A prática esportiva em altitudes elevadas apresenta desafios significativos para os atletas, especialmente para aqueles não acostumados a essas condições. Isto é frequentemente posto em jogos da Copa Libertadores da América e da Copa Sul-Americana pra os times brasileiros que, quando a altitude aumenta, a pressão atmosférica diminui, resultando em uma menor disponibilidade de oxigênio no ar inspirado.
Isso afeta diretamente o desempenho físico e o bem-estar dos jogadores, pois o corpo passa a ter dificuldades em captar e distribuir oxigênio suficiente para os órgãos e tecidos, comprometendo a produção de energia aeróbica. Sintomas como dor de cabeça, náuseas, tonturas, e indisposição gástrica podem surgir, agravando-se à medida que a altitude aumenta.
Em altitudes a partir de 2.000 metros, os impactos no organismo começam a ser mais notáveis. Estádios como o de La Paz, na Bolívia, a 3.600 metros acima do nível do mar, exemplificam a severidade dos desafios enfrentados pelos atletas, onde a saturação de oxigênio pode ser reduzida em até 33%.
Além dos sintomas já mencionados, o risco de problemas mais graves, como edema pulmonar e cerebral, aumenta significativamente, especialmente em altitudes acima de 4.000 metros, como em El Alto, também na Bolívia, onde o perigo para a saúde dos jogadores é ainda maior.
Para mitigar os efeitos da altitude, a aclimatação é ideal, embora muitas vezes inviável no calendário esportivo brasileiro. No futebol, estratégias alternativas incluem a ingestão de ferro, hidratação adequada, consumo de carboidratos e vitaminas, além de medidas emergenciais como o uso de anti-inflamatórios sob orientação médica antes das partidas.
No entanto, a eficácia dessas medidas é limitada, e o risco permanece elevado, exigindo cuidados extremos para proteger a saúde dos atletas em condições tão adversas.
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