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Do Katrina à enchente no Rio Grande do Sul: como o esporte lidou com grandes tragédias, entre jogos suspensos e "o show tem que continuar"

As enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul já estão na história como uma das maiores tragédias do Brasil em todos os tempos. Estamos falando de centenas de mortos e desalojados, vidas e sonhos desfeitos. Planos destroçados ou, no mínimo, abreviados. Imagens de dor e trauma. E é claro que um desastre com toda esta proporção também acaba afetando, em meio a todo tipo de área possível, o futebol.

Dentro da editoria de esportes, as imagens que ficam das enchentes em Porto Alegre são dos estádios de Internacional e Grêmio, além de seus respectivos centros de treinamento, absolutamente inundados -- com a água do rio Guaíba preenchendo toda a extensão dos gramados. Alguns jogadores, como o gremista Diego Costa ou o colorado Thiago Maia, apareceram se arriscando para salvar outras pessoas. Ou seja, palco e atores não estão disponíveis para o espetáculo da bola.

No debate sobre o que fazer com os jogos, depois de muita briga ficou acertado que duas rodadas do Brasileirão, a 7ª e 8ª, serão adiadas. Como o esdrúxulo e incompetente calendário da CBF vai lidar para encontrar novas datas, ninguém sabe ainda -- quem mandou esticar a corda e não deixar nenhuma rede de apoio para amortecer grandes imprevistos? De qualquer forma, fato é que, por hora, jogos da elite do futebol brasileiro foram adiados. Uma resposta imediata para um problema imediato.

Como o esporte deve reagir em meio a tragédias de tal magnitude cabe a cada contexto – da tragédia e dos países e localidades afetadas, em especial. Abaixo, você vai encontrar uma série de exemplos vistos em outros desastres e como cada país, ou campeonato ou confederação esportiva, se comportou.

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  • TurquiaGetty Images

    Terremoto na Turquia e Síria, 2023

    O outro exemplo mais recente de grande desastre natural, que afetou um grande centro do futebol, foi o do terremoto de 7,8 graus de magnitude, responsável por quase 60 mil mortos entre Síria e Turquia no início de 2023.

    A tragédia obrigou o adiamento de uma rodada do Campeonato Turco da temporada 2022/23. No entanto, as equipes das regiões mais afetadas pelo terremoto, Hatayspor e Gaziantep, tiveram permissão para se retirarem da competição sem serem punidas com rebaixamento naquela edição do certame.

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  • MuniqueGetty Images

    Grandes enchentes na Europa em 2021

    Um cenário semelhante ao vivido hoje pelo Rio Grande do Sul aconteceu, em julho de 2020, na Alemanha. As enchentes foram vistas por toda Europa ocidental, mas as cenas mais graves e as centenas de mortes estiveram concentradas no território alemão e um pouco na Bélgica.

    O transbordamento do rio Ahr gerou uma catástrofe responsável por 177 mortes, todas concentradas nos estados da Renânia-Palatinado e Renânia do Norte-Vestfália. A Alemanha não via um desastre natural tirar tantas vidas desde 1962, e os alertas em relação aos problemas climáticos ficaram registrados pela maior quantidade de chuvas caindo sobre o país em um século.

    Na esfera esportiva, contudo, a tragédia das enchentes não afetou muita coisa. Isso porque ela aconteceu num período sem jogos de clubes, após o término da temporada regular de futebol. A Eurocopa estava sendo disputada e teve partidas em Munique, que não sofreu tanto com as enchentes.

  • TerremotoGetty Images

    Terremotos e tsunamis no Chile e Japão

    Em fevereiro de 2010, um terremoto com escala 8,8 de magnitude deixou mais de 700 mortos no Chile. E é evidente que o futebol também foi impactado: primeiro, com a suspensão das atividades; depois, com a decisão de fazer um grande torneio unificado, ao invés da divisão tradicional entre os torneios Apertura e Clausura.

    Tremores de terra também não são grande novidade na vida dos japoneses. Em março de 2011, contudo, o terremoto veio acompanhado de um tsunami e o tsunami provocou um acidente nuclear na usina de Fukushima, a 260 quilômetros de Tóquio. Foi a maior catástrofe enfrentada pelo Japão desde as bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945.

    A consequência no futebol foi a paralização das atividades durante um mês, com algumas equipes tendo que mandar seus jogos em outros estádios.

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  • SaintsGetty Images

    Nova Orleans e o furacão Katrina

    Falando em ter que se mudar de casa, e saindo do futebol comum para o football dos Estados Unidos, a história do New Orleans Saints daria um filme. A franquia da NFL estava viajando quando o furacão Katrina devastou o estado da Louisiana, causando mais de 1500 mortes – a maioria por consequência das enchentes causadas após o rompimento dos diques que cercam Nova Orleans.

    Desalojados de suas instalações, os Saints se mudaram temporariamente para o Texas. Sem casa, e também fazendo as vias de mandante em lugares como Nova York e San Antonio, o time não fez uma boa temporada. A NFL não parou por causa da tragédia em 2005: optou pelo caminho das doações em dinheiro obtidos através da receita de jogos. No ano seguinte, de volta para casa, os Saints fizeram grande campanha e chegaram até o Superbowl, a grande final do futebol americano.

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