As últimas decisões por pênaltis da Copa do Mundo

Depois de um empate por 2 a 2 nos 120 minutos, Holanda e Argentina decidiram a vaga nas semifinais da Copa do Mundo do Qatar nos pênaltis.

A Holanda iniciou a disputa errando os dois primeiros pênaltis, defendidos pelo goleiro Emiliano Martínez, enquanto a Argentina errou apenas a sua penúltima batida, com Enzo Fernández batendo para fora. Lautaro Martínez converteu a cobrança que classificou os argentinos para a semifinal, eliminando a seleção holandesa.

A quinta tentativa da seleção brasileira de buscar o hexacampeonato da Copa do Mundo foi frustrada nas quartas de final da edição de 2022, com o Brasil sendo eliminado nos pênaltis para a Croácia.

Após um empate por 0 a 0 no tempo normal, a prorrogação terminou também empatada, só que em 1 a 1, com a seleção croata marcando o gol de empate quando faltava apenas quatro minutos para o fim dos 120 minutos.

Na disputa de pênaltis, a seleção croata converteu suas quatro cobranças, enquanto Livakovic defendeu a cobrança de Rodrygo, e Marquinhos cobrou o pênalti decisivo na trave.

Depois de um empate sem gols com muitos erros de finalização de ambos os lados, o duelo entre Marrocos e Espanha ficou para a disputa de pênaltis mesmo com a prorrogação. E os espanhóis, já criticados pela falta de pontaria, conseguiram desperdiçar todas as cobranças: o goleiro Bono pegou dois chutes, e Sarabia ainda acertou a trave.

Hakimi teve nos pés a responsabilidade de classificar o Marrocos às quartas de final pela primeira vez e, de cavadinha, superou o goleiro Unai Simon.

A Croácia venceu o Japão nas penalidades por 3 a 1, após empate em 1 a 1 no tempo normal e prorrogação, graças ao goleiro Livakovic, que pegou três pênaltis, e garantiu sua vaga nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar. Os croatas seguem sonhando em retornar à final do Mundial, como aconteceu na Copa da Rússia, em 2018.

A Croácia, em 2018, foi perfeita nas penalidades máximas. Nos 90 minutos de partida contra a Rússia, o jogo terminou empatado em 2 a 2. Nos pênaltis, os croatas eliminaram os anfitriões por 4 a 3. Além de manter o 100% de aproveitamento neste tipo de disputa, a Croácia mantém a escrita de nunca ter perdido uma oitavas de final.

Contra a Colômbia, nas oitavas de final da Rússia 2018, a Inglaterra evitou o drama de mais uma derrota em decisões por pênaltis. Ainda aos 12 minutos do segundo tempo, Harry Kane colocou os europeus na frente justamente com uma penalidade máxima, mas o zagueiro Yerry Mina deixou tudo igual nos acréscimos do tempo regulamentar. Sem gols na prorrogação, a partida foi para os pênaltis, exatamente o que os ingleses mais queriam evitar.

As lembranças das derrotas na Itália 1990, França 1998 e Alemanha 2006 voltaram a assustar quando Jordan Henderson desperdiçou sua cobrança. Em seguida, porém, o goleiro Jordan Pickford assumiu o papel de herói ao defender os chutes de Mateus Uribe e de Carlos Bacca. Com a vitória por 4 a 3, a Inglaterra podia agradecer ao treinador Gareth Southgate por mudar o rumo da história.

Em sua primeira disputa de pênaltis na Copa de 2018, os croatas venceram a Dinamarca por 5 a 4 nas penalidades após ficar no 1 a 1 no tempo regulamentar e o empate persistir na prorrogação. O início da partida foi eletrizante e teve gols-relâmpago nos primeiros três minutos, mas o ritmo logo se tornou lento. Subasic defendeu a bola de Eriksen, mas Schmeichel também evitou o gol de Badelj. Kjaer e Krohn-Dehli converteram para a Dinamarca, assim como fizeram Kramaric e Modric para a Croácia. Pivaric perdeu, mas as defesas nos pênaltis de Schone e N. Jorgensen deram a vantagem para os croatas. Nos pés de Rakitic, a Croácia acertou a última e se classificou.

A Rússia sofreu, se fechou totalmente na defesa e conseguiu eliminar a favorita Espanha nos pênaltis, nas oitavas de final da Copa do Mundo em Moscou. Após um empate por 1 a 1 em 120 minutos, com gols de Ignashevich, contra, e Dzyuba, de pênalti, a equipe da casa levou a melhor nas penalidades por 4 a 3.

Os russos acertaram suas quatro cobranças, com Smolov, Ignashevich, Golovin e Cheryshev balançando as redes. Já a Espanha converteu com Iniesta, Piqué e Sergio Ramos, mas Koke e Iago Aspas pararam em defesas do goleiro Akinfeev.

Um triunfo de pênaltis marcante da Argentina foi na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Na Neo Química Arena, o zero persistiu no placar até que ambas tiveram que decidir nas penalidades máximas. Sergio Romero defendeu as cobranças de Vlaar e Sneidjer e garantiu a vaga na decisão. No entanto, Lionel Messi e companhia não conseguiram o tri e perderam para a Alemanha por 1 a 0, no Maracanã.

Na Copa de 2014, no Brasil, a Costa Rica se tornou uma das grandes sensações da competição ao avançar em um grupo que reunia Uruguai, Itália e Inglaterra. Depois de passar pela Grécia nas oitavas, a seleção da Concacaf chegou com a confiança em alta para enfrentar a Holanda, vice-campeã mundial quatro anos antes, mas após 120 minutos sem gol, o duelo foi para os pênaltis. Foi então que o técnico Louis van Gaal adotou uma tática inédita em Copas do Mundo.

Já no fim da prorrogação, ele trocou o goleiro Jasper Cillessen por Tim Krul, do Newcastle United. Mais do que confundir a Costa Rica, a tática do ex-técnico do Barcelona deu o resultado esperado quando Krul defendeu as cobranças de Bryan Ruiz e Míchael Umaña. Como todos os holandeses converteram as suas, a estratégia inusitada permitiu que a Holanda avançasse para sua quinta semifinal em Mundiais. No entanto, a sequência seria menos memorável: uma derrota para a Argentina exatamente na decisão por pênaltis.

O maior mérito da Costa Rica na partida de oitavas de final, em 2014, foi exatamente a maior qualidade da Grécia: saber resistir. Mesmo com um homem a menos durante toda a prorrogação e boa parte do segundo tempo. O time de Bryan Ruiz, Joel Campbell, Bolaños e do herói nacional, Navas, está na história do país.

Com a vitória dramática sobre a Grécia, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, os Ticos superaram a campanha de 1990, na Itália, e garantiram a inédita classificação às quartas de final. Brilhou Navas. O goleiro defendeu a cobrança de Gekas, quarta dos gregos, além de ter tido uma grande atuação. O zagueiro Umaña selou a vitória por 5 a 3.

A seleção brasileira teve sua primeira prova de fogo na Copa do Mundo de 2014 contra o Chile. E passou raspando. Dominada na maior parte do jogo, sofreu demais diante do antigo 'freguês' Chile e empatou por 1 a 1 no tempo normal.

Nos pênaltis, porém, brilhou a estrela de Júlio César. O goleiro defendeu duas cobranças, salvou o Brasil de uma eliminação precoce e classificou os anfitriões para as quartas de final. Contestado antes do Mundial por atuar na fraca liga dos Estados Unidos, o camisa 12 deixou o Mineirão como o grande herói do Brasil até aqui na Copa. Uma classificação no sufoco, dramática.

No dia 2 de julho de 2010, Gana teve uma incrível oportunidade para se tornar o primeiro país da África a disputar uma semifinal de Copa do Mundo - e isso exatamente na primeira Copa disputada em solo africano. Nas quartas, contra o Uruguai, com o placar empatado em 1 a 1 e a disputa de pênaltis se aproximando, um evento mudou o rumo da partida e marcou a história dos Mundiais.

Para evitar um gol certo em cabeçada de Dominic Adiyiah, o atacante Luis Suárez tirou a bola com as mãos em cima da linha. O uruguaio foi expulso na sequência, mas o gesto deu resultado: na cobrança da penalidade, Asamoah Gyan carimbou o travessão e desperdiçou a chance de garantir a vitória. Gyan se recuperou na decisão dos pênaltis ao marcar o seu, mas John Mensah e Adiyiah pararam em Fernando Muslera, que saiu como herói da classificação do Uruguai. Para Gana, restou a amarga sensação do sonho frustrado.