- Números de jogadores da MLS que chegam ao Brasil aumentou nos últimos anos
- Destaques como Thiago Almada, Luiz Araujo, Facundo Torres entre outros
- Scouting de times da liga americana é referência
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Divulgação/Orlando CityTem crescido nos últimos anos o número de jogadores que saem da MLS e desembarcam no futebol brasileiro. Um levantamento feito pela revista “Exame” mostra que na atual temporada (2024/2025), cerca de 16 atletas saíram da liga americana para o Brasil. Em 2019/2020, por exemplo, este número foi de apenas dois jogadores.
Mais do que a quantidade, a qualidade também é perceptível. Nomes como Thiago Almada e Luiz Araújo se tornaram grandes destaques no cenário nacional com as camisas de Botafogo e Flamengo. O primeiro, inclusive, já está no Lyon, da França, onde mantém o grande nível.
“É uma mudança de estratégia da Liga, de trazer jogadores mais jovens, apostar em revendas e participar do mercado como protagonista. Antigamente a MLS era a liga que trazia jogadores mais velhos, hoje aparece no mercado competindo com os clubes brasileiros, europeus. Fazendo mais ou menos o que faziam e ainda fazem as equipes portuguesas. Porto, Benfica, Sporting, na América do Sul, buscando jovens jogadores e depois revendendo para outros clubes da Europa. É o que a MLS tenta fazer, traz esse jogador, melhora esse jogador”, disse Ricardo Moreira, diretor executivo de futebol do Orlando City em entrevista à GOAL.
AFPO trabalho de scouting feito nos clubes da MLS se tornou uma referência para equipes brasileiras. Dirigentes reconhecem que não há como ignorar o mercado, pela qualidade do trabalho que vem sendo feito. Em bate papo com a GOAL, Ricardo Moreira falou um pouco sobre o tema e a evolução da liga americana.
Na última janela de transferências, o Orlando City negociou Facundo Torres com o Palmeiras por cerca de 14 milhões de dólares, valores impactantes para os dois clubes.
“A identificação do Facundo foi uma mudança de estratégia do Orlando. A gente deixou sair um jogador mega importante para a gente no momento que vivemos de 2019 a 2021, que era o Nani. Ele voltou para a Série A da Itália e a gente decidiu apostar em jogadores mais jovens, com potencial de crescimento. Claro, quando a gente desenhou a estratégia, a gente estava ansioso, não sabia se ia dar certo, mas o plano deu certo. Estamos conseguindo a cada ano dar um passo para um degrau acima”, disse Ricardo.
Abaixo, confira a entrevista completa:
Divulgação/Orlando CityQuando eu cheguei no clube como diretor de futebol eu acumulava a função de diretor de scouting, hoje temos um head de scouting, um diretor, um scouting só para College (universidade), scouting na América do Sul, na Europa. Temos uma equipe.
Aqui na MLS a gente está olhando para a Universidade, olhando para o Brasil, para o sub-20 de todas as ligas. Temos um jogador aqui, lateral-direito que é da Islândia, é um jogador que estava na liga da Islândia.
Aqui eu trabalho com a mesma comissão técnica há cinco anos, a gente tem um processo bem definido. A gente define o perfil de jogador que a gente quer. O perfil do lateral, do zagueiro, temos um perfil técnico e tático para cada posição, e em algumas posições temos diferentes perfis. A gente joga isso num software desenvolvido dentro da nossa casa e esse software ajuda que a gente consiga filtrar nas mais diversas ligas, o jogador naquele perfil. Aí estamos com o head de scouting para tomar as decisões de qual jogador vamos atacar no mercado”.
FIFA“É o momento propício. Os estádios são os melhores do mundo, os centros de treinamento que vão receber os clubes, tanto das equipes da MLS quanto das Universidades, também são de alto nível, da melhor categoria possível.
Tem uma coisa que a gente não consegue comprar, que é a cultura, cultura não se compra. A medida que a liga vai crescendo, tendo mais exposição, você trazer para o país esses jogos, essas competições, eu acho que vai impactar futuras gerações, as gerações dos meus filhos, adolescentes hoje serão impactos. Aí sim a gente vai conseguir construir a cultura.
A liga é forte, está crescendo, mas não temos, por exemplo, nas escolas, a cultura que tem em outros países. Você não pega um táxi e conversa sobre futebol. VocÊ não vai cortar o cabelo, vai ao shopping e fala sobre futebol. Então, agora, talvez isso vá mudando”.
GettyFacu é um pai de família, maduro, super inteligente, a adaptação dele pelo o que eu escuto foi excelente. Ele é um cara com a cabeça acima da média para o que a gente conhece no futebol. É um jogador que pode jogar pela beirada esquerda, como camisa 10 e, principalmente, como canhoto invertido. Com o Abel, um treinador que tem capacidade para tirar coisas do Facundo que a gente ainda não viu. Ele foi muito bem aqui e agora dando mais um salto na carreira”.