri, marcou 29 gols em 54 jogos por todas as competições. Uma contratação extremamente acertada.

O NOME PARA FICAR DE OLHO– Giuliano Simeone. Atacante nascido em 2002, é filho do técnico Diego Simeone e irmão de Giovanni, campeão italiano com o Napoli. Giuliano também atua pela ponta direita e tornou-se peça importante no elenco dos Colchoneros: fez 47 jogos, com 5 gols e 8 assistências nesta temporada 2024/25.

TIME-BASE (4-4-2) – Oblak; Llorente, Le Normand, Lenglet e Reinildo; Simeone, De Paul, Barrios e Samuel Lino; Griezmann e Álvarez. Técnico: Diego Simeone.

Embora não seja favorito, o Botafogo deixa o Grupo B do Mundial de Clubes ainda mais interessante. Atual campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, o time comandado por Renato Paiva chega para o torneio reencontrando o bom futebol que finalizou o ano de 2024 ao conquistar a Glória Eterna, vencendo o Atlético-MG por 3 a 1 com um homem a menos desde o segundo minuto de partida. Foi o primeiro título continental da história do clube. Isso sem falar, claro, também do título brasileiro do ano passado. Embora tenha sofrido com saídas de pilares neste ano, o Fogão foi um dos clubes que mais investiu no mercado para o Mundial, contratando nomes como Arthur Cabral e Joaquín Correa — resta saber se ambos começarão como titulares.

O TREINADOR – Renato Paiva. O Botafogo venceu a Libertadores sob comando de Artur Jorge, mas desde 28 de fevereiro é treinado por Renato Paiva. O também português iniciou a carreira nas categorias de base do Benfica e passou por Independiente del Valle (EQU), León e Toluca (MEX), além do Bahia. Desde o início de 2025, é o treinador do Botafogo.

A ESTRELA – Jefferson Savarino. O camisa 10 venezuelano, nascido em 1996, é o jogador mais criativo e habilidoso do elenco. Baixinho e dono de excelente técnica, atua tanto como meia ofensivo quanto pelas pontas. Desde que chegou ao clube, em janeiro de 2024, acumula 17 gols e 17 assistências em 72 jogos.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Igor Jesus. O centroavante nascido em 2001 chegou ao Botafogo no meio de 2024 após quatro temporadas nos Emirados Árabes, pelo Shabab Al Ahli. Seu talento chamou a atenção de Dorival Júnior, ex-técnico da seleção brasileira, que o convocou ao final do ano passado. Após o Mundial, seguirá para o Nottingham Forest, da Premier League.

TIME-BASE (4-3-3) – John; Vitinho, Jair, Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas e Savarino; Artur, Igor Jesus e Cuiabano. Técnico: Renato Paiva.

O Inter Miami não é o único representante dos Estados Unidos no Mundial de Clubes, que será disputado justamente no território norte-americano. O Seattle Sounders também estará presente, após garantir sua vaga com o título da Liga dos Campeões da CONCACAF em 2022, quando venceram o Pumas na final. Com isso, quebraram um jejum que durava desde 2000, ano da última conquista continental de um time dos EUA.

O TREINADOR– Brian Schmetzer. O técnico americano é uma verdadeira lenda dos Sounders. Ex-atacante do clube, iniciou sua carreira de treinador em Seattle e está no comando desde 2016. No período, conquistou dois títulos da MLS e uma Liga dos Campeões da CONCACAF.

A ESTRELA– Albert Rusnák. O meia eslovaco, com 7 gols em 38 jogos pela seleção nacional, é o líder técnico do time. Versátil, pode atuar também como ponta esquerda ou falso 9. Na primeira metade de 2025, é o artilheiro dos Sounders com 8 gols somando MLS e Champions da CONCACAF.

O NOME PARA FICAR DE OLHO– Obed Vargas. Um dos jovens mais promissores da equipe, Vargas é meio-campista nascido em 2005, nos Estados Unidos, com nacionalidade mexicana. Estreou na MLS com apenas 16 anos e, ao optar por representar o México, foi convocado para a seleção principal, estreando em 15 de outubro contra os EUA.

TIME-BASE (4-2-3-1) – Frei; Alex Roldan, Gomez, Kim e Tolo; Vargas e Cristian Roldan; De la Vega, Rusnák e Kent; Ferreira. Técnico: Schmetzer.

Entre as equipes do Grupo C, os holofotes estão obviamente voltados para o Bayern de Munique. Os bávaros representarão a Europa no grupo ao lado dos portugueses do Benfica. Tanto os alemães quanto os lusitanos garantiram vaga no Mundial graças às respectivas posições no ranking da UEFA (1º e 5º lugar).

As outras duas equipes do grupo são o Boca Juniors e o Auckland City. Os Xeneizes se classificaram graças à posição favorável no ranking da Conmebol, enquanto os neozelandeses foram os primeiros colocados no ranking da OFC entre os campeões da Liga dos Campeões da Oceania. Como o torneio foi cancelado, a vaga foi atribuída ao clube mais bem colocado no ranking quadrienal da OFC entre os campeões entre 2022 e 2024.

Se o Bayern é o grande favorito do grupo, o Auckland City tem uma verdadeira missão impossível para tentar chegar às oitavas. A disputa pelo segundo lugar, no papel, deve ser marcada por um duelo entre Benfica e Boca Juniors, com os portugueses largando em vantagem.

Depois de um ano de jejum (uma eternidade para os padrões do clube), o Bayern de Munique voltou a sentar no trono da Alemanha ao dominar a Bundesliga. Os bávaros simplesmente atropelaram a concorrência e fecharam o campeonato com 13 pontos de vantagem sobre o Bayer Leverkusen, campeão um ano antes. A campanha na Champions League foi menos positiva: o Bayern foi eliminado nas quartas de final pela Inter de Milão. No entanto, para o Mundial de Clubes, os alemães chegam com vários jogadores abaixo do auge: Neuer e Musiala retornaram recentemente de lesões e não estarão em plena forma, enquanto Upamecano e Davies já encerraram suas temporadas.

O TREINADOR– Vincent Kompany. O belga de 39 anos cumpriu o objetivo logo em sua primeira temporada no comando do Bayern. O foco principal era voltar a vencer o campeonato nacional e chegar longe na Champions League. A missão foi plenamente cumprida na Bundesliga, mas a campanha europeia deixou frustrações, em especial pela onda de lesões que afetou o time no momento decisivo.

A ESTRELA – Harry Kane. Com Musiala longe da melhor forma, todos os holofotes se voltam para Harry Kane, que enfim conquistou o primeiro troféu de sua carreira. O centroavante inglês foi o dono da Bundesliga: marcou 26 gols e terminou como artilheiro do torneio. É natural que se espere mais uma atuação de protagonismo.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Adam Aznou. O lateral esquerdo nascido em 2006 é marroquino, mas nasceu na Espanha. É um dos jovens mais promissores do Bayern, com potencial altíssimo. Não está descartado que ele dispute a titularidade com Guerreiro ao longo do torneio.

TIME-BASE (4-2-3-1) – Neuer; Boey, Stanisic, Kim e Guerreiro; Kimmich e Pavlovic; Olise, Müller e Coman; Kane. Técnico: Kompany.

O Benfica vê no Mundial de Clubes a chance de se recuperar após uma temporada bastante complicada. O ano começou com a demissão de Roger Schmidt e a chegada de Bruno Lage. Sob o comando do português, as Águias acabaram derrotadas pelo Sporting na luta pelo título nacional. Na Champions, o time caiu nas oitavas de final diante do Barcelona. A única conquista foi a Taça da Liga, o que parece pouco para considerar o ano positivo. O Mundial, portanto, representa uma boa oportunidade de redenção para o Benfica, que se classificou graças ao seu posicionamento no ranking da UEFA — o mesmo critério que garantiu vaga ao Porto.

O TREINADOR– Bruno Lage. O técnico português assumiu o comando em 5 de setembro, substituindo Schmidt. Trata-se de um retorno: Lage já havia treinado o Benfica na temporada 2018/19, quando venceu o campeonato português. No ano seguinte, porém, se demitiu após conquistar apenas a Supertaça.

A ESTRELA – Vangelis Pavlidis. Com a saída de Ángel Di María de volta para a Argentina, os holofotes se voltam inevitavelmente para o atacante grego. Em sua primeira temporada no Benfica, vindo do AZ Alkmaar, o jogador de 1998 impressionou com 29 gols e 12 assistências, sendo 19 desses gols no campeonato nacional e 7 na Champions League.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Florentino Luis. O meio-campista português, nascido em 1999, é um dos nomes mais promissores revelados recentemente pelo Benfica. Atua como primeiro volante, protegendo a defesa, mas também tem boa qualidade na saída de bola. Fiorentina e Napoli já demonstraram interesse, e a tendência é que surjam mais interessados.

TIME-BASE (4-3-3) – Trubin; Araujo, António Silva, Otamendi e Carreras; Aursnes, Florentino Luis e Kokçu; Bruma, Pavlidis e Aktürkoğlu. Técnico: Bruno Lage.

Entre os 32 clubes participantes do Mundial de Clubes 2025, chama atenção a presença de um dos gigantes históricos do futebol sul-americano: o Boca Juniors. Os Xeneizes garantiram vaga no torneio graças à posição no ranking da Conmebol, o mesmo critério que também favoreceu o River Plate. O Boca já disputou o Mundial de Clubes em 2007, ainda no antigo formato com sete equipes, e perdeu a final por 4 a 2 para o Milan, campeão europeu daquela temporada.

O TREINADOR– Mariano Herrón. Técnico interino, Herrón assumiu o comando no último dia 30 de abril após a demissão de Fernando Gago, que caiu depois da derrota no Superclássico contra o River. Sob o comando de Herrón, o Boca disputou três partidas: venceu o Lanús nos pênaltis, empatou com o Tigre e perdeu para o Independiente.

A ESTRELA– Edinson Cavani. Aos 38 anos e lidando com uma lesão na panturrilha que o atrapalhou no último mês, o uruguaio ainda é o jogador mais experiente e respeitado do elenco. Chegou ao Boca em meados de 2023 e já soma 27 gols em 65 partidas com a camisa azul e amarela.

O NOME PARA FICAR DE OLHO– Camilo Rey Domenech. Meio-campista argentino nascido em 2006, já estreou como profissional sob o comando de Gago e acumula 7 partidas. Com grande visão de jogo e qualidade técnica, é considerado a maior joia da base do Boca. O clube já inseriu uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros em seu contrato, válido até dezembro de 2029.

TIME-BASE (4-3-1-2) – Marchesín; Advíncula, Battaglia, Rojo e Blanco; Zenón, Delgado e Belmonte; Palacios; Cavani e Merentiel. Técnico: Herrón.

O único representante da Oceania no Mundial de Clubes será o Auckland City, que se classificou como líder do ranking da OFC entre os campeões da Champions League do continente. O time da Nova Zelândia venceu a competição nos últimos quatro anos consecutivos e segue como a principal força da Oceania no futebol atual.

O TREINADOR – Paul Posa. O treinador interino de 63 anos assumiu o comando da equipe no dia 20 de janeiro e trouxe resultados positivos: desde então, são sete vitórias, um empate e apenas uma derrota.

A ESTRELA– Dylan Manickum. Camisa 10 da equipe, é um dos jogadores mais experientes e habilidosos do elenco. Aos 32 anos, soma 47 gols em 147 partidas e será o principal líder técnico do Auckland em um grupo extremamente difícil.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Myer Bevan. O atacante neozelandês de 28 anos já marcou sete gols nesta temporada e soma 34 em 45 partidas desde que chegou ao clube mais vitorioso da Nova Zelândia.

TIME-BASE (4-4-2) – Tracey; Ilich, Grey, Mitchell, Lobo; Lagos, Garriga, Manickum, Zhou; Kilkolly, Bevan. Técnico: Posa.

O último grupo a ser de fato definido. Isso porque, inicialmente, ele também incluía o León, que foi excluído por conta das regras que proíbem multipropriedades: o clube mexicano pertence ao Grupo Pachuca, que também controla o Pachuca. Seu lugar foi então ocupado pelo Los Angeles FC, que venceu o Club América-MEX no playoff organizado para decidir quem ficaria com a última vaga no torneio.

O favorito do Grupo D é o Chelsea que, recém-campeão da Conference League, é, por estrutura e calibre, a equipe mais forte da chave. Enzo Maresca conta com um elenco sólido, que fez uma ótima temporada também na Premier League, com um quarto lugar que garantiu a volta à próxima edição da Champions League.

Muito aguardado também, não só pelos brasileiros, mas pelo mundo todo, está o Flamengo. Em boa fase no Brasileirão e nas oitavas de final da Libertadores, o time de Filipe Luís chega à competição com jogadores de altíssimo nível e a convicção de que tem condições de garantir uma das duas vagas nas oitavas de final.

Correndo por fora está o Espérance, da Tunísia, que venceu recentemente seu segundo campeonato tunisiano consecutivo e carimbou a classificação para o Mundial graças ao primeiro lugar no ranking da CAF.

Depois de temporadas marcadas por grandes investimentos e resultados decepcionantes, o Chelsea voltou a ter um papel de protagonista. Até o início de 2025, parecia ter força suficiente para brigar pelo título da Premier League, mas o desempenho caiu na reta final e o time acabou em quarto lugar — o que, de todo modo, garantiu o retorno à Champions League. O clube londrino chega ao Mundial de Clubes motivado pela conquista da Conference League, com a vitória sobre o Real Betis na final. Os Blues se tornaram o primeiro time europeu a vencer todas as competições da UEFA. O Chelsea é o grande favorito ao primeiro lugar do grupo.

O TREINADOR – Enzo Maresca. Chegou ao comando do Chelsea no meio do ano passado, após conquistar a Segunda Divisão Inglesa com o Leicester. Pode ter demorado a conquistar a torcida, mas os bons resultados e um estilo de jogo baseado na posse de bola mudaram esse cenário. Em sua primeira temporada como técnico principal na Premier League, foi um dos treinadores mais elogiados da competição.

A ESTRELA – Cole Palmer. Com apenas 23 anos, já é considerado um dos melhores jogadores da Europa. O Chelsea desembolsou 47 milhões de euros (R$ 302 milhões) ao Manchester City em 2023 para contratá-lo, e o investimento se pagou rapidamente. Palmer virou peça-chave da equipe, se destacando como um dos meio-campistas mais versáteis e também mais decisivos da Premier League. Terminou a última temporada com 15 gols em 37 jogos e já é nome constante na seleção inglesa.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Noni Madueke. Ponta canhoto que atua preferencialmente pela direita, buscando a jogada individual e o chute. Chegou ao Chelsea em janeiro de 2023, vindo do PSV por 35 milhões de euros (R$ 224 milhões), e desde então se firmou como um dos destaques do elenco. Rápido, forte e ótimo no drible, terminou a temporada com 11 gols em 41 partidas e é uma das promessas que a Inglaterra aposta para renovar sua seleção.

TIME-BASE (4-2-3-1): Sanchez; James, Adarabioyo, Colwill e Cucurella; Caicedo e Enzo Fernández; Madueke, Palmer e Sancho; Nkunku. Técnico: Enzo Maresca

O Flamengo garantiu sua vaga no Mundial de Clubes ao conquistar a Copa Libertadores de 2022. É um dos clubes mais populares do planeta e também terá grande apoio de torcedores nos Estados Unidos. Entra em campo ciente de que tem elenco e força suficientes para avançar no grupo. Além disso, leva uma vantagem importante: diferentemente das ligas europeias, o Campeonato Brasileiro ainda está em andamento, o que significa que o time está em plena forma física.

O TREINADOR – Filipe Luís. Um técnico ainda jovem, mas que já coleciona elogios importantes no Brasil. Filipe se aposentou como jogador em 2023 e logo iniciou sua trajetória como treinador, começando pela base do próprio Flamengo, clube onde encerrou sua carreira e conquistou muitos títulos em campo. Em setembro de 2023, foi promovido ao time principal e teve impacto imediato: em seus primeiros 166 dias à frente do Rubro-Negro, venceu a Copa do Brasil, a Supercopa do Brasil, a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca. Uma de suas características marcantes é a troca frequente de esquema tático durante os jogos, alternando entre linhas de três e quatro e defensores.

A ESTRELA – Gerson. Com passagens discretas por Roma e Fiorentina, o meio-campista voltou ao Brasil para se tornar peça-chave tanto no Flamengo quanto na seleção brasileira. Capitão do time, é o principal líder técnico em campo. Pode atuar como primeiro volante, meia ofensivo ou até segundo atacante. A tendência é que o camisa 8 deixe o Brasil rumo ao Zenit, da Rússia, após a disputa do Mundial.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Pedro. Também tem passagem pela Itália, mas poucos devem se lembrar: chegou à Fiorentina em 2019 e logo retornou ao Brasil, transferido ao Flamengo em 2020. Prometia muito no início da carreira, em que chegou a ser cogitado pelo Real Madrid, mas uma lesão grave no joelho retardou seu crescimento. Hoje, é um dos centroavantes mais letais do futebol brasileiro e pode ser uma das surpresas do torneio.

TIME-BASE (4-2-3-1): Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar e De La Cruz; Gerson, Arrascaeta e Everton Cebolinha; Pedro. Técnico: Filipe Luís

O Los Angeles FC é uma das franquias mais jovens da MLS, tendo estreado na liga apenas em 2018, mas já alcançou conquistas importantes, incluindo o título da temporada 2022. Foi a última equipe a garantir vaga no torneio, beneficiando-se da exclusão do León e vencendo o Club América por 2 a 1 na prorrogação do playoff que valia a última vaga do Grupo D. Em tese, não é uma das favoritas para avançar, mas conta com um elenco experiente e buscará surpreender.

O TREINADOR – Steve Cherundolo. Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol dos Estados Unidos, construiu longa carreira no futebol europeu com o Hannover, onde foi ídolo por 14 anos. Desde que assumiu o LAFC, conquistou a Supporters’ Shield, o título da MLS em 2022 e a Lamar Hunt U.S. Open Cup em 2024.

A ESTRELA – Hugo Lloris. Durante muitos anos, foi um dos melhores goleiros do mundo. Ídolo do Tottenham, onde atuou por 12 temporadas, e ex-capitão da seleção francesa, com a qual venceu uma Copa do Mundo e uma Nations League, Lloris, aos 38 anos, segue como peça fundamental do time. Em Los Angeles, reencontrou o compatriota Olivier Giroud, outro veterano com currículo vitorioso.

O NOME PARA FICAR DE OLHO - Denis Bouanga. Atacante de lado e goleador, encontrou na MLS seu habitat ideal depois de vários anos entre na França. Artilheiro da MLS em 2023 com 20 gols e também da Champions League da CONCACAF com 7, foi eleito para a seleção da temporada nos dois últimos anos. Já tem 30 anos, mas pode ser uma das boas surpresas do grupo.

TIME-BASE (4-3-3): Lloris; Palencia, Segura, Long e Hollingshead; Delgado, Igor Jesus e Tillman; Ordaz, Ebobisse e Bouanga. Técnico: Cherundolo

O Espérance é um dos quatro representantes africanos no Mundial de Clubes e garantiu sua vaga via ranking da CAF. É o clube mais vitorioso da Tunísia e chega aos Estados Unidos como atual campeão nacional, após mais uma conquista na Ligue Professionnelle 1 — a oitava nas últimas nove edições. No papel, não é um dos favoritos do grupo, mas pode surpreender.

O TREINADOR – Maher Kanzari. Técnico experiente, com passagens pelo futebol do Qatar e da Arábia Saudita, retornou ao Espérance em março deste ano após já ter tido uma passagem vitoriosa pelo clube. Sob seu comando, o time venceu 8 dos 11 jogos restantes no campeonato nacional, desempenho crucial para superar Monastir e Etoile Sahel na reta final.

A ESTRELA – Yan Sasse. Atacante brasileiro ex-Coritiba, Vasco e América-MG que pode atuar pelos dois lados do campo, como meia ou até como centroavante. Teve temporada de destaque com 15 gols em 36 jogos. Além do Brasil, já passou por clubes na Turquia e na Austrália, mas foi na Tunísia que encontrou seu melhor momento.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Abdramane Konaté. Tem apenas 18 anos e já é titular absoluto do Espérance. Estreou na seleção da Costa do Marfim aos 16 anos e se destaca pela versatilidade: pode jogar como volante, meia ofensivo, ponta e até lateral esquerdo.

TIME-BASE (4-2-3-1): Memmiche; Bouchniba, Jelassi, Tougai e Ben Hamida; Tka, Ogbelu e Konaté; Mokwana, Yan Sasse e Belaili; Rodrigues. Técnico: Kanzari

No Grupo E encontramos uma mistura de tradição europeia e sul-americana, com um toque de futebol asiático e norte-americano. No topo está a Inter de Milão, que chega ao torneio com um elenco sólido e um estilo de jogo consolidado. Os nerazzurri são considerados um dos favoritos não apenas para avançar às oitavas de final, mas também para disputar o título.

Ao lado da Inter está o River Plate, classificado pelo ranking da Conmebol, que é e um dos clubes mais prestigiados e populares da América do Sul. A equipe argentina é conhecida por sua intensidade e capacidade de decisão em grandes jogos, representando uma ameaça real para qualquer adversário.

O Monterrey acrescenta ao grupo o sabor do futebol centro-americano: os Rayados acumulam vasta experiência internacional e contam com uma torcida apaixonada, que sonha com a classificação às oitavas de final.

Fechando o grupo está o Urawa Red Diamonds, campeão da Liga dos Campeões da AFC de 2022. O clube japonês pretende surpreender e se destacar com um futebol disciplinado e organizado, típico das equipes asiáticas. Ainda assim, a experiência e a qualidade de Inter e River Plate parecem colocá-los um passo à frente na corrida pela classificação.

A Inter DE mILÃO chega ao Mundial de Clubes 2025 após uma temporada intensa, encerrada com a final da Champions League diante do PSG. Uma derrota dolorosa que os nerazzurri poderão tentar vingar nos Estados Unidos. No entanto, Simone Inzaghi não estará mais à frente da equipe: o técnico se despediu após perder sua segunda final em três anos.

A Inter demonstrou solidez defensiva e um ataque prolífico ao longo da campanha europeia, até o colapso na grande final. O vice-campeonato continental coroou uma temporada decepcionante em nível nacional: segundo lugar na Serie A, eliminação na semifinal da Copa da Itália e derrota na final da Supercopa Italiana, ambas para o Milan. O Mundial representa uma oportunidade de redenção para os nerazzurri, que já provaram ser competitivos internacionalmente.

O TREINADOR – Cristian Chivu. A Inter apostou em um velho conhecido para substituir Inzaghi, agora no Al-Hilal: Cristian Chivu. Ídolo do clube e campeão do Triplete em 2010 como jogador, Chivu também comandou as categorias de base nerazzurri, conquistando o Scudetto Primavera em 2022. Após breve passagem pelo Parma na Serie A, onde evitou o rebaixamento na última rodada, assume agora o maior desafio de sua jovem carreira como técnico.

A ESTRELA – Lautaro Martínez. Referência técnica e carismática da Inter, o atacante argentino elevou seu nível nas últimas temporadas, firmando-se entre os melhores do mundo na posição. Determinante, o campeão da Copa do Mundo de 2022 é a principal esperança da Inter na busca pelo título, com o objetivo de repetir o sucesso com a Argentina no Catar e fechar com chave de ouro uma temporada marcada por altos e baixos.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Denzel Dumfries. O duelo contra o Barcelona na semifinal da Champions marcou o auge da temporada do ala holandês: dois gols e uma assistência em Montjuic, seguidos de duas assistências em San Siro no épico 4 a 3. A temporada representou a consagração definitiva de Dumfries, peça-chave na equipe de Inzaghi. Com 11 gols e 6 assistências, ele cresceu também na fase defensiva, tornando-se um jogador completo.

TIME-BASE (3-5-2): Sommer; Pavard, Acerbi e Bastoni; Dumfries, Barella, Calhanoglu, Mkhitaryan e Dimarco; Lautaro e Thuram. Técnico: Chivu.

O River Plate chega ao Mundial de Clubes 2025 como uma das equipes mais sólidas da América do Sul. Sob o comando de Marcelo Gallardo, que retornou ao clube em 2024, os Millonarios mantêm um estilo de jogo ofensivo e bem organizado, apostando em jovens talentos. Em sua terceira participação no torneio desde que passou a ser organizado pela Fifa, o River busca redenção pela final perdida para o Barcelona, em 2015. Com 38 títulos nacionais e 4 Libertadores, os argentinos lideram o Torneio Apertura e sonham alto no cenário internacional.

O TREINADOR – Marcelo Gallardo. Após uma passagem pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita, Gallardo voltou ao comando do River em agosto de 2024, com contrato até dezembro de 2025. Com média de quase dois pontos por partida e adepto do esquema 4-3-3, trouxe novo ânimo à equipe, que voltou a jogar bem e conquistar resultados importantes.

A ESTRELA – Sebastián Driussi. Versátil, técnico e experiente, Driussi voltou ao River em janeiro de 2025, após brilhar no Zenit e no Austin FC, onde se tornou o maior artilheiro da história do clube norte-americano. Revelado no River, o atacante retorna como referência ofensiva e líder técnico do time.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Franco Mastantuono. Canhoto, habilidoso e com excelente visão de jogo, o meia de apenas 17 anos é visto como uma das maiores promessas do futebol argentino. Atraiu o interesse do Real Madrid e deve ser jogador do clube espanhol na próxima temporada. Ganhou notoriedade ao marcar um gol de falta de mais de 30 metros no Superclássico contra o Boca.

TIME-BASE (4-3-3): Armani; Bustos, Martínez Quarta, Paulo Díaz e Acuña; Nacho Fernández, Enzo Pérez e Castaño; Mastantuono, Driussi e Colidio. Técnico: Gallardo.

Um dos clubes mais tradicionais do Japão, o Urawa Red Diamonds disputa seu quarto Mundial de Clubes da Fifa. Seu melhor resultado foi o terceiro lugar em 2007, quando foram eliminados pelo Milan na semifinal. Em 2025, a equipe busca representar bem a Ásia e ir além da fase de grupos.

O TREINADOR – Maciej Skorża. Técnico polonês com passagem por grandes clubes da Polônia, como Wisła Krakow e Legia Varsóvia, além da seleção sub-23 dos Emirados Árabes. Em 2022, conquistou a Champions da AFC com o Urawa, retornando ao clube em 2024. É conhecido por seu estilo pragmático e organizado, com foco no equilíbrio tático e na transição rápida.

A ESTRELA – Genki Haraguchi. Após mais de uma década na Alemanha, Haraguchi voltou ao clube que o revelou. Meia ofensivo rápido e inteligente, é presença constante na seleção japonesa e traz experiência internacional à equipe, com passagens por Hertha Berlin, Hannover e Fortuna Düsseldorf.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Junpei Hayakawa. Ponta canhoto veloz e habilidoso, Hayakawa estreou no time principal em 2023 e se tornou o mais jovem artilheiro da história do clube. Aos 19 anos, é visto como um talento promissor, capaz de surpreender saindo do banco.

TIME-BASE (4-2-3-1): Nishikawa; Ishihara, Danilo Boza, Hoibraten e Ogiwara; Yasui e Gustafson; Okubo, Haraguchi e Matheus Sávio; Thiago. Técnico: Skorża.

Os Rayados chegam ao Mundial com um elenco experiente e ambicioso. Eliminados nas quartas do Clausura mexicano, contrataram um velho conhecido da torcida do Flamengo para liderar a equipe em busca de repetir - ou superar - o terceiro colocado conquistado nas edições de 2012 e 2019: Domenec Torrent. A classificação ao torneio veio com a conquista da Concachampions de 2021.

O TREINADOR – Domenec Torrent. Ex-braço direito de Pep Guardiola no Barcelona, Bayern e Manchester City, Domenec foi nomeado técnico do Monterrey em maio de 2025. Desde 2018, além do Flamengo, comandou equipes como New York City e Galatasaray. Adepto do “Guardiolismo”, prioriza a posse de bola, construção desde a defesa e pressão alta, sempre adaptando sua proposta ao elenco disponível.

A ESTRELA – Sergio Ramos. Com um currículo que dispensa apresentações, o veterano defensor traz liderança, força e experiência ao Monterrey. Capitão da equipe, Ramos vestiu a camisa 93 e comanda a defesa com sua habitual garra e personalidade.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Iker Fimbres. Camisa 10 das categorias de base, Fimbres estreou no profissional no Apertura 2024. Meia ofensivo de grande técnica e visão de jogo, é visto como uma joia do futebol mexicano e se encaixa perfeitamente na filosofia de jogo ofensiva de Torrent.

TIME-BASE (4-2-3-1): Andrada; Salcedo, Sergio Ramos, Guzmán e Arteaga; Rodríguez e Ambriz; Canales, Fimbrese Ocampos; Berterame. Técnico: Torrent.

O grupo F tem um favorito: o Borussia Dortmund, equipe que em 2024 chegou à final da Champions League e que neste ano caiu nas quartas de final diante do Barcelona. Os alemães garantiram vaga no Mundial de Clubes graças ao excelente desempenho do clube no ranking da UEFA nas últimas quatro edições da Champions.

No entanto, temos um brasileiro na disputa pela classificação que poder brigar com o Dortmund por voos maiores: o Fluminense, campeão da Copa Libertadores de 2023 e que estará em busca da vaga. Correndo por fora aparecem Ulsan Hyundai e Mamelodi Sundowns: os sul-coreanos se classificaram por meio do ranking da AFC, enquanto os sul-africanos entraram graças à colocação no ranking da CAF.

O Borussia Dortmund chega ao Mundial em ótima fase. Os aurinegros reagiram a uma temporada extremamente complicada justamente na reta final, vencendo sete dos últimos oito jogos da Bundesliga – o outro foi um empate fora de casa contra o Bayern – e garantindo a classificação para a Champions League na rodada final. No caminho, houve de tudo: uma troca no comando técnico (Sahin por Kovac), a eliminação nas quartas da Champions pelo Barcelona e a queda precoce na Copa da Alemanha, ainda em outubro. Um ano após a derrota na final da Champions para o Real Madrid, o Dortmund, que se reforçou pouco antes do torneio com a contratação de Jobe Bellingham, viaja aos Estados Unidos com ambições razoáveis. E, mesmo assim, é o favorito do grupo F.

O TREINADOR– Niko Kovac. Depois de passagens instáveis por Monaco e Wolfsburg, e do título alemão conquistado com o Bayern em 2019, o mais velho dos irmãos Kovac foi chamado para resgatar o Dortmund em janeiro. E deu conta do recado: pegou o time na 11ª posição e o levou ao 4º lugar, garantindo vaga na Champions contra todas as previsões. Com ele, o clube reencontrou a estabilidade após um início de temporada turbulento.

A ESTRELA – Serhou Guirassy. Fica atrás apenas de Harry Kane. Artilheiro da Bundesliga 2022/23 com a camisa do Stuttgart, Guirassy quase repetiu o feito nesta temporada: anotou 21 gols, número excelente, superado apenas pelo inglês. É o centro do ataque e principal referência ofensiva do Borussia.

O NOME PARA FICAR DE OLHO– Jobe Bellingham. Seguindo os passos do irmão Jude, Jobe trocou a Inglaterra pelo Borussia Dortmund – mas saiu do Sunderland, não do Birmingham. Meio-campista ofensivo, prestes a completar 20 anos, chegou por 38 milhões de euros em potencial e tem nos Estados Unidos a chance de mostrar que é muito mais do que apenas “o irmão de”.

TIME-BASE (3-4-2-1): Kobel; Süle, Anton e Bensebaini; Ryerson, Groß, Nmecha e Svensson; Brandt e Adeyemi; Guirassy. Técnico: Kovac

Mais um nome do Campeonato Brasileiro que pode surpreender, o Fluminense busca redenção após um 2024 assustador, no qual escapou do rebaixamento apenas na última rodada, depois de passar todo o primeiro turno na lanterna. Em 2023, no entanto, conquistou a primeira Libertadores de sua história, o que lhe garantiu o direito de disputar o Mundial. Inconstante, o Tricolor tem como meta voltar à Libertadores e, com sorte, surpreender em alguma das copas que ainda disputa: Sul-Americana e Copa do Brasil.

O TÉCNICO– Renato Gaúcho. O mesmo Renato Portaluppi que brilhou no Grêmio e chegou à Roma no fim dos anos 1980 cercado de expectativa, mas que acabou marcado como uma das maiores decepções da história do clube italiano. No banco de reservas se tornou um dos treinadores mais vitoriosos do Brasil e da América do Sul. Substituiu Mano Menezes no início de abril, retornando ao Fluminense após 11 anos.

A ESTRELA– Thiago Silva. Aos 40 anos, o ex-zagueiro de Milan, PSG e Chelsea ainda demonstra um nível altíssimo. Voltou ao clube onde se formou e pelo qual torce desde criança. Em 2024, teve papel fundamental na fuga do rebaixamento.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Jhon Arias. O jogador mais valorizado do elenco é o colombiano de 27 anos, descoberto em 2021 vindo no Santa Fe. Atua preferencialmente pela direita, mas pode jogar também na esquerda ou como armador. As assistências são sua grande arma. É titular absoluto da Colômbia, ao lado de Luis Díaz e James Rodríguez.

TIME-BASE (4-2-3-1): Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes e Fuentes; Martinelli e Hércules; Arias, Ganso e Serna; Everaldo. Técnico: Renato Gaúcho

Único representante da Coreia do Sul no Mundial, o Ulsan se classificou graças à sua posição no ranking da AFC. Embora não tenha vencido a Champions Asiática recentemente – feito alcançado em 2012 e 2020 – o time foi semifinalista em 2021 e 2024. No cenário doméstico, dominou: foram três títulos seguidos da K-League entre 2022 e 2024, o melhor momento da história do clube. Em 2025, segue na briga pela ponta do campeonato sul-coreano. Nos EUA, tentará desafiar os prognósticos que o colocam como coadjuvante ao lado do Mamelodi Sundowns.

O TREINADOR – Kim Pan-Gon. Aos 56 anos, já defendeu o Ulsan como jogador e retornou ao clube em 2024, conquistando o título nacional. Antes, comandou as seleções de Hong Kong e da Malásia.

A ESTRELA – Kim Young-Gwon. Líder da defesa, o zagueiro de 35 anos tem mais de 100 partidas pela seleção sul-coreana e esteve presente nas Copas do Mundo de 2014, 2018 e 2022, com gols marcados contra Alemanha e Portugal.

O NOME PARA FICAR DE OLHO– Erick Farias. Atacante brasileiro de 28 anos, deixou o Juventude rumo à Coreia do Sul para 2025, onde encontrou seu melhor momento: já marcou 9 gols desde que chegou e é a principal referência ofensiva do Ulsan.

TIME-BASE (4-2-3-1): Jo Hyeon-Woo; Kang Sang-Woo, Seo Myung-Gwan e Park Min-Seo; Bojanic e Jung Woo-Young; Lee Chung-Yong, Ko Seung-Beom e Yoon Jae-Seok; Erick Farias. Técnico: Kim Pan-Gon

Clube de Pretória, o Mamelodi Sundowns disputa o Mundial de Clubes pela segunda vez – a primeira foi em 2016, ano em que conquistou a única Champions Africana de sua história. Conhecidos como “The Brazilians” pelo uniforme semelhante ao da seleção brasileira, se classificaram para o Mundial nos EUA graças à sua posição no ranking da CAF. No cenário nacional, são dominantes: conquistaram recentemente seu 18º título sul-africano, o oitavo consecutivo e o décimo desde 2013. Por outro lado, perderam a chance de erguer uma segunda Champions ao serem derrotados na final pelo Pyramids, do Egito.

O TREINADOR – Miguel Cardoso. Português nascido em 1972, tem passagens por clubes da França, Ucrânia, Espanha, Grécia e Tunísia. Assumiu o Mamelodi Sundowns em dezembro de 2024, dois meses após deixar o Espérance, e já levou o clube a mais um título local.

A ESTRELA – Themba Zwane. Prestes a completar 36 anos, é considerado um dos maiores nomes da história não só do Mamelodi Sundowns, mas do futebol sul-africano. Meia de alta qualidade, retornou aos gramados em abril após meses afastado por lesão.

O NOME PARA ACOMPANHAR – Lucas Ribeiro. Com 26 anos, é um ponta-esquerda canhoto que parte da direita para finalizar. Desde que chegou ao clube em 2023, vindo de passagens pela França e Bélgica, virou peça-chave: marcou 12 gols em 2023/24 e 16 na temporada seguinte. Mesmo sem ser um centroavante, é o principal artilheiro da equipe.

TIME-BASE (4-2-3-1): Williams; Mudau, Khoza, Lebusa e Modiba; Mokoena e Allende; Lucas Ribeiro, Arthur Sales e Matthews; Rayners. Técnico: Cardoso

O Grupo G é um dos mais aguardados do torneio. A Juventus, de Igor Tudor, se classificou graças ao ranking da UEFA e representa uma das equipes mais tradicionais e vitoriosas da Europa. Com uma mescla de experiência e juventude, a Velha Senhora quer avançar de fase e, quem sabe, surpreender no mata-mata.

O principal adversário dos bianconeri no grupo é o Manchester City, campeão da Champions League em 2023 e potencial favorito. Mesmo vindo de uma temporada decepcionante, o time de Guardiola segue sendo uma engrenagem bem ajustada, com um elenco profundo e uma filosofia de jogo dominante. Chega aos Estados Unidos como o grande protagonista.

Representando o futebol africano, o Wydad Casablanca é um clube histórico, acostumado a grandes confrontos internacionais e vencedor da Champions da CAF em 2022. Já mostrou em outras ocasiões que pode competir com os gigantes europeus e buscará um feito histórico.

Por fim, o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, campeão da Champions Asiática 2023/24, retorna ao Mundial após ter disputado a final contra o Real Madrid em 2018. Os emiradenses esperam surpreender mais uma vez no cenário global.

Após uma temporada 2024/25 sem troféus — a primeira desde 2017 —, o Manchester City chega ao Mundial com o objetivo de se redimir. Apesar dos tropeços recentes, o clube ainda é um dos mais temidos da atualidade, graças à qualidade de seu elenco e à experiência acumulada. Depois de quatro títulos consecutivos na Premier League, os Citizens ficaram sem conquistas e acabaram eliminados pelo Real Madrid na Champions League.

O TREINADOR – Pep Guardiola. No comando do City desde 2016, Guardiola recentemente renovou seu contrato até 2027, tendo anunciado que deve fazer uma pausa após esse período. Com 18 troféus conquistados pelo clube, já é o técnico mais vitorioso da história do Manchester City. Um dos maiores nomes da história do futebol moderno, começou sua trajetória como treinador no Barcelona, onde conquistou 14 títulos, incluindo duas Champions League, em quatro anos. Passou ainda pelo Bayern de Munique (2013–2016), onde venceu três Bundesligas. Em Manchester, soma seis Premier League e uma Champions, além da Tríplice Coroa histórica em 2023. Sua filosofia de jogo baseada em posse de bola, pressão alta e superioridade posicional transformou o futebol contemporâneo.

A ESTRELA – Erling Haaland. Mesmo em uma equipe repleta de craques, o centroavante norueguês segue sendo a principal referência ofensiva do City. Pela terceira temporada consecutiva, marcou mais de 30 gols, mantendo um ritmo impressionante apesar da queda de rendimento do time. É um dos grandes favoritos à artilharia do Mundial de Clubes.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Oscar Bobb. Em meio aos astros do elenco, quem vem chamando a atenção é Oscar Bobb, ponta norueguês nascido em 2003. Canhoto talentoso, combina drible, visão de jogo e inteligência tática, podendo atuar pelos dois lados do campo ou centralizado. Seu estilo técnico, rápido e imprevisível o coloca entre os jovens mais promissores do continente.

TIME-BASE (4-2-3-1): Ederson; Matheus Nunes, Rúben Dias, Gvardiol e Aït-Nouri; Rodri e Reijnders; Bernardo Silva, Cherki e Foden; Haaland. Técnico: Guardiola.

A Juventus disputa o Mundial de Clubes 2025 após uma temporada irregular na Série A italiana. Com o objetivo de voltar ao topo do futebol europeu, o clube aposta em uma mescla de jovens promessas e jogadores experientes. A troca no comando técnico — Igor Tudor no lugar de Thiago Motta — surtiu efeito: os bianconeri terminaram em quarto lugar e garantiram vaga na próxima Champions League. O torneio da FIFA representa uma chance valiosa para a Juve mostrar seu valor no cenário internacional, além de continuar evoluindo e enriquecer ainda mais sua galeria de troféus. A equipe vê o Mundial como um impulso importante no novo projeto liderado por Cristiano Giuntoli.

O TREINADOR – Igor Tudor. Assumiu a Juventus em março de 2025 e levou o time à quarta colocação na Série A. Conhecido por seu estilo intenso e agressivo, o croata prioriza marcação alta, defesa sólida e transições rápidas. Seu esquema preferido é o 3-4-2-1, com foco em recuperação da posse e dinâmica no meio-campo. Com uma abordagem física e direta, Tudor devolveu competitividade ao time no momento certo.

A ESTRELA – Dusan Vlahovic. Com 15 gols e 5 assistências em 40 jogos, o centroavante sérvio foi o artilheiro da equipe na temporada. Determinado a encerrar o ciclo com um grande desempenho, vê o Mundial como uma oportunidade de marcar seu nome na história do clube. Mesmo cercado por rumores sobre uma possível saída, Vlahovic se firmou novamente como peça-chave sob o comando de Tudor, que destacou seu comprometimento e importância tática.

O JOGADOR A SEGUIR – Kenan Yildiz. Considerado uma das maiores promessas do futebol europeu, o jovem turco de 19 anos teve uma temporada de afirmação: marcou 8 gols e deu 7 assistências. Canhoto habilidoso, combina drible, visão e finalização, podendo atuar tanto centralizado quanto pelos lados. É uma das grandes apostas da Juve para o presente e futuro, e pode brilhar no Mundial.

TIME-BASE (3-4-2-1): Di Gregorio; Kalulu, Gatti e Veiga; McKennie, Locatelli, Thuram e Cambiaso; Yildiz e Nico González; Vlahovic. Técnico: Tudor

Clube com maior torcida nos Emirados Árabes Unidos, o Al Ain representa a cidade homônima no Emirado de Abu Dhabi. Ganhou vaga no Mundial de Clubes ao vencer a Champions Asiática sob o comando de Hernán Crespo — hoje substituído por Vladimir Ivic. O Al Ain é veterano no torneio: foi vice-campeão em 2018, quando perdeu a final para o Real Madrid. Para 2025, o clube se reforçou com nomes como o goleiro Rui Patrício (ex-Atalanta), Yahya Benkhaleq (FUS Rabat), Jasic (Wolfsberger) e Marcel Ratnik (Olimpia Ljubljana).

O TREINADOR – Vladimir Ivic. Assumiu o Al Ain em fevereiro de 2025 com contrato de 18 meses. Ex-meia ofensivo, já venceu a Copa da Grécia com o PAOK e dois campeonatos israelenses com o Maccabi Tel Aviv. Também teve passagens por Watford e Krasnodar. Seu estilo é pragmático e flexível, com preferência pelos esquemas 4-3-3 ou 4-2-3-1, priorizando defesa sólida e transições rápidas para buscar resultados eficazes.

A ESTRELA – Soufiane Rahimi. Atacante marroquino decisivo na conquista da Champions Asiática, com 13 gols em 13 jogos. Veloz, técnico e ambidestro, é especialmente perigoso partindo da esquerda para o centro. Revelado pelo Raja Casablanca, venceu com o clube a Copa da Confederação Africana e a Supercopa CAF antes de se transferir para os Emirados. Pela seleção do Marrocos, foi eleito o melhor jogador da Copa das Nações Africanas de 2020.

O NOME PARA FICAR DE OLHO – Matias Segovia. Ponta paraguaio nascido em 2003, "Segovinha" chegou recentemente ao Al Ain. Canhoto criativo, é conhecido pelo drible curto, boa visão e capacidade de desequilíbrio individual. Pode atuar em várias posições do ataque, especialmente vindo da esquerda para buscar o centro. Foi revelado pelo Guaraní, passou por Botafogo e Molenbeek, e é campeão sul-americano juvenil com o Paraguai.

TIME-BASE (4-2-3-1): Rui Patrício; Al-Ahbabi, Cardoso, Kouadio, Erik; Park Yong-woo, Nader; Segovia, Kaku, Rahimi; Laba. Técnico: Ivic

O Wydad garantiu presença no Mundial de Clubes 2025 graças à conquista da CAF Champions League 2021/22, sua terceira. Agora, o objetivo é inédito: avançar para além da segunda fase da competição. Clube mais vitorioso do Marrocos, soma 22 títulos nacionais, 9 Copas do Trono e 3 Champions da CAF (1992, 2017 e 2022), consolidando-se como um dos gigantes do futebol africano.

O TREINADOR – Mohamed Amine Benchachem. Nomeado após a saída de Rhulani Mokwena, Benchachem é ex-jogador do próprio Wydad e figura respeitada no futebol marroquino. Como técnico, passou por clubes como Ittihad Tanger, Olympique Safi e FUS Rabat. Desde 2025, exercia a função de diretor esportivo do Wydad até assumir o comando técnico. Tem uma filosofia ofensiva baseada na posse de bola, no esquema 4-2-3-1 e na valorização da base.

A ESTRELA – Jamal Harkass. Zagueiro central, é o pilar defensivo do Wydad. Revelado no futebol francês, passou por Le Mans e Orléans antes de se transferir ao clube marroquino em 2023. Com boa leitura de jogo, força física e liderança silenciosa, conquistou a Copa do Trono e a Champions Africana com o Wydad, sendo destaque na zaga.

O JOGADOR A SEGUIR – Mohamed Rayhi. Ponta nascido na Holanda, é o artilheiro da equipe com 13 gols na temporada. Rápido, habilidoso e criativo, é uma ameaça constante pelas pontas e peça-chave no setor ofensivo do Wydad. Seu desempenho chamou a atenção de olheiros internacionais, e o Mundial pode ser a vitrine perfeita para alçar voos maiores.

TIME-BASE (4-2-3-1): El Motie; Moufid, Harkass, Boutoil e Nassik; El Moubarik e Sakhi; Chadli, Zemraoui e Rayhi; Mailula. Técnico: Benchachem

O Grupo H será um dos que mais despertará curiosidade, já que, pela primeira vez, veremos em ação o novo Real Madrid sob o comando de Xabi Alonso. Os Merengues são os grandes favoritos para vencer a chave e, no Mundial de Clubes, tentarão se redimir de uma temporada que ficou abaixo das expectativas.

Também há grande expectativa em torno do Al Hilal, uma das principais equipes do Campeonato Saudita. O elenco está recheado de campeões, resta agora ver como se comportarão diante de algumas das melhores equipes do planeta.

Os azarões do grupo são o Pachuca, classificado graças ao título da Liga dos Campeões da CONCACAF de 2024, e o RB Salzburg, que garantiu vaga no Mundial de Clubes por meio de sua posição no Ranking da UEFA e que vem de uma temporada pouco empolgante. Na liga nacional, teve que se render novamente ao Sturm Graz, enquanto na Champions League teve uma trajetória curta e decepcionante.

O Real buscará no Mundial de Clubes a chance de se redimir após uma temporada considerada decepcionante, que marcou o fim do segundo ciclo de Ancelotti à frente do clube. O elenco que chega ao torneio é repleto de estrelas e naturalmente está entre os grandes favoritos ao título, mas também inicia um novo ciclo. Todos os holofotes estarão sobre o clube mais importante do mundo — como não poderia deixar de ser.

O TREINADOR - Xabi Alonso. Após o fim do ciclo extraordinário de Carlo Ancelotti, o Real apostou em um técnico jovem que já é apontado por muitos como um dos melhores do planeta. Xabi Alonso fez um trabalho histórico à frente do Bayer Leverkusen na Alemanha, onde comandou o clube por três anos. Conquistou a Bundesliga de forma invicta, encerrando a hegemonia do Bayern, além da Copa e da Supercopa da Alemanha. Tudo isso com um futebol de altíssimo nível.

A ESTRELA - Kylian Mbappé. É difícil escolher uma só estrela no elenco do Real Madrid, mas nenhuma brilha tanto quanto a de Mbappé. Considerado por muitos o melhor jogador do mundo, o francês encerrou sua primeira temporada nos Blancos com cerca de 42 gols em 55 partidas, sendo 31 deles em 34 rodadas de LaLiga, o que lhe rendeu o prêmio de artilheiro. Nem mesmo Cristiano Ronaldo teve números tão impressionantes em sua estreia pelo clube.

O NOME PARA FICAR DE OLHO - Arda Guler. Não teve a temporada que muitos esperavam, mas ainda é considerado um dos maiores talentos do futebol mundial. O novo esquema de Xabi Alonso prevê dois meias ofensivos por trás do centroavante. Guler não deve começar como titular, mas pode ganhar espaço ao longo do torneio.

TIME-BASE (3-4-2-1): Courtois; Militão, Rüdiger e Huijsen; Alexander-Arnold, Valverde, Tchouaméni e Mendy; Bellingham e Vinicius Júnior; Mbappé. Técnico: Xabi Alonso

Único representante da Áustria no Mundial de Clubes, o Salzburg conquistou sua vaga por meio do Ranking da UEFA. Ganhou fama por ser um celeiro de talentos e por dominar o futebol nacional, com dez títulos seguidos entre 2014 e 2023. No entanto, nesta temporada, terminou em segundo lugar na Bundesliga austríaca, mais uma vez atrás do Sturm Graz. Na Champions League, venceu apenas uma partida e perdeu oito na fase de liga, acumulando uma campanha muito aquém do esperado.

O TREINADOR - Thomas Letsch. Técnico alemão com passagens por Alemanha, Holanda e Áustria, chegou ao Salzburg em dezembro para substituir Pepijn Lijnders. Desde então, comandou o time em 19 jogos, com 9 vitórias, 4 empates e 6 derrotas, um desempenho afetado por diversas lesões que podem seguir influenciando no Mundial de Clubes.

A ESTRELA - Oscar Gloukh. Meia ofensivo ou ponta, tem apenas 21 anos e é conhecido como o “Messi de Israel”. Técnico, veloz e habilidoso no drible, participou diretamente de cerca de 45 gols do time nas últimas duas temporadas. Com 15 assistências, foi o líder no quesito na última Bundesliga austríaca — mais um talento lapidado pelo Salzburg.

O JOGADOR A SEGUIR - Joane Gadou. Zagueiro formado no PSG, tem 1,95m e já é visto como uma das grandes promessas do futebol europeu. Deixou a França em busca de oportunidades num clube com tradição em desenvolver jovens talentos. É físico, mas também inteligente e sabe se posicionar muito bem.

TIME-BASE (4-4-2): Schlager; Trummer, Baidoo, Gadou e Terzic; Nene, Capaldo, Bidstrup e Gloukh; Vertessen e Onisiwo. Técnico: Thomas Letsch

Uma das equipes mais esperadas do torneio, seja por sua força na Saudi Pro League, seja pela curiosidade em vê-la contra adversários de elite. Após uma temporada 2023/24 avassaladora (com 34 vitórias seguidas), não conseguiu repetir o desempenho. Terminou a liga nacional atrás do Al Ittihad, caiu na semifinal da Champions Asiática e perdeu a final da Copa do Rei Saudita nos pênaltis. A única conquista foi a Supercopa, pouco para um elenco montado para dominar.

O TREINADOR - Simone Inzaghi. Dispensa apresentações. O Mundial de Clubes será sua estreia no comando do Al Hilal. Contratado oficialmente em 4 de junho, Inzaghi assume um projeto ambicioso. Será sua primeira experiência fora da Itália, depois de quatro anos na Inter, onde conquistou um Scudetto, três Supercopas e duas Copas da Itália. No novo desafio, tentará apagar de vez a lembrança da derrota por 5 a 0 na final da Champions com a Inter diante do PSG.

A ESTRELA -Sergej Milinkovic-Savic. Considerado um dos melhores meio-campistas do mundo em 2023, surpreendeu ao se transferir para a Arábia Saudita. Fora dos holofotes do futebol europeu, manteve alto nível: teve uma excelente temporada individual com 17 gols marcados, sua melhor marca na carreira, e voltará a ser comandado por Inzaghi, com quem trabalhou na Lazio.

O NOME PARA FICAR DE OLHO - Marcos Leonardo. Em setembro de 2024, o Al Hilal pagou cerca de 40 milhões de euros (R$ 256 milhões) ao Benfica para contar com o atacante brasileiro da base do Santos. Nascido em 2003, é um centroavante móvel, também capaz de atuar como segundo atacante ou meia-ofensivo. Apesar de ter apenas 1,74m, é perigoso no jogo aéreo e rápido nos espaços. Marcou 17 gols em 24 partidas na liga saudita antes de se lesionar em abril. Se estiver em forma, pode ser um dos destaques do torneio.

TIME-BASE (3-5-2): Bono; Al-Bulayhi, Tambakti e Koulibaly; Cancelo, Milinkovic-Savic, Rúben Neves, Kanno e Renan Lodi; Marcos Leonardo e Mitrovic. Técnico: Simone Inzaghi

Uma das surpresas do grupo, mas também uma das forças do futebol mexicano. O Pachuca conquistou a vaga no Mundial de Clubes ao vencer a Liga dos Campeões da CONCACAF de 2024, torneio que venceu seis vezes desde 2002. Apesar de, no papel, outras equipes parecerem favoritas para avançar, o time mexicano tem qualidade e experiência para surpreender, como vimos na Copa Intercontinental de 2024, na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo.

O TREINADOR - Jaime Lozano. Anunciado pelo clube poucas semanas antes do início do Mundial, assume o posto deixado por Guillermo Almada, que marcou sua passagem por um estilo ofensivo e títulos expressivos. Lozano é jovem, mas já tem uma carreira sólida: comandou a seleção principal do México entre junho de 2023 e julho de 2024, conquistando a Copa Ouro da CONCACAF e chegando à final da Nations League. Também levou o México à medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

A ESTRELA - John Kennedy. Atacante brasileiro de 23 anos, dispensa apresentações ao torcedor do Fluminense. Chegou ao Pachuca em janeiro e rapidamente se firmou como titular absoluto. Rápido, talentoso e letal na área, pode atuar como centroavante, segundo atacante ou meia ofensivo. Com o Flu, conquistou a Libertadores de 2023, marcando o gol do título na final contra o Boca Juniors.

O NOME PARA FICAR DE OLHO - Elías Montiel. Nascido em 2005, é considerado um dos maiores talentos do futebol mexicano dos últimos anos. Meio-campista que contribui tanto na construção quanto na marcação, é titular da equipe mesmo com pouca idade. Diversos clubes europeus já demonstraram interesse — o Mundial pode ser sua vitrine para o salto ao futebol do Velho Continente.

TIME-BASE (4-2-3-1): Moreno; L. Rodríguez, Barreto, Berlanga e B. González; Pedraza e Montiel; Sigala, John Kennedy e Idrissi; Rondón. Técnico: Jaime Lozano