O técnico tem sido pragmático no que se refere à grande quantidade de dinheiro gasto pelo United. E quem pode culpá-lo? O Arsenal quebrou o recorde de maior transferência doméstica firmando a chegada de Declan Rice e já ultrapassou a casa dos 200 milhões de libras (cerca de R$ 1,22 bilhão) com os anúncios de Kai Havertz e Jurrien Timber. O Chelsea, por sua vez, gastou mais de 300 milhões de libras (valor superior R$ 1,8 bilhão) na última temporada, adquirindo Christopher Nkunku e Nicolas Jackson por mais 100 milhões de libras (cerca de R$ 612 milhões). O Liverpool também não tem poupado investimentos, desembolsando mais de 100 milhões de libras em Alexis Mac Allister e Dominik Szoboszlai. Fica difícil competir.
E ainda pode haver mais chegadas no United. Os nomes de Sofyan Amrabat, meia da Fiorentina, e do goleiro japonês Zion Sukuki seguem sendo citados nos arredores do Old Trafford, mas a tendência é que o clube só volte a se movimentar caso Scott McTominay, Fred ou Harry Maguire deixe o clube por alguma boa proposta.
"Vocês viram os investimentos feitos por outros clubes. Não dá para competir na Premier League sem investir em seu elenco", afirmou Ten Hag. "É uma escolha: se você quer competir, é preciso investir".
Mas, apesar do discurso ameno, o United está inquestionavelmente sob pressão para performar novamente nesta temporada, após dobrar a aposta em Ten Hag. De todo modo, o técnico conseguirá lidar com a situação e continuará mostrando ser o cara certo para liderar a reconstrução do clube.
E a diretoria claramente concorda com isso, dando ao holandês todas as ferramentas requisitadas para continuar com esse processo. Porém, um início ruim de temporada e mais das derrotas acachapantes do passado recente podem fazer as pessoas começarem a se questionar se isso é realmente verdade.