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Man Utd season preview 2025-26 GFX 16:9Getty/GOAL

O que esperar do Manchester United em 2025/26: Rúben Amorim não tem mais desculpas após investimento de 200 milhões no ataque e voltar à Champions League é obrigação

Rúben Amorim havia assumido o comando do Manchester United há apenas algumas semanas quando declarou, com convicção, que "a tempestade viria" — e ele estava absolutamente certo. O português presenciou o pior desempenho do clube em pontos, a posição mais baixa na tabela e o menor número de gols desde a queda para a segunda divisão há 51 anos. Além disso, acompanhou a derrota na final da Europa League para um Tottenham que terminou ainda abaixo na tabela e que não conquistava um título há 17 anos.

Dias após a derrota em Bilbao, que deixou o clube fora das competições europeias pela primeira vez em 11 anos, Amorim encarou a torcida em Old Trafford e pediu desculpas. No entanto, também fez uma promessa: "Eu disse que a tempestade estava vindo. Hoje, após esta temporada desastrosa, quero dizer a vocês que os bons dias estão chegando."

Amorim precisa estar certo, pois apesar de suas boas palavras durante os 10 meses no comando, ele tem tido dificuldade em extrair o melhor de seus jogadores. Isso, porém, precisa mudar na sua primeira temporada completa, especialmente após reforçar o ataque com três jogadores de alto nível — Matheus Cunha, Bryan Mbeumo e Benjamin Sesko — que juntos marcaram 48 gols na última temporada.

O treinador também ganhou autonomia para afastar jogadores problemáticos como Alejandro Garnacho e Marcus Rashford, além daqueles considerados abaixo do nível esperado, como Antony. Ele recebeu praticamente tudo o que pediu. Agora, cabe a ele fazer tudo isso funcionar.

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  • Tottenham Hotspur v Manchester United - UEFA Europa League Final 2025Getty Images Sport

    Clima em Old Trafford

    Apenas os torcedores do Manchester United nascidos na década de 1960 ou antes conseguem se lembrar de uma temporada pior do que a última, o que gera um otimismo compreensível para o início da nova campanha, já que as expectativas são de melhora.

    O clube resolveu um problema antigo relacionado à falta de gols — ultrapassando a marca de 70 gols em apenas uma temporada nos últimos 12 anos — ao montar um novo trio de ataque, com grande empolgação especialmente em torno de Matheus Cunha, a ponto de algumas pessoas, incluindo o CEO Omar Berrada, já o compararem a Eric Cantona.

    Há certa apreensão em relação a Benjamin Sesko, pois ele está substituindo Rasmus Hojlund, outro jovem atacante contratado por um valor alto, mas que ainda não mostrou um histórico realmente goleador. No entanto, enquanto Sesko ainda é uma promessa, Bryan Mbeumo tem qualidade comprovada na Premier League e deve ajudar bastante a aumentar a produção ofensiva da equipe.

    Muitos torcedores acreditam que o time ainda precisa de mais um meio-campista e esperam que um acordo por Carlos Baleba seja fechado. Além disso, persistem dúvidas sobre André Onana. O apoio a Rúben Amorim é grande, pelo menos em público, embora a forma como o time perdeu a final da Europa League tenha gerado muita revolta. Se a equipe não começar a temporada com bons resultados, é esperado que o descontentamento cresça entre os torcedores.

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  • Mbeumo Sesko CunhaGetty

    Movimentações no mercado

    O Manchester United deixou claras suas intenções no mercado de transferências logo após o fim da temporada, ao contratar Matheus Cunha, do Wolverhampton, pagando sua cláusula de rescisão de £62,5 milhões. O brasileiro já havia causado problemas ao United no passado, incluindo um gol direto de escanteio contra eles na temporada anterior.

    Em seguida, houve um longo processo para assegurar a contratação de Bryan Mbeumo, que finalmente assinou em julho, após o United fechar um acordo de até £71 milhões com o Brentford pelo jogador, que marcou 20 gols na Premier League na última temporada — algo que nenhum atleta dos Red Devils havia feito desde Robin van Persie, há 12 anos. Para completar o novo trio de ataque, o clube também acertou a chegada de Benjamin Sesko, pagando ao RB Leipzig até £74 milhões pelo esloveno, que já estava no radar do United desde os 16 anos. Diego León, do Cerro Porteño, também teve sua transferência confirmada, após um acordo fechado em janeiro, por uma quantia que pode chegar a £7 milhões.

    Na outra ponta, o clube se despediu de Jonny Evans, que se aposentou no final da última temporada, assim como de Christian Eriksen e Victor Lindelöf, cujos contratos chegaram ao fim. Marcus Rashford foi emprestado ao Barcelona, enquanto os jovens formados na base Ethan Wheatley, Daniel Gore e Toby Collyer foram emprestados para Northampton, Rotherham e West Bromwich, respectivamente.

    Novas saídas ainda estão por vir. Alejandro Garnacho está próximo de se transferir para o Chelsea, e o United busca encontrar novos clubes para Jadon Sancho, Antony e Tyrell Malacia. Já Rasmus Hojlund está prestes a voltar à Serie A, ao acertar empréstimo para o Milan. Quanto às chegadas, o clube não descarta mais reforços, especialmente para o meio-campo, onde busca a contratação de Carlos Baleba, do Brighton.

  • Patrick Dorgu, Bruno Fernandes, Manchester United Getty

    Desempenho na pré-temporada

    O Manchester United iniciou sua sequência de cinco jogos de pré-temporada com um decepcionante empate sem gols contra o Leeds, em Estocolmo, o que levou Rúben Amorim a reclamar da "falta de ritmo" no meio-campo. Em seguida, o time embarcou na terceira turnê consecutiva pelos Estados Unidos, onde venceu o West Ham por 2 a 1, goleou o Bournemouth por 4 a 1 e empatou em 2 a 2 com o Everton, garantindo o título da Premier League Summer Series.

    A equipe de Amorim encerrou os preparativos para a temporada com um empate por 1 a 1 contra a Fiorentina, em Old Trafford, vencendo a disputa de pênaltis na sequência. As atuações dominantes contra West Ham e Bournemouth deram aos torcedores motivos para otimismo, já que o time apresentou ritmo e fluidez, com Bruno Fernandes se entendendo bem com Matheus Cunha, e Patrick Dorgu dando um grande salto em relação à temporada anterior.

    No entanto, também havia razões para cautela. Contra o Everton, o time demonstrou preocupação na lentidão para recuperar a bola e fechar os adversários, o que levou Bruno a chamar os companheiros de "preguiçosos" e a cobrar mais reforços. É importante destacar que, embora a equipe tenha permanecido invicta, não enfrentou adversários de alto nível e, portanto, ainda não foi verdadeiramente testada.

    “Acho que eles parecem muito mais físicos, têm muito mais presença, especialmente com as novas contratações, então há uma melhoria,” disse o ex-volante do Manchester United, Nicky Butt, à GOAL, via BetMGM. “Mas acho que a pré-temporada é realmente enganosa. Você não sabe quão preparado está até enfrentar um time da Premier League, e é aí que provavelmente saberá após dois ou três jogos. Mas, de qualquer forma, estão melhores do que no final da última temporada.”

  • Ruben Amorim Man UtdGetty

    Falando sobre táticas

    Rúben Amorim tem sido bastante direto ao falar sobre os resultados desastrosos da equipe sob seu comando. Quem poderia esquecer quando ele chamou seu time de “talvez o pior Manchester United da história” após a derrota para o Brighton? Ele também foi honesto ao admitir que deveria estar sob mais pressão. Como afirmou durante a turnê de pré-temporada: “Se você tentar lembrar de uma grande equipe que perdeu tantos jogos e o técnico manteve o emprego, você não vai encontrar.”

    Mas agora, com uma pré-temporada completa realizada e um orçamento superior a £200 milhões para investir em um novo setor ofensivo, a proteção que o cercou até aqui em Old Trafford está prestes a ser removida. Amorim e seus apoiadores também não poderão mais usar a falta de tempo de treino ou a agenda cheia de jogos como justificativas para maus resultados, já que o United não disputa competições europeias nesta temporada.

    O time terá um início de campeonato desafiador, enfrentando Arsenal, Manchester City, Chelsea e Liverpool nos primeiros oito jogos, e provavelmente terá pouca margem de erro contra equipes de meio e parte inferior da tabela. Amorim prometeu manter a formação 3-4-2-1 que adotou durante toda sua carreira como treinador, mas, fundamentalmente, agora poderá escalar jogadores que se encaixam nesse esquema. Matheus Cunha atuou como um meia ofensivo no Wolverhampton, enquanto Dorgu e Amad Diallo vêm se destacando nas funções de alas durante a pré-temporada.

    “O sistema é bom, o problema é tentar encaixar jogadores em um sistema que não se adapta a eles,” acrescentou Nicky Butt. “Quando você aumenta a confiança, tem os jogadores certos no clube e o treinador impõe sua autoridade, realmente não importa qual sistema você usa. Para mim, os sistemas são mais uma desculpa. Mas agora ele tem jogadores que podem jogar do jeito que ele quer dentro desse sistema.”

  • Bruno Fernandes Manchester United 2025Getty

    O melhor jogador

    Apesar das contratações de destaque, Bruno Fernandes continua sendo o jogador mais importante do Manchester United em todos os aspectos. Prova disso foi a recusa do clube em aceitar uma oferta de £80 milhões do Al Hilal, mesmo em meio a relatos de dificuldades financeiras.

    "Ele é nosso líder e extremamente importante, não apenas dentro de campo, mas também fora dele", afirmou Rúben Amorim, que pediu pessoalmente ao seu capitão para permanecer durante a turnê pós-temporada na Ásia. "Ele lidera pelo exemplo. Isso ficou muito claro na temporada passada — basta ver pelos gols e assistências."

    O United recompensou a lealdade do meia português ao reforçar o setor ofensivo com as chegadas de Matheus Cunha, Mbeumo e Sesko — jogadores que devem elevar seus números de assistências. Na última temporada, Bruno Fernandes foi o atleta que mais criou chances na Premier League, mas registrou apenas 10 assistências devido à baixa eficácia de finalização de nomes como Hojlund, Garnacho e Rashford.

    Além disso, Matheus Cunha e Mbeumo devem aliviar a carga sobre o capitão, permitindo que ele atue mais avançado e tenha mais liberdade para buscar o gol. Até aqui, o time vinha dependendo excessivamente do português, forçando-o a assumir responsabilidades defensivas e criativas praticamente sozinho.

    "Acho que agora ele tem mais jogadores, sinto que há mais apoio para ajudá-lo a liderar o grupo — e isso é algo positivo", acrescentou Rúben Amorim. "O problema é que, às vezes, ele se frustra e perde o foco do seu próprio futebol. Ele quer tanto ajudar os companheiros que, em certos momentos, acaba fazendo mais do que deveria. Eles precisam fazer seu papel, e o Bruno, por exemplo, tem que esperar a bola e confiar que ela vai chegar."

  • Chido Obi Man UtdGetty

    Jovem em ascensão

    Chido Obi. O atacante dinamarquês grandalhão causou alvoroço entre os torcedores quando trocou o Arsenal pelo Manchester United no ano passado, após se destacar com um impressionante histórico de gols nas categorias de base. Ele havia chamado atenção ao marcar sete vezes em um único jogo contra o Norwich pelo time sub-18 dos Gunners, além de incríveis dez gols contra o Liverpool no sub-16.

    No United, manteve a veia artilheira: marcou um hat-trick em apenas 15 minutos em sua estreia completa pelo sub-18 contra o Nottingham Forest e rapidamente se tornou o maior goleador da história da Premier League sub-18. Também teve grande desempenho na Copa da Inglaterra sub-18, com dois gols diante de Coventry e Preston, e um hat-trick na goleada por 5 a 1 sobre o Chelsea.

    Essas atuações renderam a Chido algumas oportunidades no time principal na temporada passada. Ele fez história em maio, ao ser escalado como titular contra o Brentford, tornando-se o jogador mais jovem da história do Manchester United a iniciar uma partida de Premier League.

    Embora tenha mostrado certa inexperiência nos poucos jogos que disputou, também demonstrou perigo constante — especialmente durante a excursão de pré-temporada na Ásia, quando marcou duas vezes contra a equipe de Hong Kong, virando o jogo e superando Hojlund, salvando Rúben Amorim de mais um vexame.

    Com a chegada de Benjamin Sesko, é provável que Chido tenha menos oportunidades como titular imediato, o que pode ser positivo, já que o clube busca evitar colocar pressão excessiva sobre seus ombros de apenas 17 anos.

    Algumas entradas bem planejadas ao longo da temporada — vindo do banco na liga e atuando como titular em partidas de copas — devem ajudá-lo a se integrar de forma gradual ao elenco principal. E se conseguir replicar seu faro de gol no nível profissional, o United pode estar prestes a revelar um artilheiro de alto nível — de perfil comparável ao de Erling Haaland.

  • Amad Diallo Man Utd 2025Getty Images Sport

    O que significa ter sucesso

    "Se eu não tivesse visto tais riquezas, poderia viver sendo pobre", cantou a banda de Manchester James — e, mesmo que o padrão tenha caído consideravelmente após a última temporada, a herança do Manchester United faz com que torcedores e críticos não aceitem nada menos do que uma colocação entre os seis primeiros.

    Voltar à Champions League é, portanto, essencial, tanto pelas dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube quanto pelo investimento pesado feito no elenco nesta janela — justamente quando se esperava uma política de austeridade.

    Sem uma competição europeia como distração ou fator de desgaste, também haverá expectativa por boas campanhas nas Copas da Inglaterra e da Liga Inglesa.

    Rúben Amorim, que teve sucesso nas competições domésticas em Portugal, sabe que levar o time a Wembley e conquistar um troféu pode ser fundamental para fortalecer seu vínculo com a torcida e consolidar sua posição no comando.

  • Bryan Mbeumo Matheus Cunha Manchester United 2025-26Getty Images

    Previsões ousadas

    Jogador da temporada: Bruno Fernandes. O capitão do Manchester United finalmente terá ao seu lado um ataque à altura de sua visão e criatividade. Após cinco anos carregando o setor ofensivo praticamente sozinho, ele deve prosperar com companheiros de mentalidade e qualidade semelhantes.

    Maior decepção: André Onana. A posição de goleiro já era motivo de preocupação antes mesmo da temporada começar, e a ausência de Onana na pré-temporada por lesão não ajudou. Com tantos críticos à espreita, sua margem de erro será mínima.

    Melhor contratação: Matheus Cunha. Com mentalidade forte e capacidade de decisão, o brasileiro oferece exatamente o que o United buscava: um jogador capaz de aliviar a carga criativa sobre Bruno Fernandes e trazer impacto imediato no ataque.

    Artilheiro: Bryan Mbeumo. Após temporadas consistentes em um time de meio de tabela, Mbeumo agora tem o cenário ideal para dar um salto de qualidade. Com mais suporte e mais oportunidades, pode liderar a equipe em gols.

    Posição na liga: Quinto lugar. Um salto considerável em relação à temporada passada, embora ainda aquém do top 4. Mesmo assim, o suficiente para colocar o Manchester United de volta à Champions League — especialmente com a possível ampliação das vagas via novo formato da competição.

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