Gabigol já fez gol no Flamengo? Agora no Cruzeiro, atacante mais perdeu do que venceu enfrentando rubro-negros

Gabigol decidiu contra o Flamengo. Em sua primeira partida enfrentando o ex-clube desde a saída no fim de 2024, o atacante marcou o gol da vitória do Cruzeiro por 2 a 1, neste domingo (4), no Mineirão, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Mesmo com apenas 10 minutos em campo, o camisa 9 foi protagonista. Entrou aos 42 minutos do segundo tempo e, já nos acréscimos, converteu - no rebote - o pênalti sofrido por Eduardo, garantindo o triunfo da equipe mineira. Foi o segundo gol dele pelo Cruzeiro e o segundo marcado contra o Flamengo na carreira.

Gabigol não comemorou no momento do gol, em respeito ao clube onde viveu seu auge. Mas, ao final da partida, vibrou com a torcida celeste, enrolado com a camisa do Flamengo trocada com Erick Pulgar.

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Antes da consagração com a camisa rubro-negra, Gabigol havia enfrentado o Flamengo sete vezes - todas antes de 2019. Nessas partidas, marcou apenas um gol, em 2018, pelo Santos, em empate por 1 a 1 na Vila Belmiro. Ao todo, são agora oito jogos, dois gols marcados, cinco como titular e três saindo do banco.

Curiosamente, sua primeira partida como profissional, em 2013, foi justamente contra o Flamengo, no jogo de despedida de Neymar do Santos.

Mesmo com status de ídolo no Rubro-Negro, Gabigol agora busca um novo momento na carreira com a camisa do Cruzeiro, após uma saída turbulenta do clube carioca - marcada por atritos com a diretoria passada.

Apesar de ter sido xingado pela torcida rubro-negra presente no Mineirão, Gabigol recebeu o carinho de ex-companheiros antes da bola rolar. Foi abraçado por Filipe Luís e repetiu com Bruno Henrique a tradicional “fusão” usada nas comemorações de gols no Flamengo.

Após o apito final, o atacante cantou, dançou e vibrou com os cruzeirenses - agora sim, comemorando o feito histórico. Em entrevista, ironizou:

“Tenho muita estrela, não é possível!”

E completou:

“Não comemorei em respeito ao Flamengo. Foi o time que mais joguei, que me deu tudo. Eu vejo todos os jogos. Quando é campeão, comemoro também.”

Gabigol também afirmou que mantém contato com os jogadores e com a comissão técnica do Flamengo, e que sua mágoa está restrita à diretoria:

“O que aconteceu comigo foi com o presidente.”

Gabigol fez jus ao apelido de "predestinado" e juntou-se a nomes como Petkovic, Léo Moura, Everton Ribeiro e Hernane Brocador, que enfrentaram o Flamengo após virarem ídolos - mas, ao contrário deles, conseguiu deixar sua marca no reencontro. Enquanto isso, a torcida rubro-negra digere uma derrota dolorosa - e cheia de memória afetiva.