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GFX Estevao Neymar EndrickGOAL

Estevão desponta comparado a Endrick pela origem no Palmeiras, mas seu DNA é mais de Neymar e Vini Jr.

A narrativa do jovem que chega para ocupar a vaga do grande craque que deixa o time é antiga no futebol, mas impressiona como foi mudando, a passos assustadoramente apressados, em um mercado exportador de talentos como é o Brasil.

O absurdo é tamanho, que o jovem Estevão, de 17 anos, vai ganhando espaço no time do Palmeiras sendo apontado como herdeiro de Endrick. Sim, o garoto Endrick, cuja maioridade das 18 primaveras é o que lhe separa de ser anunciado como novo jogador do Real Madrid.

Mas os lamentos por vermos tão pouco de Endrick no futebol brasileiro, apesar de ele já ter feito muita coisa, não é o tema central por aqui. O show continua, tem que continuar, e Estevão dá mostras de ser o artista da vez entre as grandes joias que ainda seguem atuando em terras brasileiras.

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  • Endrick e Estevão, treino Palmeiras 2024Cesar Greco/Palmeiras

    Comparações com Endrick

    O primeiro desafio a ser vencido por Estevão, óbvio, será a comparação com Endrick. Apesar de terem características diferentes, são duas joias lançadas no futebol profissional pelo Palmeiras e tidas como grandes promessas a nível mundial. Não é pouca a expectativa.

    Antes mesmo de completar 18 anos, Endrick conseguiu estar à altura de tudo o que se esperava dele com a camisa alviverde: decidiu jogos importantes, foi protagonista de título brasileiro em 2023 e também demonstrou sua importância em duas conquistas estaduais. Ainda pelo Palmeiras, foi convocado pela seleção brasileira principal e já chegou marcando gol.

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  • Estevão, PalmeirasDivulgação/Palmeiras

    Dribles incríveis

    Só o futuro vai dizer se Estevão conseguirá ou não fazer algo parecido em tão pouco tempo. Mas agora é importante deixar claro que são dois jogadores de características diferentes, apesar de ocuparem bastante o lado direito do ataque.

    Endrick é mais atacante, aparece mais na área – e por isso usa a camisa 9 – e Estevão dá mostras iniciais de ser mais um ponta driblador. É um desenho que já começa a ficar evidente nas escalações do Palmeiras, com um mais preso aos lados enquanto o outro já é o centroavante.

    A grande capacidade que Estevão tem para driblar lhe rendeu, ainda nos tempos em que era uma joia da base do Cruzeiro, o apelido de Messinho. Lionel Messi é um grande driblador, evidentemente, mas o estilo e o jeito com o qual risca a bola entre os adversários poderia fazer Estevão ser, facilmente, apelidado como “Neymarzinho” ou “Garrinchinha”.

    E não estamos falando da ousadia para tentar um drible, mas da capacidade para aplicar a jogada com sucesso. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, pela Copa do Brasil, uma estatística mais impressionante que o gol da vitória marcado nos acréscimos demonstra a capacidade de Estevão no seu time: desde 2016, ninguém havia acertado mais dribles do que os 11 aplicados pelo garoto.

  • DNA de Neymar e Vini Júnior

    À frieza do número, também é importante destacar a qualidade e a beleza dos lances. Estevão recebe a bola de costas para o adversário, mas parece ter olhos na nuca: o seu giro é consciente, e a mudança de velocidade deixa adversários com cara de bobo. Isso acontece em todo lugar do campo de ataque. Características que evocam lembranças dos primeiros momentos de maior destaque de Vini Júnior no Flamengo ou, até mesmo, de Neymar pelo Santos.

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  • Abel Ferreira Estevão, Palmeiras 2024Cesar Greco/Palmeiras

    É bom aproveitar enquanto dá

    Uma joia de nível mundial que já entra no futebol profissional dando resultado e fazendo jogadas impressionantes? O mesmo contexto de mercado exportador lamentado no início do texto volta a aparecer aqui, no final: Estevão não vai ficar muito tempo no Brasil. Chelsea e Bayern de Munique hoje aparecem como grandes candidatos a contratá-lo, apesar do sonho do garoto em atuar pelo Barcelona.

    O jeito é aproveitar o tempo que tivermos ele em nossos gramados – sejam os sintéticos ou a maioria naturalmente mais castigada. O testemunho de Abel Ferreira, que nos tempos de jogador teve que marcar Cristiano Ronaldo e, já como técnico, lançou jovens como o próprio Endrick, é daqueles que chocam.

    “Acho mesmo que este jogador é diferente de tudo que eu já vi”, afirmou o treinador palmeirense, em meio a um pedido desesperado para que a joia não seja vendida – ganhar essa vai ser bem difícil, Abel!

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