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Haaland's bid to take Norway to first World Cup in 28 yearsGetty/GOAL

Erling Haaland está pronto para fazer a "maior festa de todos os tempos" e levar a Noruega de volta à Copa do Mundo após 28 anos

A classificação direta para a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá, está nas mãos da Noruega — e nos pés de Haaland. O atacante do Manchester City lidera as eliminatórias da UEFA com nove gols em cinco partidas, três a mais que seus concorrentes mais próximos.

No último jogo da Noruega contra a Moldávia, ele marcou cinco gols e deu duas assistências na goleada de 11 a 1. A equipe venceu todas as cinco partidas e assumiu a liderança com seis pontos de vantagem sobre a Itália, que ainda tem um jogo a menos, restando três rodadas.

Se a Noruega mantiver seu recorde de 100% de aproveitamento ao enfrentar Israel em um jogo politicamente delicado nestes sábado (11), dará mais um passo importante rumo ao objetivo. Caso vençam e a Itália não consiga triunfar sobre Estônia ou Israel, a Noruega garantirá a vaga na Copa do Mundo com duas rodadas de antecedência.

Mesmo que a Itália consiga o máximo de pontos, há um incentivo extra para a Noruega não apenas ganhar de Israel, mas ganhar com grande margem: o confronto final será justamente contra a Itália, um jogo direto pela classificação que pode se decidir pelo saldo de gols. Isso aumenta ainda mais a pressão sobre Haaland, que atuará como capitão na ausência do lesionado Martin Odegaard.

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  • Alfie Erling 2Getty

    Laços de família

    Haaland mantém uma relação próxima com seu pai, o ex-jogador Alfie, mas também uma rivalidade saudável. "Ele nunca me pressionou, mas percebeu cedo que eu queria ser bom no futebol", disse Erling à revista Time. "Há muito tempo disse que, com sorte, me tornaria melhor que ele. Isso sempre foi uma motivação para mim: viver do futebol e superar meu pai."

    Erling já teve uma carreira mais impressionante que a do pai, que passou 20 anos jogando sem conquistar grandes títulos. Erling, por sua vez, levantou nove troféus, incluindo a Champions League e a Premier League, além de duas Chuteiras de Ouro e prêmios de melhor da temporada na Inglaterra e na Alemanha. Mas Alfie tem algo que o filho ainda não conquistou: jogar uma Copa do Mundo.

    Ele integrou a seleção da Noruega que disputou a Copa de 1994 nos EUA. Por isso, a possível classificação de Erling para o torneio do próximo ano teria um significado especial, tornando-o o segundo da família a jogar a competição mais importante do planeta — e no mesmo país que seu pai.

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  • Norway ItalyGetty

    'A maior festa de todos os tempos'

    A Noruega disputou a Copa do Mundo pela última vez em 1998, sem a presença de Alfie Haaland. Nos Estados Unidos, foram eliminados na fase de grupos por apenas um gol, depois que todas as quatro equipes da chave terminaram com quatro pontos. Na França, em 1998, tiveram uma campanha épica, chegando às oitavas de final ao vencer nada menos que o Brasil, atual campeão mundial na época.

    Embora a seleção brasileira já estivesse classificada como líder do Grupo A, ainda contava com uma das suas melhores equipes, incluindo Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldo, então considerado o melhor jogador do mundo. A Noruega saiu atrás no placar aos 34 minutos do segundo tempo, mas virou o jogo em cinco minutos, vencendo por 2 a 1 com gols de Tore André Flo e um pênalti cobrado por Kjetil Rekdal aos 44 minutos.

    Nas oitavas, foram derrotados pela Itália por 1 a 0, mas ninguém esqueceu a vitória histórica sobre o Brasil. Haaland, no entanto, mantém os pés no chão e reconhece que apenas chegar à Copa do Mundo já seria um feito histórico. "Se nos classificarmos, seria como se outra grande nação vencesse," disse ele à Time. "Seria a maior festa de todas. As cenas em Oslo seriam incríveis."

  • Haaland SolbakkenGetty

    "Cansado" de falar sobre a Copa de 98

    A Noruega quase viveu a maior festa de sua história ao vencer a Itália por 3 a 0 em junho. Apesar da chuva intensa, os torcedores permaneceram no Estádio Ullevaal muito depois do apito final, cantando e apoiando os jogadores com seus ponchos. "As pessoas não queriam ir para casa", disse o técnico Stale Solbakken. "A chuva estava caindo, mas eles estavam lá muito antes do jogo e muito depois."

    Solbakken, que fez parte da equipe norueguesa na Copa do Mundo de 1998, dá aos jogadores atuais — a maioria dos quais nem havia nascido naquela época — uma ligação com o passado. No entanto, ele quer deixar isso para trás. "Estamos cansados de falar sobre isso agora, então precisamos ir para outro torneio", afirmou. "Estamos apenas na metade das Eliminatórias, mas seria algo enorme para a Noruega se chegássemos à Copa do Mundo de 2026. Já faz 25 anos que não disputamos um grande torneio, então já está na hora."

    A experiência de Solbakken na Copa do Mundo, porém, não é seu episódio mais marcante. Em 2000, enquanto treinava o Copenhague, ele sofreu um ataque cardíaco, ficando com o coração parado por quase sete minutos e entrando em coma por 30 horas. "Ele estava clinicamente morto", disse o médico que o reanimou. "É um milagre que ele ainda esteja vivo."

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    'Nosso maior vencedor de partidas'

    Solbakken foi obrigado a se aposentar aos 30 anos, iniciando sua carreira como treinador em 2002. Conquistou oito títulos do Campeonato Dinamarquês com o Copenhague em duas passagens antes de assumir a seleção da Noruega em 2020. Ele conta com uma geração talentosa liderada por Haaland e Odegaard, incluindo Oscar Bobb, Alexander Sorloth, Antonio Nusa, Sander Berge e Julian Ryerson.

    "Ofensivamente, agora temos jogadores com um fator X. Sentimos que sempre podemos marcar um gol", disse Solbakken. "Como equipe, também nos tornamos mais sólidos defensivamente. Temos um conjunto melhor. O sentimento no grupo sempre foi bom, mas agora há uma vantagem extra com nosso desempenho recente."

    Apesar de Haaland ser o destaque, Solbakken afirma que o atacante é "fácil de treinar". "Ele é muito pé no chão e se preocupa em cumprir seu papel defensivo. Pensa na equipe antes de si mesmo. Quando outros jogadores marcam, ele se alegra tanto quanto quando marca. Ele sabe que é um líder e cuida muito bem dos colegas. Todos sabem que Erling é nosso principal solucionador de jogos, e temos que colocá-lo nas áreas certas para que seja perigoso e marque gols."

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    Gols e mais gols

    O comprometimento de Haaland com a equipe ficou claro na goleada sobre a Moldávia. Segundo uma fonte próxima, ele sabia da importância do saldo de gols para a classificação da Noruega e se esforçou para marcar o máximo possível, recolhendo a bola rapidamente após cada gol para reiniciar o jogo e criar mais chances.

    O resultado foi uma grande vantagem no saldo de gols em relação à Itália, que havia vencido todos os jogos, exceto pela derrota em Oslo, episódio que levou à demissão de Luciano Spalletti. Curiosamente, Spalletti ainda comandou a Itália na partida seguinte contra a Moldávia, que terminou apenas 2 a 0, contrastando com a goleada aplicada pela Noruega. Seu sucessor, Gennaro Gattuso, adotou uma abordagem mais ofensiva, mas a Itália segue muito atrás, com saldo de gols de 5 contra 21 da Noruega.

    A Itália terá nova chance contra a Moldávia antes de enfrentar Haaland e companhia no San Siro em novembro, tentando reduzir a diferença de gols, enquanto a Noruega jogará em casa contra a Estônia para proteger sua vantagem.

  • Haaland NorwayGetty Images

    Chamando a responsabilidade

    Haaland sabe da importância dos próximos três jogos para a Noruega e de seu papel em levar o país à quarta Copa do Mundo como principal artilheiro. No ano passado, aos 24 anos, ele se tornou o maior goleador da história da seleção, quebrando um recorde de 90 anos, ao marcar seu 34º gol em uma vitória da Nations League sobre a Eslovênia — um jogo que ele considera sua melhor atuação pelo país.

    A Noruega alcançou esse feito sem Odegaard, que ainda se recupera de uma lesão no joelho e deve perder os dois últimos jogos das Eliminatórias em novembro. Como o meia é o principal garçom de Haaland, o atacante dos Citizens, agora com 48 gols em 45 jogos pela Noruega, será o ponto central de inspiração contra Israel.

    Haaland está mais do que preparado para essa responsabilidade. Ele tem liderado o ataque de um Manchester City inconsistente no início da temporada e está pronto para se destacar novamente pelo seu país, com a chance de escrever um momento histórico tanto para a Noruega quanto para sua família.

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