Diego Ribas no Flamengo, Santos e mais: os títulos, clubes e recordes do meia

Diego é cria da base do Santos, clube onde apareceu com grande destaque em 2002. Na época apenas um jovem de 16 anos, o meia já mostrava ali futebol de gente grande. Quando pouquíssimos imaginariam que o Alvinegro Praiano poderia brigar por alguma coisa naquele momento, tendo Diego como referência o Santos foi campeão brasileiro naquele 2002.

Em 2003, Diego foi vice da Libertadores com o Santos (em final perdida para o Boca Juniors) e deixou a Vila Belmiro em 2004 tendo participado de outra campanha com título brasileiro. Vendido ao Porto, chegou com status de grande contratação e tendo a responsabilidade de ocupar a lacuna deixada por Deco. Ficou em Portugal por duas temporadas, tendo conquistado títulos nacionais e, o mais importante de sua passagem pelos Dragões, o Mundial de Clubes de 2004 ao derrotar os colombianos do Once Caldas nos pênaltis.

Após duas temporadas no Porto, Diego foi comprado pelo Werder Bremen, da Alemanha, em 2006 e viveu momentos especialíssimos em três temporadas pelo clube alviverde. O título da Copa da Alemanha, em seu último ano no clube, foi o ponto alto.

O momento mais difícil, contudo, curiosamente foi quando Diego recebeu o que poderia ser interpretado como sua grande chance de brilhar por uma potência da primeira prateleira do futebol europeu. Mas a passagem de Diego pela Juventus, da Itália, não rendeu o esperado e, após uma temporada, o meia acabou retornando para o futebol alemão.

O retorno à Bundesliga prometia. Diego não sofria mais tanto com os problemas físicos que atrapalharam sua passagem pela Juventus, mas acabou tendo alguns problemas com o então técnico do Wolfsburg, Felix Magath, e ao final de sua primeira temporada no clube da Volkswagen acabou sendo emprestado para o Atlético de Madrid. Ainda voltaria ao Wolfsburg para uma temporada e meia antes de ser negociado em definitivo com o Atleti em janeiro de 2014.

Na Espanha, reencontrou o bom futebol defendendo a equipe treinada por Diego Simeone e ajudou os colchoneros a venceram a Europa League em 2011-12. Quando retornou ao Atleti, nesta segunda vez em contrato definitivo, não conseguiu ser o titular inquestionável de anos antes. Mesmo assim, se estabeleceu como peça importante na histórica temporada 2013-14, que terminou com o título de La Liga e o vice-campeonato na Champions League.

Depois de sua segunda passagem feliz pela Espanha e pelo Atlético de Madrid, Diego aceitou o desafio de vestir a camisa do Fenerbahce. A passagem pela Turquia teve alguns bons momentos, mas a verdade é que o jogador não entrou na história do Fener com o protagonismo que muitos esperavam. Após cerca de dois anos no clube, era momento de retornar ao Brasil para, aí sim, fazer história.

Diego Ribas foi contratado pelo Flamengo em 2016 e chegou carregado nos ombros dos torcedores quando desembarcou no aeroporto. Vestido de preto e vermelho teve momentos bons e ruins: foi peça importante e referência técnica, mas a decepção pelo pênalti desperdiçado na final perdida de Copa do Brasil de 2017, contra o Cruzeiro, aliado a lesões, lhe renderam algumas críticas.

Diego chegou a estar perto de deixar o Flamengo em 2018, mas permaneceu e ninguém se arrependeria. Apesar de não ser constantemente titular, o meio-campista foi decisivo para o sucesso da histórica temporada 2019. Foi de seus pés, por exemplo, que saiu o lançamento que terminou com o gol do título da Libertadores, anotado por Gabigol sobre o River Plate.

Entre críticas e elogios, a passagem de Diego pelo Flamengo é histórica e promete deixar muitas saudades e boas lembranças para o torcedor rubro-negro. E, para deixar ainda mais especial, foi no clube carioca que o camisa 10 decidiu se aposentar e fazer a sua última partida como jogador profissional. A homenagem feita pelos torcedores não deixa dúvidas em relação à importância do jogador.

Ao todo, Diego disputou um total de 37 jogos pela equipe principal do Brasil e fez quatro gols. A sua estreia foi em 2003 e seu último jogo aconteceu em 2017. O jogador chegou a ser cogitado para Copas do Mundo, mas nunca chegou a participar de uma.

Santos: Brasileirão (2002, 2004)

Porto: Mundial de Clubes/Intercontinental (2004), Campeonato Português (2005/06), Taça de Portugal (2005/06), Supertaça Cândido de Oliveira (2004).

Werder Bremen: Copa da Liga Alemã (2006), Copa da Alemanha (2008/09).

Atlético de Madrid: UEFA Europa League (2011/12), La Liga (2013/14).

Fenerbahce: Supercopa da Turquia (2014).

Flamengo: Libertadores (2019 e 2022), Brasileirão (2019, 2020), Campeonato Carioca (2017, 2019, 2020, 2021), Recopa Sul-Americana (2020), Supercopa do Brasil (2020, 2021), Copa do Brasil (2022).

Seleção brasileira: Copa América (2004, 2007)

Campeão brasileiro mais jovem da história do torneio: tinha 17 anos, nove meses e 13 dias quando o Santos levantou o troféu em 2002.

Único meia campeão brasileiro no sistema de mata-mata e no sistema de pontos corridos.