“Se eu não marcar e outra pessoa marcar, para mim é a mesma coisa", declarou Cristiano Ronaldo após a derrota de Portugal por 1 a 0 para a Dinamarca, pelo jogo de ida das quartas de final da Liga das Nações. "Se Portugal tiver que vencer e eu não jogar, assino meu nome agora, aviso o treinador e não jogo. Defenderei estas cores até a morte".
Ronaldo também afirmou que já jogou "50 mil partidas ruins" na carreira: "Às vezes, as coisas simplesmente não dão certo."
E foi bom ouvir o cinco vezes vencedor da Bola de Ouro baixar a guarda, em vez de manter seu padrão habitual de arrogância prevalecer.
No entanto, ações falam mais alto que palavras, e o que vemos em campo sugere que a percepção de realidade de Ronaldo continua um pouco distorcida. Na realidade, se o craque de 40 anos realmente levasse a sério a ideia de priorizar as ambições de Portugal, ele não continuaria se colocando à disposição de Roberto Martínez.
As coisas não têm funcionado para Portugal há pelo menos três anos, e não há como fugir: Ronaldo é o principal motivo disso. O astro do Al Nassr ainda tem fôlego para marcar gols na Saudi Pro League, mas está claro que não consegue mais acompanhar o ritmo do futebol de elite – o que é para lá de compreensível dada sua idade.
Mas se Ronaldo se recusa a aceitar isso, então temos um problema. Ninguém pode contestar que ele é um dos maiores jogadores da história do futebol – mas também não dá para negar que o português tem causado sérios danos ao seu legado escolhendo prolongar tanto sua carreira na seleção. Ainda há tempo para rapar esse legado, mas apenas se Cristiano Ronaldo estiver disposto a sair de cena e tomar uma decisão altruísta: abrir mão do sonho de conquistar a Copa do Mundo.
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