Ilkay Gündogan sentiu a necessidade de apontar que, em comparação com os planos abortados para uma Super Liga proposta, a reformulada Liga dos Campeões é um "mal menor". O verdadeiro problema? "Mais e mais partidas", apontou o meio-campista. "Ninguém está pensando em nós jogadores?" A resposta é obviamente não - pelo menos entre os principais líderes do futebol.
O calendário está claramente afetando as principais equipes. Para citar apenas dois casos, nos últimos anos, tanto o Liverpool quanto o Manchester United sofreram quedas dramáticas de forma - e graves crises de lesões - após jogar mais de 60 vezes na temporada anterior. O defensor do United, Raphael Varane, admitiu mesmo depois de se aposentar da seleção da França, em fevereiro, com apenas 29 anos, que "temos agendas sobrecarregadas e jogamos sem parar. Sinto que estou sufocando".
E a tendência é que os jogadores só continuem sofrendo, pois não é apenas a Liga dos Campeões que vai ficar maior - há também a Copa do Mundo e o Mundial de Clubes. Todos sabemos por quê, é claro. Mais jogos significam mais dinheiro. Mas também significam mais lesões. Portanto, enquanto a quantidade de partidas aumenta, a qualidade do jogo está destinada a diminuir.
Sobre o Mundial, Bernardo Silva, do Manchester City, apontou, nesta segunda-feira (18), que os jogadores não foram consultados sobre a expansão do torneio daqui a dois anos e admitiu: "Não vou mentir, às vezes me sinto cansado". O problema é que ninguém se importa. O bem-estar dos jogadores deveria ser uma prioridade para os órgãos dirigentes do futebol, mas claramente não é levado em consideração.
Atualmente, a UEFA e a FIFA parecem mais interessadas em vencer uma guerra feia com a Superliga Europeia.
E isso nos leva, aliás, ao nosso último pedido...