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Cinco coisas que Mauricio Pochettino pode fazer para resolver falta de gols do Chelsea

Houve uma sensação clara de déjà vu no Stamford Bridge depois da vitória suada do Chelsea sobre o Nottingham Forest, na última partida antes desta Data Fifa. Contra um oponente inferior e com total controle da bola, faltou criatividade para os Blues construírem suas jogadas de ataque. No raro momento em que chegaram à grande área, veio a inexplicável e imperdoável chance desperdiçada por Nikolas Jackson, que, de cara para o gol, mandou a bola na lua, a apenas sete minutos do fim.

As dificuldades ofensivas do time começaram na tenebrosa temporada passada, protagonizada por duras derrotas em casa para times mais fracos. Além disso, o que faltou de qualidade no ataque faltou também na defesa.

O técnico Mauricio Pchettino possui uma dura tarefa em suas mãos para tirar mais desse elenco, e a pressão já é real após duas derrotas em quatro partidas na Premier League.

Antes do futebol de clubes retornar, a GOAL analisa suas opções...

  • Cole Palmer Chelsea 2023-24Getty

    Hora de mudar a formação

    Pochettino construiu sua reputação jogando de maneira fluída em um 4-2-3-1. Mas, desde que chegou ao Chelsea, tem usado o 3-4-2-1.

    Embora esse elenco tenha se desenvolvido nos últimos anos jogando com uma linha de três, sob os comandos de Thomas Tuchel e Graham Potter, trata-se de uma decisão muito provavelmente tomada em função da baixa de Christopher Knkunku, que lesionou o joelho na pré-temporada e faria a função do camisa 10 na formação ideal.

    Já está claro que a máquina de gols do RB Leipzig na Bundesliga tem feito falta aos londrinos, mas a aquisição, por mais de 42,5 milhões de libras (cerca de R$ 263 milhões) de Cole Palmer junto ao Manchester City, representa uma alternativa mais adequada.

    Em sua estreia, parecia bem em forma e entendendo sua função, flutuando entre as linhas. Isso sugere que o 4-2-3-1 possa ser utilizado nos próximos jogos.

  • Publicidade
  • Mauricio Pochettino Conor Gallagher Chelsea 2023-24Getty

    Menos cautela no meio-campo

    Os ajustes defensivos e a falta de criatividade no meio têm sido grande causa dos atuais problemas nos Blues. A tentativa mais recente de Pochettino foi colocar Enzo Fernández ao lado de Moisés Caicedo, homem de 115 milhões de libras (por volta de R$ 711,3 milhões), e Conor Gallagher - nenhum desses é muito reconhecido por suas virtudes ofensivas.

    Enzo começou bem a temporada, mas talvez funcione melhor orquestrando esse meio de campo, à frente do volante - Caicedo, provavelmente - e atrás de um camisa 10 - Palmer, na ausência de Nkunku.

    Uma rotação no elenco também poderia ser aproveitada nessa nova formação. Gallagher, por exemplo, deve ir para o banco.

  • Mykhailo Mudryk Chelsea 2023-24Getty

    A responsabilidade dos pontas

    O Chelsea depende muito dos seus homens nas pontas para marcar seus gols, mas apenas Raheem Sterling pareceu estar perto de sua boa forma até aqui. Carney Chukwuemeka estava mostrando evolução, mas sofreu uma contusão no joelho e está fora da disputa pela posição por ora.

    Pochettino, portanto, precisará de mais produção de Noni Madueke e Mykhailo Mudryk. O primeiro vem de uma intertemporada bem movimentada com a seleção sub-21 da Inglaterra, que venceu a Eurocopa, enquanto o segundo, que até deu bons sinais na pré-temporada, ainda não tem 100% da confiança no novo clube.

    A melhor ideia seria colocá-los na última linha, com bastante liberdade. A lesão de Chukwuemeka abre espaço na ponta esquerda, e alguns ajustes na formação poderiam oferecer aquilo que está faltando ao setor de ataque.

  • Armando BrojaGetty

    Chegou a hora de Armando Broja?

    Outra opção seria o 'homem esquecido' dos Blues: Armando Broja.

    O jovem atacante, que se recupera de uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho sofrida na pausa para a Copa do Qatar, vem retornando aos treinamentos. Embora não tenha se mostrado tanto no curto período de tempo em que atuou pelo time principal, Broja é como uma nova contratação que oferece profundidade e competição atrás do recém-chegado Jackson.

    O produto da base mostrou que pode atuar na Premier League, após ser emprestado ao Southampton em 2021/22, e pode vir a ser opção no ataque.

    "Ele está próximo [de retornar], mas às vezes esse último passo é o mais complicado", disse Pochettino recentemente. "Ele tem treinado bem".

  • Nicolas Jackson Chelsea Luton Premier League 2023-24Getty Images

    "Com certeza, ele marcará gols"

    Mas - talvez - ainda não seja hora de entrar em pânico.

    Apesar de apenas um gol em cinco jogos até aqui e uma chance absurda perdida contra o Forest, Jackson tem o necessário para se tornar um atacante efetivo na Premier League.

    Seu controle e habilidades são destaques - o problema é o toque final, já notado por Pochettino. Perguntado se acreditava que Jackson poderia se tornar um bom atacante na Inglaterra, o argentino respondeu: "Sim, claro. Mas ele precisa de tempo. Ele precisa se adaptar à Premier League".

    Seguiu: "Ele tem feito um fantástico trabalho, mas, no fim das contas, marcar gols não é fácil. Às vezes, ele se apressa para tomar decisões, mas tudo isso para não dizer que ele precisa se adaptar, estar mais calmo e relaxado. Com certeza, ele marcará gols".

    De fato, com um meio-campista próximo a ele e dois pontas em boa forma aos lados, Jackson tem potencial para ser uma real ameaça às defesas rivais. Em meio à Data Fifa, agora é o momento perfeito para Pochettino auxiliá-lo a retornar em alto nível na próxima semana.