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Federico Chiesa e o dilema entre Juventus e seleção italiana: incompreendido ou inacabado?

Onde está Federico Chiesa? O jogador que liderou a Itália ao título da Euro 2020 parece ter desaparecido. E aqueles que acreditavam que, longe da Juventus - e de Massimiliano Allegri -, vestindo a camisa da Itália, as coisas poderiam voltar ao normal, agora enfrentam a dura realidade.

Na amistoso contra a Venezuela, por exemplo, Chiesa teve atuação mais apagada, levando o técnico Luciano Spalletti a substituí-lo, durante o segundo tempo. E este, às vésperas da Euro, é um problema significativo não apenas para a Juventus, mas também para a a seleção.

Alguns meses atrás, Chiesa foi creditado por Spalletti como um jogador capaz de mudar o destino da Itália. A realidade atual, porém, não mostra isso. Abaixo, portanto, a GOAL analisa como tudo nos trouxe a este momento - e como o atacante pode voltar à melhor fase...

  • Federico Chiesa Ukraine Italy UEFA EURO 2024 European qualifierGetty

    Aquém do esperado contra a Venezuela

    O amistoso contra a Venezuela poderia - e deveria - ter sido a oportunidade certa para deixar para trás o momento difícil vivido na Juventus e mostrar que o verdadeiro Chiesa ainda existe. No entanto, as coisas em campo foram muito diferentes.

    Depois de um lampejo inicial - uma finalização que passou perto do gol -, Chiesa praticamente não apareceu mais. Frequentemente obrigado a recuar para receber a bola, muito aberto na faixa esquerda do campo e quase sempre bem barcado, o atacante ficou muito limitado e acabou sendo substituído por Zaccagni, ainda na primeira metade da etapa final.

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  • spalletti(C)Getty Images

    Falta de sintonia tática

    Não há dúvida de que, por trás dos problemas de Chiesa, além da grave lesão no joelho sofrida em janeiro de 2022 e o consequente longo e difícil processo de recuperação, também existe uma incompreensão tática a ser colocada em cheque.

    Allegri, depois de testá-lo - sem sucesso - por um curto período como ala em um 3-5-2, nesta temporada decidiu escalá-lo como segundo atacante. "Chiesa é um atacante, ele marcará 15 gols", assegurou o treinador da Juve, em agosto.

    Mas esses números estão distantes da realidade. O ex-Fiorentina até agora fez 25 jogos e balançou a rede apenas sete vezes. E se, na Itália, Chiesa sempre foi utilizado em sua posição natural, como jogador mais aberto em um trio de ataque, contra a Venezuela Spalletti o utilizou também de maneira adaptada, jogando atrás de Mateo Retegui, ao lado de Davide Frattesi, em uma espécie de 3-4-2-1.

    O resultado? Chiesa demonstrou grandes dificuldades para se encontrar em campo.

  • Allegri ChiesaGetty Images

    Falta de confiança e condições físicas

    A sensação ao assistir Federico Chiesa jogar nos últimos meses é a de um jogador cada vez mais em baixa - e certamente não ostenta de suas plenas condições físicas.

    Isso não é, claro, um mero detalhe para alguém que construiu sua carreira no 'um contra um'.

    Chiesa, nesta temporada, foi várias vezes desfalque devido a pequenas lesões, o que o imepediu de treinar com regularidade. Se somarmos a isso a chegada do talentoso jovem Kenan Yildiz, que, por um período, até o ultrapassou como preferência de Allegri para a posição, o quadro atual fica ainda mais desanimador.

    Spalletti, porém, nunca deixou de confiar em Chiesa - mas agora é hora de provar isso em campo.

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  • E agora?

    Hoje, o futuro de Chiesa permanece um enigma.

    Seu contrato com a Juventus expirará em 30 de junho de 2025 e ainda não foi renovado. Não está, ainda, fora de cogitação para a Juve negociá-lo neste meio de ano, especialmente se Allegri permanecer em Turim. O jogador, por sua vez, precisa de mais confiança. Precisa estar em um ambiente que o ajude a recuperar aquele entusiasmo para realizar suas jogadas.

    Antes disso, há, entretanto, outra Eurocopa batendo à porta. O retorno de uma competição que, há três anos, a Itália venceu, muito em parte, graças às jogadas do próprio Chiesa.

    Os próximos meses, portanto, serão chave para Chiesa provar que a atual fase é apenas um momento - e não um ponto final.

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