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Fluminense junta “Timinho” a “Patinho Feio” para se transformar na grande história do Mundial de Clubes de 2025

Sem chance. Antes de começar o Mundial de Clubes de 2025, o Supercomputador da Opta Sports classificou a probabilidade de o Fluminense ser campeão do torneio como nula – desconsiderando também o poderio dos outros brasileiros que, sendo eliminados ou não, fizeram bonito na disputa. A inteligência artificial veio para ficar, e dizer o contrário disso seria apenas fechar os olhos para uma realidade que, gostemos ou não, está aí. Mas há um grande “porém”.

A inteligência artificial ainda é muito nova para entender as particularidades do futebol: ela não viu tudo o que nós vimos, nem escutou aquelas histórias passadas de uma geração para a outra. O negócio dela são os números, que – claro – dizem muita coisa (cada vez mais, na verdade) sobre o jogo. Só que dizer muito não é dizer tudo, e no futebol, especialmente em torneios como Copas do Mundo, basta a mínima brecha aparecer para que um pouquinho se transforme em um poucão.

Quando o Fluminense avançou para as quartas de final, deixando pelo caminho a Inter de Milão vice-campeã europeia, o mesmo Supercomputador recalculou suas probabilidades e, já que ter vergonha é uma emoção humana, apontou friamente o Tricolor das Laranjeiras como o time menos provável a levantar o título: apenas 1,5% de chances – mesmo com um chaveamento dos menos difíceis. Dá para imaginar tricolores de todos os cantos e idades sorrindo ao saber da informação. Se o time que tinha 0% de chances fez o que fez, imagina o que tem 1,5%?

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    O toque de Renato

    O Fluminense chegou aos Estados Unidos como representante menos badalado entre os quatro brasileiros. Pouco a pouco, contudo, os tricolores foram ganhando corpo e confiança. Vencendo desafios, conquistando grandes vitórias e demonstrando grande poder de adaptação. O time precisa se fechar atrás e jogar aquele futebol retrancado? Eles sabem cumprir com a missão. Precisam dominar um adversário jogando com a bola no pé? Missão dada é, ao menos até agora, missão cumprida.

    O Fluminense tem muitos destaques individuais: Fábio no gol, Thiago Silva na zaga, Jhon Arias e Germán Cano no ataque e até mesmo Hércules saindo do banco de reservas. E quando tudo funciona tão bem, é impossível não atribuir os acertos ao treinador. Renato Portaluppi virou uma espécie de Midas: parece que tudo o que ele toca, vira ouro neste momento. Seja nas substituições decisivas ou até mesmo quando não age diretamente, mas opta por escutar conselhos de um Thiago Silva fazendo as vias de técnico-auxiliar para encaminhar uma vitória histórica sobre a Inter de Milão. Antes, o recado contra os europeus já havia sido dado no empate sem gols contra o Borussia Dortmund, ainda na fase de grupos.

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    O Patinho Feio

    Aquele Fluminense, que não chegou badalado, se agigantou. É, nas palavras do próprio Renato Gaúcho, o “Patinho Feio” da competição. Poucos acreditavam? Ora, aí é que deveriam ter desconfiado que algo poderia acontecer. A história de “Patinho Feio” costuma andar lado a lado com momentos grandiosos do Tricolor das Laranjeiras. Estamos falando do clube que subverteu o conceito da palavra “timinho”, transformando provocação em ironia através de feitos históricos e dando um “T” maiúsculo ao nome.

    A expressão surgiu em 1951, ano em que poucos apostavam na capacidade do time em conquistar o título carioca (que valia muito naquela época). Apesar da desconfiança, aquele elenco contava com nomes que, hoje, são reconhecidos como craques do futebol brasileiro — entre eles, Didi e um jovem Telê Santana.

  • Timinho que virou Timaço

    O time, comandado por Zezé Moreira, costumava vencer suas partidas por placares apertados, como 1 a 0 ou 2 a 1, o que contribuiu para a consolidação do apelido pejorativo. Mas é aquela coisa: os humilhados serão exaltados. Ao final da campanha, o "timinho" superou o Bangu e sagrou-se campeão carioca, transformando-se em um verdadeiro timaço.

    O apelido, no entanto, pegou — especialmente por estar sempre presente nas crônicas de Nelson Rodrigues. E foi resgatado outras vezes na história tricolor, sempre que o time alcançava grandes feitos mesmo em meio à desconfiança. Foi assim em 1959, quando — novamente sob o comando de Zezé Moreira — poucos acreditavam no sucesso do Fluminense. Ou em 1964, na equipe dirigida por Elba de Pádua Lima, o Tim. Ou (por que não?) no título da Libertadores da América de 2023, uma conquista que poucos imaginavam ser possível até virar verdade no conjunto treinado por Fernando Diniz.

    Em todas estas ocasiões, o “Timinho” surpreendeu e levantou troféus históricos. Alguém duvida que seja possível ser campeão do mundo agora em 2025? O Supercomputador realmente tem muita coisa a aprender sobre futebol e sobre Fluminense...

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