A passagem de De Jong no Barcelona não deveria ter sido tão tumultuada. Quando o holandês chegou, devia estar pronto para suceder Sergio Busquets como comandante do meio de campo catalão. Ele vinha de um estrelado time do Ajax, que não chegou à final da Liga dos Campeões, em 2019, por conta do histórico hat-trick de Lucas Moura, pelo Tottenham.
O preço pago pelos catalães parecia alto - De Jong, afinal, só havia tido uma único ótima temporada, no Ajax. Claro, trata-se daquele 'antigo' Barcelona em seu modo 'gastão'. E mais, os 75 milhões de euros nele investidos pareciam uma pechincha perto dos 160 milhões de euros (aproximadamente, R$ 830,6 milhões no atual câmbio) gastos pelos serviços de Philippe Coutinho, meses antes.
"Estou muito feliz de estar aqui finalmente. Quando era criança, sonhava em jogar no Barça. Estar aqui é ótimo", disse, durante sua apresentação.
Em linhas gerais, sua contratação tinha uma justificativa sólida, mas o restante do elenco era errático - e caro. O brasileiro Malcom, recém-chegado por 41 milhões de euros (R$ 212,8 na atual cotação), e o badalado Antoine Griezmann, que custou outros 120 milhões de euros (quase R$ 623 milhões atualmente) foram bons exemplos do descontrole financeiro.
Some a isso a chegada de um pouco inspirado Quique Setién, demitido após poucos meses no cargo, e uma derrota avassaladora para o Bayern de Munique, por 8 a 2, na Champions, e ficava claro: não era o Barça que haviam prometido a De Jong.