Luis Rubiales Jenni Hermoso Spanish FA GFXGetty

Como o presidente da Federação Espanhola Luis Rubiales representa os obstáculos que o futebol feminino ainda precisa enfrentar

Até o momento em que Luis Rubiales subiu ao palco da Assembleia Extraordinária da Federação Espanhola de Futebol, na tarde da última sexta-feira (25), todo o mundo do futebol esperava que ele renunciasse ao cargo de presidente. Seu comportamento durante e após a final da Copa do Mundo Feminina, apenas cinco dias antes, foi uma vergonha, um constrangimento total.

Teria sido um gesto totalmente indigno, independentemente de onde ele estivesse no estádio - mas o fato de estar sentado no camarote dos dirigentes ao lado da Rainha de Espanha só tornou tudo ainda mais desrespeitoso. Muito pior estava por vir, com Rubiales dando um beijo na capitã da seleção nacional, Jenni Hermoso, enquanto ela e suas companheiras recebiam as medalhas de campeãs.

No espaço de meia hora, Rubiales conseguiu fazer com que o maior triunfo da história do futebol feminino espanhol fosse dele. Ele tinha efetivamente roubado o melhor momento das carreiras das atletas, porque o ciclo de notícias rápida, inevitável e acertadamente foi dominado pela conduta grosseira de Rubiales.

Para a Espanha, a preparação para o torneio foi dominada pelo motim encenado em resposta às medidas draconianas impostas aos jogadores pelo treinador Jorge Vilda - a festa ofuscada pelo comportamento obsceno do chefe da RFEF. Foi uma tragédia desportiva.

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